domingo, 10 de março de 2024

Idolatria

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, uma multidão entusiástica  se aglomera para recepcionar o último ex-presidente do país, que faz visita à região do interior do Brasil.

Cada vez mais se tem múltiplos motivos para se acreditar na ignorância política dos brasileiros, que não têm o menor escrúpulo em idolatrar político aproveitador e incompetente, que só está preocupado com os projetos políticos dele.

Vejam o clássico exemplo de político incompetente, insensato e aproveitador dessa visível ingenuidade política, que agora vem sendo idolatrado, aplaudido e santificado, em todos os quadrantes do país, como verdadeiro herói, tão somente por ser considerado o líder da oposição, porque muito pouco do seu governo se conta como realização de impacto, como, por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco, obra iniciada em governo do passado, que nenhuma serventia tem hoje.

Na verdade, agora, se tem a precisa compreensão sobre o real motivo pelo qual ele não decidiu decretar a garantia da lei e da ordem, com base no artigo 142 da Constituição, a despeito das inúmeras denúncias de irregularidades na operacionalização do sistema eleitoral, dos abusos de autoridade e das decisões e dos atos inconstitucionais, principalmente por conta da falta da transparência das urnas eletrônicas e outras arbitrariedades, que ele, na qualidade de presidente da República, tinha o dever constitucional, por força do disposto no artigo 78 da Lei Maior do país, de defender e cumprir as leis e a Constituição do país, conforme compromisso de posse.

No momento mais grave do Brasil, logo depois do anúncio do resultado das eleições presidenciais, ele preferiu, de maneira absurdamente injustificável, se recolher aos confortáveis aposentos presidenciais, em ensurdecedor silêncio, abandonando, por completo, as suas relevantes funções presidenciais, inclusive a mais importante delas, que certamente poderia ter contribuído para salvar o Brasil do domínio da tragédia que se encontra atolada até a mais profunda raiz, sob o poder da desonestidade, da incompetência e da criminalidade da esquerda, apoiada por deplorável sistema, que foi instituído por obra e graça da deformidade comportamental dele, que se achava no direito de criticar e agredir quem ele quisesse, mesmo olvidando a importância da liturgia inerente ao relevante cargo ocupado por ele.

Com base em tudo isso, fica provado que, para ele, o que interessava mesmo era o projeto político dele, sem qualquer importância para as causas nacionais, porque, do contrário, ele teria implantado a intervenção militar, não importando quem estivesse contra, porque ele era a autoridade máxima do país e não precisava dar satisfação de seus atos a absolutamente ninguém, quanto mais aos subordinados dele, que deveriam acatar as ordens e cumpri-las, sob pena de insubordinação e até a prisão de insurretos, por força da sua autoridade suprema.

É evidente que a salvação do Brasil poderia não render os mesmos dividendos na magnitude dos que estão sendo amealhados no presente momento, quando foi preferível entregar o Brasil à deplorabilidade da administração pública, mas na esperança da colheita dos louros dados de mão beijada por brasileiros ingênuos, sem a menor preocupação com a verdade dos fatos e muito menos com a grandeza do Brasil, à vista das inexplicáveis manifestações populares.

A verdade é que o povo tem os seus representantes políticos que merece, em harmonia com a mesma ou semelhante mentalidade deles, ambas sintonizadas com os mesmos objetivos políticos, que nada acrescentam em benefício para as causas nacionais, conforme mostram os fatos.

É lamentável que essa paixão por um político esteja ocorrendo, de maneira tão exacerbada, porque isso prejudica a consciência do povo sobre a premente necessidade da priorização do combate aos males que estão deformando progressivamente os princípios republicanos e democráticos, por meio do desprezo às salutares práticas da gestão pública.  

Infelizmente, é essa a realidade de povo hipnotizado pela debilidade política, que navega sem qualquer objetividade, senão com a vaga defesa do sentimento de liberdade de expressão, que é importante, sim, mas a crise institucional do Brasil é bem profunda e abrangente, mas nada se trabalha no sentido do seu efetivo combate.

Brasília, em 10 de março de 2024

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