A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou que as eleições
presidenciais, na Venezuela, nas quais o presidente ditador foi proclamado vitorioso,
passaram por processo de “a mais aberrante manipulação”.
O secretário-geral da OEA disse que, “Ao longo de todo este processo
eleitoral vimos a aplicação pelo regime venezuelano do seu esquema repressivo
complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado
eleitoral, colocando esse resultado à disposição da manipulação mais aberrante”.
O que foi na Venezuela foi muito estranho, quando, depois de horas de
incerteza, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) desse país, evidentemente da
índole governista, anunciou a vitória do ditador, que teria obtido, sem
apresentar documentos pertinentes à votação, 51,2% dos votos válidos, contra
44,2% para o principal candidato da oposição, enquanto outros seis candidatos
conseguiram, pasmem, igualmente 4,6% cada, totalizando 123%, ou seja, 23% a
mais do cômputo permitido de votos regularmente aceitável, evidentemente para
país civilizado e sério, em termos políticos.
A verdade é que as suspeitas de fraudes são tão escancaradas e
escandalosas que, tanto a oposição, liderada pela principal oposicionista, como
grande parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, a União
Europeia, o Brasil e a Colômbia, entre outros países, lançaram dúvidas sobre o
resultado do pleito venezuelano, que dá ao ditador de plantão o seu terceiro
mandato consecutivo de seis anos.
A líder da oposição garantiu que tem em seu poder cópias de 73% das atas
de voto e projetou, com base nesses documentos, a vitória do candidato da oposição, com 6,27
milhões de votos, contra 2,75 milhões atribuídos ao ditador.
O secretário-geral da OEA garantiu que o fato de a oposição ter
apresentado a ata e o governo não “seria ridículo e patético se não fosse
trágico. Neste contexto, é imperativo saber sobre a aceitação por parte
de Maduro das atas mantidas pela oposição, bem como que ele aceite a sua
derrota eleitoral”.
Ele concluiu, afirmando que “Caso contrário, seria necessário
realizar novas eleições, mas neste caso com a presença das missões de
observação eleitoral da União Europeia e da OEA e uma nova CNE para que seja
reduzida a margem de irregularidade institucional que assolou este processo”.
O Conselho Permanente da OEA convocou reunião extraordinária para amanhã,
para “abordar e discutir os resultados do processo eleitoral na Venezuela.”.
Nesse lamentável episódio de extremo desprezo aos princípios
democráticos e civilizatórios, é bastante estranhável que as Forças Armadas da
Venezuela estejam a serviço do regime ditatorial, completamente ao lado dele e
sua à disposição, como prova de total servilismo à maldade e aos abusos contra
a sociedade, quando os salutares princípios que norteiam a sua institucionalização
as obriga a defender, primacialmente, somente os atos públicos em sintonia com a
preservação dos direitos humanos e das normas jurídicas.
Impende se frisar que a aludida matemática, totalmente absurda e destrambelhada,
mostrando o resultado das apurações, por si só evidencia, de forma cristalina,
o verdadeiro estado de esculhambação que representa o resultado da eleição presidencial
da Venezuela, completamente indigno de credibilidade, conforme denuncia a OEA,
com absoluta propriedade, ante os fatos irregulares vindos à baila.
A verdade é que, mesmo em se tratando de país socialista, obviamente ditatorial,
onde nada existe de sério e constitucional e isso fica patente com a predominância
da truculência na manipulação das urnas, conforme a confirmação dos documentos
em poder da oposição, que mostram o disparate dos resultados mostrados pelos
governo ditatorial.
A prova maior dessa excrescência é a enorme rejeição da população ao
regime ditatorial, que vem aumentando a participação de pessoas se manifestando
nas ruas, não aceitando a continuidade do regime das trevas, que tem sido
extremamente cancerosa contra os interesse das sociedade.
É preciso que as nações, a par de repudiarem prática inaceitável, diante
do grosseiro vício de visível fraude, não reconheçam governo ilegítimo e ainda
promovam bloqueios e retaliações comerciais, diplomáticos e econômicos contra a
Venezuela, tendo em vista que a cruel desmoralização dos princípios democráticos
somente merece o desprezo e o ostracismo internacionais.
Enfim, Espera-se que o monstruoso ditador seja completamente desmascarado
e destituído do trono tirânico, não somente para o bem da Venezuela, mas também
da humanidade, que exigem e merecem a predominância da paz e da harmonia universais.
Brasília, em 30 de julho de 2024
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