terça-feira, 30 de julho de 2024

Aberração!

 

A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou que as eleições presidenciais, na Venezuela, nas quais o presidente ditador foi proclamado vitorioso, passaram por processo de “a mais aberrante manipulação”.

O secretário-geral da OEA disse que, “Ao longo de todo este processo eleitoral vimos a aplicação pelo regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição da manipulação mais aberrante”.

O que foi na Venezuela foi muito estranho, quando, depois de horas de incerteza, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) desse país, evidentemente da índole governista, anunciou a vitória do ditador, que teria obtido, sem apresentar documentos pertinentes à votação, 51,2% dos votos válidos, contra 44,2% para o principal candidato da oposição, enquanto outros seis candidatos conseguiram, pasmem, igualmente 4,6% cada, totalizando 123%, ou seja, 23% a mais do cômputo permitido de votos regularmente aceitável, evidentemente para país civilizado e sério, em termos políticos.

A verdade é que as suspeitas de fraudes são tão escancaradas e escandalosas que, tanto a oposição, liderada pela principal oposicionista, como grande parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia, o Brasil e a Colômbia, entre outros países, lançaram dúvidas sobre o resultado do pleito venezuelano, que dá ao ditador de plantão o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos.

A líder da oposição garantiu que tem em seu poder cópias de 73% das atas de voto e projetou, com base nesses documentos,  a vitória do candidato da oposição, com 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões atribuídos ao ditador.

O secretário-geral da OEA garantiu que o fato de a oposição ter apresentado a ata e o governo não “seria ridículo e patético se não fosse trágico. Neste contexto, é imperativo saber sobre a aceitação por parte de Maduro das atas mantidas pela oposição, bem como que ele aceite a sua derrota eleitoral”.

Ele concluiu, afirmando que “Caso contrário, seria necessário realizar novas eleições, mas neste caso com a presença das missões de observação eleitoral da União Europeia e da OEA e uma nova CNE para que seja reduzida a margem de irregularidade institucional que assolou este processo”.

O Conselho Permanente da OEA convocou reunião extraordinária para amanhã, para “abordar e discutir os resultados do processo eleitoral na Venezuela.”.

Nesse lamentável episódio de extremo desprezo aos princípios democráticos e civilizatórios, é bastante estranhável que as Forças Armadas da Venezuela estejam a serviço do regime ditatorial, completamente ao lado dele e sua à disposição, como prova de total servilismo à maldade e aos abusos contra a sociedade, quando os salutares princípios que norteiam a sua institucionalização as obriga a defender, primacialmente, somente os atos públicos em sintonia com a preservação dos direitos humanos e das normas jurídicas.  

Impende se frisar que a aludida matemática, totalmente absurda e destrambelhada, mostrando o resultado das apurações, por si só evidencia, de forma cristalina, o verdadeiro estado de esculhambação que representa o resultado da eleição presidencial da Venezuela, completamente indigno de credibilidade, conforme denuncia a OEA, com absoluta propriedade, ante os fatos irregulares vindos à baila.

A verdade é que, mesmo em se tratando de país socialista, obviamente ditatorial, onde nada existe de sério e constitucional e isso fica patente com a predominância da truculência na manipulação das urnas, conforme a confirmação dos documentos em poder da oposição, que mostram o disparate dos resultados mostrados pelos governo ditatorial.

A prova maior dessa excrescência é a enorme rejeição da população ao regime ditatorial, que vem aumentando a participação de pessoas se manifestando nas ruas, não aceitando a continuidade do regime das trevas, que tem sido extremamente cancerosa contra os interesse das sociedade.

É preciso que as nações, a par de repudiarem prática inaceitável, diante do grosseiro vício de visível fraude, não reconheçam governo ilegítimo e ainda promovam bloqueios e retaliações comerciais, diplomáticos e econômicos contra a Venezuela, tendo em vista que a cruel desmoralização dos princípios democráticos somente merece o desprezo e o ostracismo internacionais.

Enfim, Espera-se que o monstruoso ditador seja completamente desmascarado e destituído do trono tirânico, não somente para o bem da Venezuela, mas também da humanidade, que exigem e merecem a predominância da paz e da harmonia universais.

 Brasília, em 30 de julho de 2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário