terça-feira, 26 de março de 2024

Sermão

        O padre Joãozinho fez sermão diário, enfocando o tema que diz respeito à fofoca, tendo enfatizado que “A fofoca sempre tem o sotaque do diabo. Ainda que fale verdades, elas são um mero eco do inferno! São palavras que infernizam a vida de alguém; que têm prazer em repercutir a dor, o sofrimento, o erro, e muitas vezes até o acerto, porque nascem da inveja, como aqueles que ouviram Jesus falar e falar bem, fazer milagres, prodígios, sinais... e ficaram tristes pelo bem que Jesus fazia. E foram contar para as autoridades do Templo, que se reuniram para ver como poderiam punir quem fazia o bem. A fofoca é o idioma dos medíocres (Jo 11,45-56).”.

Diante disso, eu disse que, com certeza, a fofocagem tem os artifícios da maldade e dos planos diabólicos, que vicejam em terrenos minados pelo sentimento contrário aos bons propósitos que levam ao amor, em cujo alicerce se fundam os ensinamentos de Jesus Cristo.

Embora a fofoca faça parte intrínseca também da mente humana, ela consiste precisamente na reverberação da força da fragilidade espiritual do homem, que se deixa ser dominado pela faculdade adversa do livre-arbítrio, que também provém da permissividade divina, em conceder-lhe a liberdade de se expressar tal qual segundo a sua índole de bondade ou maldade que impera no coração das pessoas, conforme a preponderância de seus sentimentos.

A prevalência à fofoca condiz com os piores predicativos pessoais, diante da certeza de que se trata da vontade de se praticar a maldade, quando o natural princípio do livre-arbítrio deveria conduzir somente à prática do bem, porque este é o único caminho da verdade, que conduz à senda do Senhor, que é o seguimento perfeito para a glorificação espiritual, por onde se tem a certeza do firme caminhar, por meio do qual se pode contribuir para o aprimoramento dos ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo.

Enfim, a fofoca é a negação da verdade e do amor que nascem permanentemente nos corações das pessoas iluminadas com as graças divinas, que têm o poder de contribuir para o fortalecimento espiritual e a consolidação da salvação eterna.

            Brasília, em 22 de março de 2024

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