Depois de terem, mais
uma vez, invadido e ocupado o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte, as lideranças indígenas disseram que não vão sair do local, em flagrante
afronta à decisão proferida pelo juiz federal determinando que a Funai providenciasse, em 24h, a retirada pacífica dos manifestantes. Nenhuma medida foi adotada nesse
sentido, porquanto os índios garantem que somente deixarão o local quando dialogarem
com o governo federal. Uma índia, líder do movimento, disse que “Eles querem nos tirar em 24h, mas queremos
que o governo venha aqui nos atender”. Por incrível que possa parecer, os índios
disseram que não estão satisfeitos com a decisão judicial e ameaçam, pasmem,
destruir o patrimônio da usina: “A gente
vai incendiar tudo, já está tudo pronto”. Em documento, os indígenas demonstraram
o caráter de extrema tensão nesta fase da ocupação: “o massacre foi anunciado e só o governo pode evitar”. Por sua
vez, o Palácio do Planalto acena que há disposição de haver diálogo com as
lideranças indígenas, tendo se comprometido em realizar reunião no próximo dia
4, em Brasília, desde que os índios deixem de forma pacífica o canteiro de obra.
A intenção do governo é incorporar as reivindicações dos índios às suas decisões
sobre o aproveitamento hídrico da bacia do rio Tapajós, segundo documento
entregue recentemente às lideranças indígenas. O certo é que os índios estão
ameaçando empregar as táticas terroristas de ocupação do patrimônio alheio,
procurando potencializar ao máximo a tensão na área invadida, tendo apoderado
de cinco ônibus, para o fim de bloquear as rotas de fuga, em caso de
emergências, além da ocupação das áreas de segurança da vila residencial e da
realização de blitz na rodovia Transamazônica, evitando que os operários acessem
ao canteiro da obra. Na ocupação, os índios também fazem uso de
rádios-comunicadores do consórcio. Ao que tudo indica, os índios estão dispostos
a pôr em prática os métodos terroristas empregados pelos opositores ao regime
militar, os atuais donos do poder, quando não eram atendidas suas
reivindicações. Os métodos terroristas em uso pelos índios evidenciam a sua evolução,
permitindo a ilação de que eles não são mais as criaturas mansas, ordeiras,
ingênuas e plenamente dependentes do Estado, à luz da legislação pátria. Diante
da demonstração dos avanços e da modernidade nos costumes indígenas, parece
justo que os antigos silvícolas estão em plenas condições de trabalhar e
produzir para a sua manutenção, deixando de sobreviver à custa dos bestas dos
contribuintes. Enquanto os índios forem tutelados como coitadinhos pela
Constituição Federal, sendo ainda considerados inimputáveis para fins de
responsabilização e punição, eles vão se achar no direito de extrapolar os
limites das suas ocas e ameaçar incendiar o patrimônio de terceiros. É engraçado como os índios podem violar as
regras fundamentais do país, como no caso do canteiro de obras importantes ao
desenvolvimento nacional, causando prejuízos ao patrimônio público e de
terceiro, sem que o governo acene para a adoção de medidas capazes de impedir a
violência ao interesse público. Em que pese o índio ser qualificado como cidadão
especial, o combate à criminalidade não pode ser tolerante com eles, sob pena
de o país se transformar ainda mais em terra de ninguém. Já não basta a
impunidade entre os civilizados, que adquiriram o direito de praticar as piores
maldades e, quando são penalizados, as punições são leves e pouco exemplares. Urge
que a ordem e a autoridade sejam impostas no âmbito dos silvícolas,
impedindo que ímpetos terroristas e destruidores voltem a causar intranquilidade
à nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de maio de 2013
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