segunda-feira, 22 de julho de 2024

A renúncia

 

Diante de fortes pressões por parte do Partido Democrata, exigindo a saída dele, o presidente dos Estados dos Estados Unidos da América anunciou que não será mais candidato à reeleição.

A intensa pressão interna dos democratas começou logo após o desastroso desempenho do presidente no debate realizado contra o candidato republicano, quando ele demonstrou desequilíbrio de raciocínio, que dificilmente conseguia concatenar uma frase completa,  com coerência.

Ele reconheceu a precariedade do seu estado de saúde, ao afirmar: "Acredito que é o melhor para o meu partido e para o meu país que eu desista e me concentre apenas em completar meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato".

As lideranças do Partido Democrata, no Congresso, elogiaram a decisão do presidente, afirmando, uma das quais, que ele "mais uma vez colocou seu país, seu partido, e nosso futuro em primeiro lugar" e outra: "Joe, hoje mostra que você é um verdadeiro patriota e um grande americano", enquanto outras a endossaram.

Uma deputada democrata disse que "Deus abençoou a América com a grandiosidade e a bondade de Joe Biden".

Assessores do candidato republicano aproveitaram o ensejo para alfinetar o presidente norte-americano, dizendo que "Joe Biden não pode sair de uma campanha para presidente porque ele é mentalmente incompetente demais e ainda permanecer na Casa Branca. A pergunta então para Kamala Harris é simples: sabendo que Joe Biden se retirou da campanha por causa de sua condição em rápida deterioração, Harris acredita que o povo da América está seguro com Joe Biden na Casa Branca por mais seis meses?"

O anúncio em apreço vem em momento extremamente difícil para o presidente, em que as pesquisas de intenção de voto o colocavam bem atrás do candidato republicano, em estados-chave para as pretensões dele, tornando bem remotas as chances de vitória do democrata.

O certo mesmo é que existiam inúmeros questionamentos sobre a viabilidade eleitoral e a capacidade de o presidente exercer novo mandato, em razão da sua idade avançada e das dificuldades de ele se expressar coerentemente, ocorreram praticamente ao longo do seu mandato, diante de cenas de tropeços, especialmente quedas no chão durante cerimônias públicas, que evidenciavam normal questionamento sobre a integridade física dele.

Nas últimas semanas, tornaram se frequentes as situações em que o presidente parecia desorientado ou com dificuldade de falar, levando à conclusão de que era recomendável o urgente afastamento dele do párea presidencial.

Não resta a menor dúvida de que a decisão do presidente norte-americano apenas ressoa como a mais acertada, no momento em que todas as evidências são no sentido de que as suas condições físicas e mentais se encontram desgastadas em relação à normalidade compatível com a relevância do principal cargo mundial, que exige perfeição de todas as atividades funcionais do ser humano, algo visivelmente inexistente nele.

É lamentável que o presidente não tenha reconhecido, de moto-próprio, a sua precariedade estrutural para o enfrentamento dos importantes encargos presidenciais, quando foi preciso que houvesse praticamente ferrenha campanha interna do Partido Democrata para que ele resolvesse se afastar da reeleição, diante da visível impossibilidade da sua continuidade como candidato do partido, que colocaria em risco não somente os destinos da agremiação, mas também dos Estados Unidos.

Ou seja, não fossem as pressões dos partidários, ele teria continuado na disputa eleitoral, mesmo sabendo que não teria condições necessárias para o enfrentamento inerentes aos trancos da campanha, além de tudo indicar que ele já demonstrava precariedades para governar tão enorme país, que exige saúde mais do que robusta.

A desistência em tela mostra a importância de o povo precisar agir para mostrar aos políticos incompetentes, irresponsáveis e insensatos que é preciso se avaliar, sempre e sobretudo, a relevância dos valores e da grandeza da nação, que tem prevalência sobre os interesses político-partidários.

É evidente que a decisão inteligente e seguramente necessária como a adotada pelo presidente norte-americano somente aconteceu em país evoluído e de princípios aprimorados como os Estados Unidos, que estão a ano-luz das republiquetas, em que o povo se submete passivamente ao comando desastrosos de políticos decadentes, em termos de moralidade, competência, sensibilidade, eficiência e responsabilidade, em claro prejuízo às finalidades públicas de satisfação do bem comum.

Na verdade, a renúncia do presidente norte-americano à reeleição serve de importante exemplo e até de alerta para os demais países, no sentido de que é preciso se prestigiar, de forma prioritária, os interesses nacionais e do povo, em detrimento das causas pessoais e partidárias, como assim fez o presidente norte-americano.

Urge que os brasileiros se conscientizem sobre a importância da avaliação sobre a necessidade de o Brasil ser comandado por pessoa capaz, que seja revestida das qualidades inerentes aos princípios da conduta ilibada e da idoneidade, exigidos na administração pública, porque isso demonstra respeito ao patriotismo e ao amor à integridade das causas maiores da nação.  

Brasília, em 22 de julho de 2024

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