sexta-feira, 15 de março de 2024

Insensatez?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa se alonga em mensagem para denunciar que o último ex-presidente do pais teria sido traído por oficiais generais, que ameaçaram prendê-lo caso ele implantasse alguma medida de exceção, para, em especial, a verificação sobre a regularidade da operacionalização das últimas eleições presidenciais.

Chega a ser impressionante como se faz longa live com a deliberada intensão de tentar potencializar o sentimento de vítima do último ex-presidente do país, como se ele tivesse sido verdadeiramente traído e, como consequência, prejudicado o seu governo e o país.

Talvez tudo isso até possa ter realmente acontecido, mas, por incrível que pareça, tudo somente aconteceu graças à insensatez, à inexperiência e à incompetência da principal autoridade brasileira, que se deixou levar pela esperteza de subordinado dele, que fez as vezes do próprio presidente do país, sufocando, por completo, as iniciativas que deveriam ter sido exclusivamente do mandatário do país.

Na verdade, o choro, conforme mencionado no vídeo, do então presidente do país e o isolamento dele somente patenteia a falta de competência e de iniciativa, além de muito medo e bastante covardia, exatamente porque o país foi sufocado pela predominância de abusos de autoridade e atos arbitrários e inconstitucionais, mas ele simplesmente, como se nada estivesse sob a incumbência do cargo presidencial, preferiu se isolar nos seus confortáveis aposentados e nada fez, absolutamente nada, como medida necessária para combater as gravíssimas crises institucionais, permitindo que a sua injustificável omissão contribuísse para agravá-las ainda mais e de forma incontrolável.

Ou seja, não há a menor dúvida de que a responsabilidade pela desgraça do Brasil, com o agravamento da situação extremamente deplorável, em termos de desgoverno e de potencialidade das arbitrariedades e inconstitucionalidades, deve ser atribuída ao então presidente do país, que deixou de adotar as medidas necessárias para corrigir as situações de irregularidades, independentemente de quem estivesse contra elas, porque ele era a autoridade máxima do Brasil, não tendo subordinação a ninguém e também não precisava dar satisfação a ninguém sobre os seus atos, o que vale se afirmar que as decisões dele eram soberanas e precisavam ser cumpridas pelos subordinados, por força de incumbência prevista na Constituição.

Em síntese, o vídeo em apreço só complica a situação do ex-presidente do país, mostrando que ele apenas fez o papel de verdadeiro “banana”, deixando de salvar o Brasil da trágica entrega do poder à banda decomposta da política brasileira, por ter medo de ser preso por subordinado dele, que poderia ter sido exonerado e até preso por ele, conforme as circunstâncias.

É preciso que as pessoas inteligentes acabem, com urgência, com essa inaceitável ideia de traição, vitimização e outras situações sem plausibilidade, assumindo, de vez, que, se o então presidente do país fosse macho, competente, sensato, cônscio da responsabilidade e do compromisso com a defesa do Brasil, ele teria adotado as providências cabíveis à eliminação da esculhambação que já imperava no governo dele e certamente teriam contribuído para a moralização do país, em benefício dos brasileiros.

Brasília, em 15 de março de 2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário