Os ventos eleitorais que estão vindo da Venezuela anunciam que a campanha eleitoral desenvolvida por lá saiu completamente dos trilhos da normalidade, à vista de ameaças de violência, por parte do ditador do país, que disse, em comício, que a sua eventual derrota, na eleição presidencial, marcada para o próximo dia 28, “poderia desencadear uma guerra civil no país.”.
O tirano venezuelano afirmou que "O destino da Venezuela, no
século 21, depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não querem que a
Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto
dos fascistas, vamos garantir o maior êxito, a maior vitória da história
eleitoral do nosso povo".
O líder do regime socialista venezuelano, que aparece em desvantagem nas
pesquisas de opinião de voto, aparentemente sem a menor justificativa, enquanto
busca o terceiro mandato de seis anos, vem subindo o tom de seus discursos ameaçadores,
nos últimos dias, a exemplo do que já havia feito referência a uma guerra.
O ditador foi bastante franco, ao afirmar, em comício, que "Em
28 de julho se decide entre guerra ou paz, guarimba (tipo de protesto com
barricadas usado pela oposição) ou tranquilidade, projeto de pátria ou
colônia, democracia ou fascismo. Estão preparados? Estão preparadas? Eu estou
preparado. Tenho amor pela Venezuela, tenho experiência, não tenho medo nem do
demônio. Deus vem comigo".
Como se vê, com muita clareza, o clima da campanha eleitoral esquentou
de vez, especialmente por parte do governo, que parece temer perder o pleito, à
vista das intenções de voto demonstradas por meio de pesquisas, no sentido de que
o principal adversário do ditador leva alguma vantagem na pesquisa de intenção
de voto e isso tem conseguido tirar o sono do candidato brutamonte.
A verdade é que as vitórias dele, nos pleitos anteriores, também davam
ligeira vantagem para candidatos da oposição, mas, também de costume, o
candidato do governo sempre é consagrado vencedor e isso faz parte do jogo
político naquele país, em que o sistema tem o poder de decidir para o lado que
ameaça explodir o país, caso perda a eleição.
Certamente que, desta feita, o esquema já foi preparado, em que o
ditador inventa banho de sangue e até guerra civil, como forma de “convencer” a
regularidade das urnas, evidentemente como fruto do temor do povo pelo
resultado normal da consagração do ditador, como sendo pela “vontade” soberana
do povo, por meio do voto.
Ou seja, é preciso que seja invertida a tendência da vontade do povo,
sob o forte argumento de que a guerra não seria interessante para a Venezuela,
como se isso fosse o principal argumento para justificar a mudança nas urnas,
que, sabidamente, decidem soberanamente com base no poder de quem controla o
resultado eleitoral, que também tem o poder de proclamar o candidato vitorioso.
Na verdade, naquele país e onde prevalecer o nefasto regime
socialista/comunista, o povo se presta como mera massa de manobra, para servir
exclusivamente para dar suporte legal aos resultados manipulados pelo próprio
governo, que proclama, no caso sob exame, o candidato ditador eleito, pasmem, pela
“lidima e soberana vontade do povo”.
Enfim, compreende-se que, enquanto o poder estiver nas mãos do governo da
tirania, jamais a democracia terá condições de eleger, de forma juridicamente
limpa, as eleições em quaisquer países do mundo, infelizmente, porque é assim
que funciona o regime da irracionalidade democrática.
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