O povo da Venezuela resolveu mostrar a sua indignação contra a desgraçada
ditadura predominante nesse país, ao sair às ruas, em forma de multidão jamais
vista ali, gritando a palavra de ordem de “Liberdade!”, com a finalidade de
reivindicar e exigir a vitória nas eleições presidenciais do candidato da oposição,
que apelou pelo fim da repressão ao movimento pacífico, que já soma o
inadmissível saldo de, pelo menos, 12 mortos, além de milhares de pessoas
feridas e presas.
Um líder comunitário disse que “Devemos permanecer nas ruas, não
podemos permitir que nos roubem os votos tão descaradamente. Isso precisa mudar”.
A oposição afirma, com absoluta convicção, ter em seu poder provas da
sua vitória, tendo por base cópias de documentos referentes a 84% das atas oficiais
das urnas, que provam as fraudes, os quais foram publicados em site de
confiança.
A comunidade internacional pressiona por recontagem transparente dos
votos, a exemplo dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, que pediram a
apresentação das atas de votação “de forma imediata”, ressaltando que as
eleições na Venezuela representam “momento crítico para a democracia no
hemisfério”.
Autoridade da diplomacia da União Europeia (UE) seguiu a mesma linha,
pedindo “acesso imediato às atas de votação de todas as seções eleitorais. Até
que as autoridades publiquem as atas e as mesmas sejam verificadas, os
resultados anunciados não poderão ser reconhecidos”.
O representante da UE disse que as eleições presidenciais venezuelanas não
seguiram “parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral. Não
pode ser considerada democrática”, afirmando indiretamente que realmente
houve fraude, que precisa ser não só repudiada, mas, principalmente, saneada,
para o bem dos princípios da honestidade e da dignidade, à vista dos princípios
democráticos e universais de civilidade.
O presidente do Peru reconheceu o candidato da oposição como o
presidente eleito “legítimo” da Venezuela, tendo protestado, ao afirmar:
“diante da impossibilidade de demonstrar de forma confiável sua atribuída
vitória eleitoral, exibindo todas as atas com verificação internacional, como
solicitam os países e múltiplas organizações internacionais”.
O candidato da oposição apelou no sentido de que os militares se
mantenham a calma, nestes termos: “Senhores das Forças Armadas: não há razão
para reprimir o povo da Venezuela, não há motivo para tanta perseguição”.
Não obstante, em que pese a urdida e sórdida manipulação do resultado
das urnas, o ditador venezuelano responsabilizou o grupo da oposição de
provocar violência nas manifestações e garantiu que “a justiça vai chegar.
Responsabilizo o senhor, González Urrutia, por tudo o que está acontecendo
na Venezuela, pela violência criminosa, pelos delinquentes, pelos feridos,
pelos mortos, pela destruição. A justiça será feita contra diabos e
demônios. Haverá justiça. Saia da sua guarida, senhor covarde!”.
Diante do clima aquecido na Venezuela, o alto comissário das Nações
Unidas para os Direitos Humanos e o responsável pela diplomacia da UE pediram
respeito à manifestação pacífica dos opositores.
A ONG de defesa dos direitos humanos Foro Penal afirmou que “Preocupa-nos
o uso de armas de fogo nestas manifestações. O fato de terem ocorrido 11 mortes
em um único dia é um número alarmante”.
As Forças Armadas estão dando apoio à ditadura e declararam “lealdade absoluta e apoio incondicional”
ao ditador, tendo inclusive encampada a ideia de golpe contra o tirano, quando
os fatos provam justamente o contrário dessa absurda assertiva.
O clima predominante na Venezuela é de muita tensão social, culminado
com violenta repressão por parte da ditadura, que não reconhece a indiscutível
derrota do tirano ditador, que liderou grosseiras fraudes no processo de apuração
dos votos, regularmente depositados nas urnas, dando retumbante vitória à oposição,
conforme comprovam os boletins oficiais que asseguram a incontestável e
legítima vitória do candidato da oposição.
Espera-se que o bom senso e a sensatez possam prevalecer nesse
lamentável episódio, que tem a predominância da insensibilidade e da monstruosidade
ditatoriais, que abomina e massacra a vontade soberana da democracia e insiste
em impor a sua perversidade de arrogante e tirânica autoridade, imposta à
sociedade subjugada e sufocada pela insanidade do poder absoluto.
Convém que os venezuelanos se união e se mobilizem, com a maior coesão
possível, evidentemente tendo o indispensável apoio das nações civilizadas e
evoluídas, para derrotarem, o quanto antes melhor, uma das mais impostoras e destrutivas
ditaduras degenerativas enraizadas na Venezuela, como forma de livramento e salvação
daquele povo martirizado pela desgraça de regime das trevas.
Brasília, em 31 de julho de 2024
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