sexta-feira, 22 de março de 2024

Por que a idolatria?

 

Por ocasião do aniversário do principal político da oposição brasileira, pessoa que o idolatra disseminou mensagem enaltecendo as qualidades da pessoa dele, em forma de agradecimento como se ele fosse o suprassumo com capacidade e competência como político de escol que tivesse mérito para ser glorificado com o “eterno e amado presidente”.    

Dizem que o brasileiro tem a mente curta, mas, na verdade, os fatos mostram que o brasileiro nem mente tem e isso é pura realidade, se atentarmos que o caos prevalente na atualidade certamente nem existiria e que o Brasil poderia estar livre do pesadelo que sufoca as liberdades individuais e democráticas, sem as amarras da incompetência, da ineficiência e da irresponsabilidade, na administração pública, além de nem se falar em perseguição e atos abusivos e arbitrários, porque tudo teria sido sanado, resolvido, com a decretação da garantia da lei e da ordem, com respaldo no artigo 142 da Constituição.

Quem hoje fala em esperança, em Brasil pujante de patriotismo, de amor à pátria, em defesa da família e dos princípios divinos, certamente que já se esqueceu, nem se lembra mais que o “eterno e amado presidente” foi exatamente a pessoa que, por terrível medo de ser preso por um subordinado, que ele sequer imaginou que poderia exonerá-lo, deixou de implantar medida necessária à moralização do Brasil, mediante a verificação da regularidade do processo eleitoral brasileiro, já que a votação passou, sem qualquer justificativa plausível, para o regime de sigiloso.

Essa medida contrariou o disposto no artigo 37 da Constituição, que estabelece que os atos da administração pública são ostensivos, sendo obrigatória a sua publicidade, ressalvados aqueles relacionados com a segurança nacional, que não é o caso das urnas eletrônicas, que precisam ser transparentes ao máximo.

Isso já era mais do que suficiente para a decretação da garantia da lei, na forma constitucional, visando a transparência dos procedimentos pertinentes às últimas eleições brasileiras.

Impende se ressaltar que muitos brasileiros honrados lotaram as portas dos quartéis do Exército, implorando exatamente pela adoção daquela medida, que dependia exclusivamente da vontade e da canetada do “eterno e amado presidente”, mas ele preferiu dar uma “banana” para os seus fiéis seguidores, tendo se escondido em covarde silêncio na sua confortável residência presidência, sem ter a mínima dignidade para esclarecer a sua inaceitável omissão, justamente porque se tratava de momento crucial da existência do Brasil, que poderia ter sido transformado em pátria livre das amarras da desonestidade, da incompetência, dos abusos e das arbitrariedades.

Até agora, o “eterno e amado presidente” se mantém em silêncio, sem ter a dignidade de prestar contas ao país por qual motivo ele foi capaz de cometer essa terrível omissão, uma vez que a decretação da garantia da lei poderia ter mudado os rumos da história brasileira, evitando a entrega do poder à banda decomposta da política brasileira, que tem o respaldo do sistema dominante.

A verdade é que o “eterno e amado presidente” simplesmente traiu a confiança dos verdadeiros brasileiros, sabendo perfeitamente que ele cometeu o pior crime contra o Brasil, considerado de “lesa-pátria”, justamente por ele ter deixado de socorrê-lo quando o país mais precisava do amparo e da proteção contra as maldades e as adversidades democráticas, mas foi tudo negado logo por quem jurava, pasmem, amor à pátria.

Na verdade, essas pessoas que expressam gratidão ao “eterno e amado presidente” precisam rever seus conceitos, de vez que o herói deve ser considerado aquele que realmente tenha praticado ato de bravura em benefício do Brasil e dos brasileiros, conquanto quem tenha traído a pátria deve ser tratado como bem merece, de forma diferenciada e apropriada de desprezo.

Brasília, em 22 de março de 2024

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