quarta-feira, 3 de julho de 2024

Insinceridade?

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o último ex-presidente do país esclareceu os motivos pelos quais ele não teria passado a faixa presidencial, tendo alegado que “um capitão não dá continência para um (omiti  a palavra), um presidente patriota não entrega a liberdade um (omiti a palavra)”.

Na verdade, caso houvesse um pouco de sinceridade nas palavras desse importante político, até que se poderia acreditar no que ele diz e afirma com tanta convicção.

Essa história mequetrefe de repúdio a pessoa insignificante somente é acreditável por quem é fanático por ele, que faz afirmação como essa, de que ele não dava continência a quem é suspeito de desonestidade nem entregava a liberdade a ele.

Acontece que, na prática, na qualidade de presidente do país honesto, ele fez muito mais do que entregar a liberdade a quem é indigno, quando ele simplesmente entregou, de mão beijada, o poder, que é algo da maior relevância na nação, a pessoa insignificante e desprezível.

Diante das inúmeras denúncias de suspeição de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas, ele poderia ter determinado a garantia da lei e da ordem, na forma do artigo 142 da Constituição, para o fim previsto no artigo 72 da Lei Maior, que manda o presidente do país cumprir a Constituição e as leis vigentes, fazendo com que os brasileiros também as observem.

Certamente que essa medida iria revelar que houve fraude nas urnas e que o resultado das urnas jamais teria sido aquele proclamado pelo órgão eleitoral, uma vez que ele transformou em secreto o resultado das eleições, de modo que a falta de transparência leva fatalmente à ilação de que algo errado foi escondido para ninguém puder ter acesso às informações exatas pertinentes ao processo eleitoral.

Ou seja, algo da maior importância, de ultrainteresse nacional foi negado aos brasileiros e ao Brasil, por essa autoridade, sem que houvesse qualquer esclarecimento ou justificativa aos brasileiros honrados, por parte dele, como forma, ao menos, de atenuação da sua abissal e inadmissível omissão tão prejudicial aos interesses da pátria.

Não obstante, esse político, com a cara mais lisa e sem nenhum escrúpulo, vem com essa conversa de não bater continência para pessoa indigna, quando algo de sublime importância deixou de ser implementado por ele, à vista dos fatos descritos acima.

O pior de tudo isso é que as pessoas acreditam nessa demagogia de que alguém rejeita político desprezível, quando ele poderia realmente afastá-lo, definitivamente, da vida pública, por meio da decretação da garantia da lei e da ordem, que, entre outros saneamentos imprescindíveis, nas circunstâncias, teria o condão de restabelecer a verdade sobre as urnas, fazendo com que fosse proclamado vitorioso o candidato realmente eleito legitimamente pelo povo.

Ao contrário das medidas necessárias, esse político se acovardou, elegeu o silêncio do conforto palaciano, para se afastar do povo, e depois fugiu para outro país, com medo de ser preso por subordinado dele, antes mesmo do término do mandato dele.

Ele deixou de dar ouvido aos gritos dos brasileiros honrados, que imploravam por socorro, que jamais apareceu, permitindo que o poder fosse entregue passivamente à banda decomposta da política brasileira e ao sistema dominante.

Caso ele realmente tivesse o mínimo de aversão à desonestidade, à impunidade e à indignidade, na administração pública, teria pensado, prioritariamente, na defesa do Brasil, ao determinar a limpeza das impurezas e das contaminações que grassavam impiedosamente e impunemente no império tupiniquim, tudo com o beneplácito de quem agora vem à presença de seguidores cegos e fanáticos, para, de forma demagógica, anunciar inverdades, que, infelizmente, são acreditadas e aplaudidas, como se não tivesse existido a versão verdadeira da história brasileira, que fora completamente ignorada justamente por quem se julga o paladino da moralidade.

Enfim, quer queiram ou não, essa é a realidade nua e crua, na certeza de que o povo tem o representante político que bem merece, porque ambos comungam com a mesma mentalidade, normalmente bem medíocre, como soe acontecer no país tupiniquim, exatamente por haver forte resistência às mudanças necessárias à moralização do Brasil, infelizmente.

            Brasília, em 29 de junho de 2024 

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