A líder da oposição da Venezuela declarou que o seu grupo político tem como
garantir aos venezuelanos a vitória do seu candidato, na eleição realizada no
último domingo.
Ela afirmou que "Temos 73,20% das atas e, com este resultado, o
nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia", segundo informação
da agência Associated Press.
A convicção da líder tem por base as atas de votação que a oposição conseguiu
coligir, cujos votos somados atingem o total de 6,27 milhões, contra 2,75
milhões do ditador.
Ela declarou que, "Com as atas que nos faltam, mesmo que o
Conselho Nacional Eleitoral tenha dado 100% dos votos a Maduro, eles não são
suficientes".
O candidato da oposição pediu "calma e firmeza", na
contestação do resultado, e considerou ato de irresponsabilidade que a
autoridade eleitoral venezuelana tenha feito "anúncio prematuro de
resultados sem ter sido auditado".
A oposição pretende realizar manifestação em apoio ao candidato da oposição,
em frente ao prédio da representação da Organização das Nações Unidas (ONU), em
Caracas.
Após o pronunciamento da oposição, o ditador disse que os protestos que
aconteceram no país, por conta de sua proclamação como vencedor, acrescentando que
seu governo "sabe enfrentar esta situação e derrotar aqueles que são
violentos".
Em síntese, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou que o ditador
venezuelano venceu a eleição, com 51% dos votos, enquanto esse resultado foi
contestado pela oposição, por não acreditar na fidelidade dos votos dos
eleitores.
O resultado proclamado pelo CNE também foi questionado por autoridades
de, pelos menos, 15 países, principalmente diante de suspeitas de fraudes no
processo eleitoral, embora os países de regime socialista o reconheceram como
válido.
Não obstante, logo depois da proclamação do questionável resultado,
eleitores realizaram panelaços e manifestações, na capital daquele país.
Conforme a líder da oposição, o seu candidato venceu em todos os Estados,
em votação retumbante contra o regime ditatorial.
Por fim, a oposição acusa o governo da prática de fraude e se recusa a reconhecer
a decisão do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, por não confiar na regularidade
do pleito eleitoral da Venezuela.
A propósito, importa trazer à baila importante informação prestada,
antes da eleição presidencial, em que o ditador garantiu que a Venezuela tem o
melhor sistema eleitoral do mundo, com 16 auditorias e uma auditoria em tempo
real de 54% das urnas, tendo afirmado que, "Em que outra parte do mundo
faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não
auditam nenhuma ata. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata".
Com base nessas afirmações do ditador, espera-se que se deem crédito às
auditorias anunciadas por ele, dando-se validade ao verdadeiro resultado das
urnas, que sintetiza a vontade dos eleitores venezuelanos.
Ou seja, os elementos que são apresentados pela líder da oposição são os
mesmos referidos pelo ditador, que garantiu que eles são fidedignos para
assegurar a regularidade da eleição naquele país.
Na confirmação da veracidade apresentada pelo ditador, não há a menor dúvida
de que a oposição foi a vencedora na eleição presidencial venezuelana, a
depender da seriedade das auditorias, eis que os dados mostrados pela líder da oposição
têm por base “O sistema eleitoral auditável”, que pode mostrar a legitimidade
das urnas.
Espera-se que se permita a auditagem regular do processo eleitoral
venezuelano, de modo que o resultado das urnas reflita exatamente a vontade dos
eleitores daquele país, que se manifestavam em prol da ampla vantagem do
candidato da oposição sobre o ditador daquele país.
Brasília, em 30 de julho de 2024
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