Aproximadamente
140 indígenas estão ocupando, mais uma vez, o principal canteiro das obras da
Usina Hidrelétrica Belo Monte, situada em Vitória do Xingu, no Estado do Pará. No
dia 2 do corrente mês, os silvícolas ocuparam o sítio Belo Monte, onde permaneceram
no local por oito dias. Os índios reivindicam a suspensão dos estudos e das construções de barragens no país,
que impactem terras indígenas e a regulamentação da consulta prévia a índios
nesses em
casos que tais, ante os
impactos ambientais que serão provocados pelas construções. Os índios criticam também
a presença de tropas federais na região, que estariam dando suporte de
segurança para estudos de impacto ambiental pertinentes aos projetos de
desenvolvimento, pasmem, sem que os grupos indígenas tivessem sido consultadas
previamente. Os indígenas declararam que, desta vez, eles não vão respeitar nenhuma
liminar ou decisão da Justiça, porque o seu propósito é resistir até o
atendimento da sua reivindicação. Eles disseram também que, na última ocupação,
a saída foi pacífica porque o governo federal havia garantido negociar as
pendências, mas nada aconteceu de concreto. O grupo exige negociação direta com
o governo e reclama da ausência do representante federal, com quem
reivindicavam a negociação, na ocupação anterior. A preocupação dos índios diz
respeito à possível seca, após a conclusão da obra, que atingirá a região de
Volta Grande, com mais de 100 quilômetros, onde algumas aldeias estão situadas
às margens do rio Xingu. Cada vez que os índios ocupam e paralisam as obras, os
prejuízos são imensuráveis, notadamente no atraso da sua conclusão, à vista da
momentânea desmobilização das equipes de trabalho e dos canteiros, e no custo
do empreendimento, diante dos normais pedidos de realinhamento dos preços.
Agora, não deixa de causar perplexidade que, em se tratando de empreendimento
imprescindível ao desenvolvimento do país, o governo tenha que pedir permissão
não somente quanto ao megaprojeto da obra, mas até da colocação no local de
pessoal de segurança. Não há dúvida de que a constância com que os índios
invadem e paralisam as obras demonstra evidente e absoluta falta de autoridade do governo, que tem
sido leniente com a prepotência silvícola de pôr sua autoridade de cento e
poucos homens contra uma força de trabalho constituída de mais de sete mil
homens, que são tangidos dos seus postos de trabalho. Onde já se viu um bando de
desocupados, que nada produz nem mesmo para a sua sobrevivência, uma vez que é mantido regiamente pelos
brasileiros,
e ainda explora as riquezas naturais
brasileiras para vender para gringos, invadir de forma reiterada canteiros de obras onde
estão milhares de trabalhadores produzindo para o progresso do Brasil e as
autoridades ficarem à mercê de decisão judicial para afastar esses desocupados
do local? Pobre Brasil que não tem regras claras para pôr cada cidadão no seu devido lugar e responsabilizar quem cause
prejuízo aos interesses nacionais. Não é que índios devam ser surrados, mas o
governo deveria ter autoridade para impor a ordem em definitivo na oca e impedir que esses sanguessugas do país atrapalhem quem realmente produz em benefício da pátria. Não se pode permitir
que interesses nacionais sejam confundidos com pretensões de índios, que têm
seus direitos, mas a soberania do país está acima de interesse de meia dúzia de
indígenas, que acha que tem poder para protestar, violentar e destruir bens
públicos e privados. Nesse caso, os invasores devem ser afastados dos canteiros, punidos, na forma legal, e impedidos de cometer novos abusos.
Urge que o governo, em legítima defesa dos interesses nacionais, adote efetivas
providências com a finalidade de que os silvícolas sejam definitivamente impedidos
de invadir os canteiros das obras em apreço, ante os visíveis prejuízos
causados ao empreendimento e ao país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de maio de 2013
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