domingo, 14 de julho de 2024

Insinceridade

Perante o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o presidente do país afirmou que quer que o Brasil seja um país com o padrão de vida da Suécia, e que não seja parecido com a "Rússia" nem com "Cuba".

A mencionada autoridade disse, literalmente, o seguinte: "Vocês acham que eu quero um país igual à Rússia? Vocês acham que eu quero um país igual a Cuba? Não. Eu quero um país com um padrão de vida igual à Suécia, à Dinamarca, à Alemanha. É esse país que eu sonho para a classe trabalhadora brasileira".

Como é sabido o Brasil é considerado aliado de Cuba e mantém boas relações com a Rússia.

Também é do conhecimento geral que a população de Cuba vem  enfrentando gravíssimas crises socioeconômicas, precisando do socorro das Nações Unidas, para a sobrevivência do seu povo, tamanho tem sido as dificuldades locais, absolutamente carentes dos produtos básicos, em especial, de alimentos..

Por sua vez, a Rússia passou a enfrentar altos índices de desigualdade e mergulhou em complicações, em consequência da guerra que ela desenvolve contra Ucrânia, por interesses territoriais.

Enquanto isso, a Suécia, a Dinamarca e a Alemanha são países que se destacam pelos excelentes índices de igualdade social, considerados os melhores do mundo, à vista da estabilidade da economia e da qualidade de vida de seus povos.

Na ocasião, aquela autoridade disse que é preciso dar mais oportunidades aos mais pobres, tendo citado o ensino público, sob a afirmação de que o país já teve boas escolas e que hoje os mais vulneráveis pagam e os mais ricos estudam em escolas federais.

Como exemplo, ele disse que "O que nós estamos tentando fazer é dar a seguinte oportunidade. Esse país pode se transformar num país de classe média (sic)."

Por último, a principal autoridade do país afirmou ainda trabalhar para que a inflação no país seja baixa, mas que não é possível pensar só "em macroeconomia", mas em "microeconomia" também.

Na realidade, o Brasil nunca se equiparará a país evoluído e desenvolvimento econômica e socialmente, tendo como o seu comandante pessoa desqualificada, despreparada e incompetente, que tem a mentalidade ideológica o socialismo e o comunismo como linha de conduta, cujas ideias do seu governo estão sintonizadas com os princípios absolutamente regressivos, em especial no que se refere ao capitalismo, que é tratado como a desgraça do mundo.

Essa ideologia defendida por aquela autoridade é absolutamente antagônica à modernidade praticada nos países citados acima, que dão dignidade e qualidade de vida para os seus povos, tendo por base justamente a priorização dos princípios de progresso inerentes ao capitalismo, que condiz com a produção, os investimentos e o emprego, enquanto o socialismo tem como defesa o aumento dos tributos e a taxação da produção, precisamente na contramão do que disse aquela autoridade.

No atual governo, as notícias têm sido as piores possíveis, com o aumento e a criação de tributos, fechamento de indústrias, ameaças ao agronegócio, evasão de capital estrangeiro, desemprego e tudo o mais que se harmoniza com a terrível e desgraçada filosofia do socialismo e do comunismo, em contraposição à supracitada afirmação, de que “É esse país que eu sonho para a classe trabalhadora brasileira", em referência aos países do primeiro mundo, que estão ano-luz de distância do Brasil.

Aliás, a assertiva acima tem absoluta coerência com a mentalidade do seu autor, quando ele diz uma sentença e pratica justamente o contrário dela, quando afirma que deseja a melhoria da qualidade de vida da população pobre, porém os seus atos têm como vertente exatamente o sentido inverso, à vista das medidas adotadas no seu governo, de visíveis estrangulamento à iniciativa privada e redução ao inventivo e à priorização aos investimentos, à produção e ao emprego, que prejudicam não somente a economia do Brasil, mas em especial o povo pobre, que cada vez mais empobrece e se obriga a depender das ajudas financeiras do Estado.

Na verdade, esse deplorável estado de desânimo, do progressivo empobrecimento da população, por meio de medidas estritamente regressivas,  tem por objetivo alimentar e fortalecer os planos estratégicos do político que diz algo otimista, mas pratica precisamente o seu antídoto, para a satisfação de seus objetivos políticos, conforme mostram e comprovam os fatos.

O político que realmente deseja o melhor para a classe trabalhadora brasileira somente investiria o mínimo possível em programas sociais, apenas nos casos excepcionais, passando a dar prioridade para a criação de programas que objetivassem incentivos e substanciais investimentos na produção e na geração de empregos, que são metas voltadas realmente para a melhoria de vida das pessoas pobres, porque elas têm o condão de valorização e dignificação delas.

Enfim, respondendo à pergunta inicial: "Vocês acham que eu quero um país igual à Rússia? Vocês acham que eu quero um país igual a Cuba?, é fácil se concluir que sim, diante da forma como o Brasil vem sendo governado, em que não há absolutamente nada, em termos de programas efetivos, que acenem em sentido contrário, salvo aqueles compatíveis com as ajudas fundamentadas no Balsa Família e outras semelhantes, que não passam de auxílios meramente paliativos.

Convém salientar que tamanha precariedade tem o beneplácito do próprio povo, que aceita ser tratado por essa visível forma de desprezo social, sem a menor perspectiva do status quo, quando ele poderia exigir que o governo tenha sensibilidade para adotar medidas que realmente possa contribuir para a dignificação da classe pobre, por meio de programas que possibilitem a criação de empregos, especialmente nas regiões do Norte e do Nordeste.

É preciso que o povo se desperte, o mais urgente possível, dessa terrível e prejudicial letargia, que consente a continuidade desse estado de coisas, quando ele tem o poder do voto para impor condições para somente eleger representantes políticos capazes e competentes, em condições de trabalharem em defesa de seus interesses.       

À toda evidência, não passa de demagogia, o político  afirmar algo contrariamente ao que realmente pratica, como no caso do governo brasileiro, em que o povo somente presta para ser usado como massa de manobra, sendo submetido às piores condições subumanas, recebendo migalhas para eleger a incompetência e o subdesenvolvimento.            

            Brasília, em 14 de julho de 2024 

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