segunda-feira, 25 de março de 2024

Inocuidade

 

Conforme mensagem que circula nas redes sociais, uma pessoa cunhou a seguinte frase: “Quem mandou matar Bolsonaro?”, evidentemente em apologia a idêntico texto para a morte de vereadora carioca, cujo bárbaro crime levou 6 anos para ser finalmente desvendado.

Nada mais patético do que essa infeliz e visivelmente despropositada indagação, nas circunstâncias atuais.

Vejam-se tamanha perplexidade, quando a principal vítima esteve, por quatro anos como presidente do país, com poderes constitucionais para, ao menos, diligenciar com maior facilidade para a realização de alguma investigação, bastando que ele nomeasse delegado da Polícia Federal, para cuidar, na medida do possível, do caso, tendo maior desenvoltura para agir de maneira direta e objetiva.

O certo, ao que se sabe, é que o ex-presidente se acomodou e simplesmente concordou com todos os resultados pertinentes às investigações, que foram levados ao conhecimento dele, não tendo questionado nem solicitado qualquer medida policial complementar, dando a entender que ele estava satisfeito com os resultados das investigações.

Na verdade, a presente indagação tem o condão de confirmar a sublimação da incompetência, porque isso mostra que foi preciso esperar terminar o mandato dele para se exigir a indicação dos culpados pelo ato criminoso da facada.

Além de que essa indagação e feita logo, pasmem, para governo em cujos apoiadores podem estar os mandantes do crime, o que vale dizer que ele jamais teria interesse em investigar quem mandou matar o ex-presidente do país.

À toda evidência, se depender do atual governo, trata-se de crime que sequer existiu, em que, não tendo existido, também não tem culpado por absolutamente nada.

Enfim, quem pede a indicação do mandante desse horroroso crime, logo agora, vive em outro planeta, porque não tem noção da realidade sobre os fatos.

Convém que as pessoas se conscientizem de que a indagação, em si, tem o sentido de clara inocuidade, exatamente diante do seu despropósito, nas circunstâncias atuais.

Brasília, em 25 de março de 2024

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