quinta-feira, 30 de maio de 2013

Impõem-se a ordem e a legalidade

Depois de terem, mais uma vez, invadido e ocupado o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, as lideranças indígenas disseram que não vão sair do local, em flagrante afronta à decisão proferida pelo juiz federal determinando que a Funai providenciasse, em 24h, a retirada pacífica dos manifestantes. Nenhuma medida foi adotada nesse sentido, porquanto os índios garantem que somente deixarão o local quando dialogarem com o governo federal. Uma índia, líder do movimento, disse que “Eles querem nos tirar em 24h, mas queremos que o governo venha aqui nos atender”. Por incrível que possa parecer, os índios disseram que não estão satisfeitos com a decisão judicial e ameaçam, pasmem, destruir o patrimônio da usina: “A gente vai incendiar tudo, já está tudo pronto”. Em documento, os indígenas demonstraram o caráter de extrema tensão nesta fase da ocupação: “o massacre foi anunciado e só o governo pode evitar”. Por sua vez, o Palácio do Planalto acena que há disposição de haver diálogo com as lideranças indígenas, tendo se comprometido em realizar reunião no próximo dia 4, em Brasília, desde que os índios deixem de forma pacífica o canteiro de obra. A intenção do governo é incorporar as reivindicações dos índios às suas decisões sobre o aproveitamento hídrico da bacia do rio Tapajós, segundo documento entregue recentemente às lideranças indígenas. O certo é que os índios estão ameaçando empregar as táticas terroristas de ocupação do patrimônio alheio, procurando potencializar ao máximo a tensão na área invadida, tendo apoderado de cinco ônibus, para o fim de bloquear as rotas de fuga, em caso de emergências, além da ocupação das áreas de segurança da vila residencial e da realização de blitz na rodovia Transamazônica, evitando que os operários acessem ao canteiro da obra. Na ocupação, os índios também fazem uso de rádios-comunicadores do consórcio. Ao que tudo indica, os índios estão dispostos a pôr em prática os métodos terroristas empregados pelos opositores ao regime militar, os atuais donos do poder, quando não eram atendidas suas reivindicações. Os métodos terroristas em uso pelos índios evidenciam a sua evolução, permitindo a ilação de que eles não são mais as criaturas mansas, ordeiras, ingênuas e plenamente dependentes do Estado, à luz da legislação pátria. Diante da demonstração dos avanços e da modernidade nos costumes indígenas, parece justo que os antigos silvícolas estão em plenas condições de trabalhar e produzir para a sua manutenção, deixando de sobreviver à custa dos bestas dos contribuintes. Enquanto os índios forem tutelados como coitadinhos pela Constituição Federal, sendo ainda considerados inimputáveis para fins de responsabilização e punição, eles vão se achar no direito de extrapolar os limites das suas ocas e ameaçar incendiar o patrimônio de terceiros. É engraçado como os índios podem violar as regras fundamentais do país, como no caso do canteiro de obras importantes ao desenvolvimento nacional, causando prejuízos ao patrimônio público e de terceiro, sem que o governo acene para a adoção de medidas capazes de impedir a violência ao interesse público. Em que pese o índio ser qualificado como cidadão especial, o combate à criminalidade não pode ser tolerante com eles, sob pena de o país se transformar ainda mais em terra de ninguém. Já não basta a impunidade entre os civilizados, que adquiriram o direito de praticar as piores maldades e, quando são penalizados, as punições são leves e pouco exemplares. Urge que a ordem e a autoridade sejam impostas no âmbito dos silvícolas, impedindo que ímpetos terroristas e destruidores voltem a causar intranquilidade à nação. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 29 de maio de 2013

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