Conforme vídeo que circula nas
redes sociais, o último ex-presidente do país esclareceu os motivos pelos quais
ele não teria passado a faixa presidencial, tendo alegado que “um capitão
não dá continência para um (omiti a
palavra), um presidente patriota não entrega a liberdade um (omiti a
palavra)”.
Na verdade, caso houvesse um
pouco de sinceridade nas palavras desse importante político, até que se poderia
acreditar no que ele diz e afirma com tanta convicção.
Essa história mequetrefe de
repúdio a pessoa insignificante somente é acreditável por quem é fanático por
ele, que faz afirmação como essa, de que ele não dava continência a quem é
suspeito de desonestidade nem entregava a liberdade a ele.
Acontece que, na prática, na
qualidade de presidente do país honesto, ele fez muito mais do que entregar a
liberdade a quem é indigno, quando ele simplesmente entregou, de mão beijada, o
poder, que é algo da maior relevância na nação, a pessoa insignificante e
desprezível.
Diante das inúmeras denúncias de
suspeição de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas, ele
poderia ter determinado a garantia da lei e da ordem, na forma do artigo 142 da
Constituição, para o fim previsto no artigo 72 da Lei Maior, que manda o
presidente do país cumprir a Constituição e as leis vigentes, fazendo com que
os brasileiros também as observem.
Certamente que essa medida iria
revelar que houve fraude nas urnas e que o resultado das urnas jamais teria
sido aquele proclamado pelo órgão eleitoral, uma vez que ele transformou em
secreto o resultado das eleições, de modo que a falta de transparência leva
fatalmente à ilação de que algo errado foi escondido para ninguém puder ter
acesso às informações exatas pertinentes ao processo eleitoral.
Ou seja, algo da maior
importância, de ultrainteresse nacional foi negado aos brasileiros e ao Brasil,
por essa autoridade, sem que houvesse qualquer esclarecimento ou justificativa
aos brasileiros honrados, por parte dele, como forma, ao menos, de atenuação da
sua abissal e inadmissível omissão tão prejudicial aos interesses da pátria.
Não obstante, esse político, com
a cara mais lisa e sem nenhum escrúpulo, vem com essa conversa de não bater
continência para pessoa indigna, quando algo de sublime importância deixou de
ser implementado por ele, à vista dos fatos descritos acima.
O pior de tudo isso é que as
pessoas acreditam nessa demagogia de que alguém rejeita político desprezível,
quando ele poderia realmente afastá-lo, definitivamente, da vida pública, por
meio da decretação da garantia da lei e da ordem, que, entre outros saneamentos
imprescindíveis, nas circunstâncias, teria o condão de restabelecer a verdade sobre
as urnas, fazendo com que fosse proclamado vitorioso o candidato realmente eleito
legitimamente pelo povo.
Ao contrário das medidas
necessárias, esse político se acovardou, elegeu o silêncio do conforto
palaciano, para se afastar do povo, e depois fugiu para outro país, com medo de
ser preso por subordinado dele, antes mesmo do término do mandato dele.
Ele deixou de dar ouvido aos
gritos dos brasileiros honrados, que imploravam por socorro, que jamais
apareceu, permitindo que o poder fosse entregue passivamente à banda decomposta
da política brasileira e ao sistema dominante.
Caso ele realmente tivesse o
mínimo de aversão à desonestidade, à impunidade e à indignidade, na
administração pública, teria pensado, prioritariamente, na defesa do Brasil, ao
determinar a limpeza das impurezas e das contaminações que grassavam impiedosamente
e impunemente no império tupiniquim, tudo com o beneplácito de quem agora vem à
presença de seguidores cegos e fanáticos, para, de forma demagógica, anunciar
inverdades, que, infelizmente, são acreditadas e aplaudidas, como se não
tivesse existido a versão verdadeira da história brasileira, que fora
completamente ignorada justamente por quem se julga o paladino da moralidade.
Enfim, quer queiram ou não, essa
é a realidade nua e crua, na certeza de que o povo tem o representante político
que bem merece, porque ambos comungam com a mesma mentalidade, normalmente bem
medíocre, como soe acontecer no país tupiniquim, exatamente por haver forte
resistência às mudanças necessárias à moralização do Brasil, infelizmente.
Brasília, em 29 de junho de 2024
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