Consoante pesquisa
Datafolha divulgada pelo site do jornal Folha
de S. Paulo, a mandatária do país teria 58% das intenções de voto de 2.653
pessoas ouvidas, caso a eleição para presidente da República se realizasse
agora. A pesquisa aponta que outros possíveis candidatos teriam modestas
intenções de voto, como a ex-senadora do partido da Rede, com 16% das
preferências, que foi seguida pelo senador tucano, com 10%, e governador de
Pernambuco, com 6%. Causa estranheza que a eleição somente acontecerá em
outubro de 2014 e a escolha dos candidatos será feita, na forma da legislação
eleitoral, em convenções partidárias, entre os dias 10 e 30 de junho do próximo
ano. Não se sabem também a razão e os motivos ensejadores de pesquisa extemporânea,
tão distanciada da data prevista para a realização da eleição. Inobstante, caso
não tivesse interesse em jogo, jamais a pesquisa seria realizada agora. Ainda bem que se trata de pesquisa com viés absolutamente
enganoso, por representar o resultado de consulta realizada junto a tão somente
2.653 pessoas, de um universo de cerca de 130 milhões de eleitores, o que se
pode inferir que elas estão plenamente alheias à realidade brasileira,
demonstrando desconhecer a forma promíscua e ridícula como o país vem sendo
administrado, quando a presidente da República, obcecada loucamente por
perpetuar-se no poder, abdicou dos salutares princípios da ética e moralidade,
ao promover a mais indecente e indigna distribuição dos ministérios e órgãos
públicos aos partidos da coalizão espúria de governo, em troca de apoio
político no Congresso Nacional, além da sua leniência com a disseminação da
corrupção, a exemplo do seu recente apoio aos condenados quadrilheiros do
mensalão e da sua convicta hipoteca às candidaturas dos presidentes do Senado
Federal e Câmara dos Deputados, por eles estarem envolvidos em casos de
corrupção com recursos públicos, que estão sendo apreciados na Justiça, não
recomendando suas conduções aos aludidos cargos, por ferimento ao decoro e à
dignidade públicos. Em termos gerenciais, o país vem sendo seriamente castigado
pelo governo sem criatividade, que não apresentou qualquer programa capaz de
incrementar e fomentar o desenvolvimento da nação. A visível demonstração de
incompetência do governo desponta com a falta de reformas estruturais dos
sistemas que obstaculizam o progresso do país, conjuntada com a incapacidade de
investimentos em saneamento básico, saúde, educação, segurança pública,
transportes e demais políticas públicas, com reflexos diretos no progressivo
aumento da violência, criminalidade, da falta de atendimento médico-hospitalar,
da má qualidade do ensino público, da precariedade dos portos, aeroportos e
estradas, impedindo o escoamento da produção, principalmente agrícola, ou seja,
o país, que ostenta a sexta economia mundial, submete seu povo às condições de
qualidade de vida comparável às nações de décima categoria Caso o titular do
principal cargo da nação capacidade gerencial, poderia perfeitamente reverter
esse quadro de debilidade da gestão do patrimônio público, ao impulsionar a
máquina pública em mutirão, visando ao imediato saneamento dos gigantescos
problemas brasileiros e à implantação de medidas gerenciais apropriadas ao
desenvolvimento do país. Certamente que ninguém consegue enganar a todos por todo
tempo, porque há de surgir alguém que tenha condições de mostrar ao povo a
realidade da mesquinhez desse governo, que contribui de forma decisiva para o
subdesenvolvimento da nação, sustentado apenas pelos programas
assistencialistas, meramente populistas. Diante de um governo apenas alienado pelo
poder, a sociedade anseia por que o próximo presidente da República seja capaz
de dirigir o país com a visão de verdadeiro estadista, que tenha a perspicácia
e a iniciativa de gerenciá-lo com competência e vanguardismo, sob o primado da observância
aos princípios da administração pública e do zelo pelo estrito
interesse da nacionalidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de março de 2013
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