Conforme vídeo que circula nas
redes sociais, uma jornalista descreve, com bastante minúcia, possível falta de
apoio por militares das Forças Armadas para projeto arquitetado pelo último ex-presidente
do país, com vistas à decretação de intervenção militar, logo após o anúncio do
resultado da votação do segundo turno da última eleição.
Na versão dessa jornalista, os
militares teriam traído a confiança do então presidente do país, ao negar apoio
às medidas pretendidas por ele, que ainda teria sido ameaçado de prisão, caso
ele insistisse com os planos de intervenção.
É sempre muito importante que o
presidente da República avalie a importância dos assuntos do interesse do
Brasil, quando se fizer necessária à sua decisão, quando ela seja realmente de
suma relevância diante das gravíssimas crises institucionais.
Parece muito claro que a situação
do momento exigia pulso forte para a tomada de decisão, porque o Brasil foi
envolvido em fortes suspeitas de irregularidades, especialmente no tocante à
possível manipulação do sistema eleitoral brasileiro, que exigia regular
fiscalização independente, uma vez que houve a negativa da transparência da
votação, por parte do principal órgão eleitoral, sem qualquer justificativa
plausível, quando o artigo 37 da Constituição obriga a publicidade dos atos da
administração pública, considerando que a transparência é um dos pilares
fundamentais da democracia.
Conforme fica bastante
cristalino, a jornalista afirma que o então presidente do país, evidentemente
sem convicção de coisa alguma sobre o que deveria decidir, teria levado,
pasmem, medida para conhecimento dos comandantes militares, cujo resultado
teria sido a ameaça de prisão por parte do comandante do Exército, caso ele
decretasse as medidas pretendidas.
Por incrível que pareça, esses
comandantes eram subordinados do então presidente do país, que simplesmente se
acovardou e colocou a viola no saco e deixou que a banda decomposta da política
brasileira e o sistema dominante se apoderassem do poder, no Brasil, quando não
teve coragem para averiguar a legitimidade das questionadas eleições.
Gente, o amarelamento do então
presidente do país vai passar para a história brasileira como as maiores
decepção e humilhação que a autoridade máxima do Brasil poderia materializar,
em termos de desmoralização de autoridade constituída, por ele ter se arregado
diante de subordinado que era simplesmente passível de exoneração quando ele
teria sido ameaçado de prisão, que, se verdade, causa repulsa pela fragilidade
da autoridade.
Tratava-se de oficial-general
subordinado ao presidente da República, que estaria propondo decretar medidas
importantes para salvar o Brasil da tragédia, que nem devia, porque ele não
estava obrigado a dar satisfação a subordinado, quando os assuntos a serem
deliberados eram de incumbência exclusiva dele, por força do disposto no artigo
142 da Lei Magna.
Esse dispositivo estabelece que o
presidente do país pode decretar a garantia da lei e da ordem, justamente para
a verificação de determinados assuntos, a exemplo da operacionalidade das urnas
eletrônicas e outros atos abusivos e arbitrários.
Se o então presidente do país
fosse minimamente macho e tivesse alguma responsabilidade para com a
integridade do Brasil e compromisso com a verdade, ele simplesmente teria
assumido sozinho a decretação da intervenção militar, determinando as
verificações e as investigações necessárias, sem necessidade de submeter nada a
ninguém, muito menos a subordinados dele.
Ele estava respaldado pela
Constituição brasileira e quem se opusesse, conforme as circunstâncias, ele
poderia prender, além de exonerar, pela perda da confiança.
No caso específico dos
oficiais-generais que ameaçaram prender o presidente do país, se este tivesse
autoridade, teria exonerado, no mesmo instante, antes mesmo que eles
terminassem as suas absurdas ameaças, ante à demonstração de desrespeito à
autoridade constituída, principalmente porque as importantes medidas tinham o
amparo constitucional, ou seja, não havia qualquer irregularidade dos atos,
salvo a gritante e inexplicável aceitação da ameaça por parte de presidente
mole e covarde, que terminou permitindo a verdadeira inversão da ordem,
evidenciando a incabível fragilidade da autoridade máxima do país.
Em síntese, em momento algum,
houve traição por parte de ninguém, mas sim indiscutível frouxidão,
incompetência, medo, irresponsabilidade e principalmente falta de compromisso
para com o Brasil, conforme as ilações e as interpretações sobre os fato vindos
à lume.
É preciso que prevaleça a verdade
e que os envolvidos tenham a dignidade para assumirem as suas culpas, porque
elas são cristalinas e somente não as enxergam quem não tem compromisso com o
Brasil.
Brasília, em 17 de março de 2024
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