quinta-feira, 18 de julho de 2024

Reunião, para quê?

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa, mostrando indignação sobre a precariedade da situação atual brasileira, insatisfeita com o desempenho da administração pública e decisões que interferem nas liberdades individuais e nos direitos humanos, propõe urgente mobilização dos verdadeiros brasileiros, para protestarem contra os desmandos e a prevalência dos descaminhos da nação.  

O texto em apreço evidencia que há brasileiros interessados em reagir contra o caos prevalente, em reconhecimento de que urge a mobilização da sociedade para a defesa da moralidade do Brasil e da defesa de seus interesses, à vista da decrepitude que vem imperando em larga e serena expansão, no país evidentemente com a passividade da sociedade, que termina sendo cúmplice ao se permitir a continuidade do status quo.

É preciso que os brasileiros honrados se juntem em apoio, no que for preciso para mostrarem o seu apoio, além também poderem contribuir com ideias e sugestões afirmativas, para, em especial, a formulação de planos de ação a serem implementados pelos verdadeiros brasileiros, que devem agir tendo por base ações estribadas em medidas impositivas, que devam se transformar em efetividade, ou seja, é preciso se distanciar urgentemente do mesmismo do contra isso e aquilo, que não leva a absolutamente nada, conforme mostram os registros da história.

Seria importante se dispor do contato do bravo, operoso e destemido procurador aposentado, para se oportunizar o oferecimento de importantes sugestões.

Uma das quais diz respeito à objetividade que precisa ser imprimida nas mobilizações de pessoas, quando a agenda do encontro deva ser muito mais de cunho impositivo e objetivo, no sentido de se dizer que o povo exige que se respeite a plena liberdade de expressão, especificando o fato, sob pena de que o desrespeito dessa medida implica que ele se obriga a agir para o devido saneamento da questão, por força do seu poder implícito na Constituição, adotando o que for necessário para o restabelecimento da ordem constitucional, em respeito ao império dos direitos de cidadania.

Não faz o menor sentido o sacrifício da mobilização de multidão para se manifestar inutilmente dizendo que “Somos contra isso ou aquilo”, ficando implícito que nada acontece se nada for ouvido nem providenciado, no sentido de solucionar a questão reclamada pelos brasileiros.

Os princípios da racionalidade e do bom senso aconselham que, se o povo tem o direito de se manifestar, ele deve também ter o direito de exigir as medidas que ele considera que são as melhores para a satisfação das suas necessidades, em termos do pleno exercício da cidadania.

É importante que se diga, com a maior clareza possível, que, caso o povo seja convocado, ele precisa exercer o seu poder de mobilização tendo por base a sua consciência democrática de exigir o que for certo e necessário para o seu bem comum.

Exemplificando tal situação, de nada adianta dizer que o povo é “Contra o aborto”, porque isso é mais do que óbvio para as pessoas normais e contrárias ao pensamento da esquerda e ao do regime dominante, na certeza de que nada será levado em conta, em razão da singeleza de palavras que não dizem absolutamente nada, por não conterem nada impositivo que precisa ficar registrado.

Caso o povo queira dizer algo que sente de errado, a ser corrigido ou observado, em manifestação pública, que ele seja claro e objetivo, se manifestando exatamente conforme o seu desejo de saneamento, deixando o alertas de que, se isso não realizado por quem de direito, as medidas reclamadas serão efetivadas com as próprias mãos, de modo que tudo será resolvido, na maneira da correção exigida.

É preciso que seja dito diretamente, por exemplo, que “O povo não aceita nenhuma medida legislativa ou decisão judicial favorável ao aborto, sob pena de ele adotar o que for preciso para evitar que isso aconteça”, ou algo que fique claro que o povo não aceita nada em prol do aborto ou outras medidas que possam ferir os direitos humanos e os princípios democráticos.

Em caso contrário disso, fica implícito que qualquer mobilização de pessoas fica caracterizada a reunião de um bando de bananas, de pessoas desocupadas, repetindo banalidades e inutilidades que não levam a absolutamente nada.

Ante o exposto, concita-se que os brasileiros honrados e dignos pensem seriamente somente na reunião de pessoas, em forma de manifestação para reclamar de algo que tenha objetivos, claros, com logicidade das pretensões, porque, caso diferentemente disso, os trabalhos pretendidos de mobilização estarão fadados aos costumeiros fracassos, como se nada tivesse sido feito.

Brasília, em 18 de julho de 2024

 


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