Desde o primeiro
trimestre de 1999, quando houve prejuízo de R$ 1,5 bilhão, causado pela maxidesvalorização
do real, a Petrobras não sabia o que era resultado operacional negativo, como o
prejuízo de R$ 1,35 bilhão no segundo trimestre do ano. A empresa esclareceu
que a causa determinante das perdas foi a desvalorização cambial. Esse prejuízo
contrasta com os lucros registrados no primeiro trimestre de 2012, que havia sido
de R$ 9,2 bilhões e, no mesmo período do ano passado, de R$ 10,9 bilhões. A
diretoria da empresa disse que "A
desvalorização do real afetou de maneira relevante o resultado financeiro, pelo
nosso endividamento denominado em dólares, mas também os custos dolarizados da
companhia". Na sua avaliação, o impacto do câmbio atingiu diretamente
o resultado financeiro líquido da empresa, que ficou negativo em R$ 6,407
bilhões, contra ganho de R$ 465 milhões no primeiro trimestre. A Petrobras
também responsabiliza a queda dos preços internacionais, que gerou perdas nos
estoques das refinarias no exterior, pela queda no lucro operacional. Além de
despesas extraordinárias com poços secos e menor exportação de petróleo, fruto
da menor produção devido às paradas programadas com vistas ao aumento da
eficiência e segurança operacional. O certo é que essa empresa, há bastante
tempo, tem sido legítima estatal, onde é normal a existência de cabide de
empregos para a família petista, os sindicalistas e as indicações pertencentes
ao círculo do compadrio, todos sem especialidade ou qualificação inerentes à
área petrolífera; ineficiência gerencial; ingerência política; corrupção;
superfaturamento de contratos; nepotismo; contratações de conveniência, em
atendimento à indicação partidária. Graças à política corporativista do PT é possível
a destruição não somente da economia sólida da Petrobras, mas também a do país.
Dificilmente uma empresa do porte da brasileira, com a sua dimensão patrimonial
e monopolista, passaria por processo negativo nas suas operações, exatamente
porque seus acionistas não permitem ingerência na sua administração. Esse
prejuízo evidência de forma escancarada a incompetência petista na gestão de
enorme empresa que o mercado mundial não acredita que possa apresentar
resultado tão ruim, uma vez que a gestão sobre a produção de petróleo somente dá
lucro, quando administrada com capacidade e competência. O exato sintoma disso foi
escancarado, há pouco, pelo Valor Econômico, com a revelação de que o PT e PMDB
discutem quem será o Diretor Internacional da Petrobras, como forma de mostrar
força e poder na indicação de cargos, como se eles fossem capitanias
hereditárias, deixando claro qual o grupo que coordena as licitações, as
contratações etc., em evidente escárnio à credibilidade dos negócios empresariais.
Chega a ser intrigante o fato de que a autossuficiência petrolífera tenha
servido apenas de engodo eleitoreiro, porque a sociedade não teve nenhum
benefício em razão do seu anúncio, além de que o país continua, de forma
inexplicável, importando combustível. Urge que seja promovida faxina generalizada
na Petrobras, para acabar com a corrupção, a ingerência política e
principalmente a crônica incompetência da sua gestão, como forma de moralizar e
buscar a eficiência gerencial nas suas estruturas administrativa e operacional.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de agosto de 2012
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