O coronel reformado
que chefiou órgão de repressão política, durante o regime militar, entre outras
afirmações, declarou perante a Comissão Nacional da Verdade que a presidente da
República teria participado de "organizações
terroristas" com intenção de implantar o comunismo no Brasil. Ele
disse que, se não fosse a efetiva participação das Forças Armadas na era de
chumbo, o Brasil teria sido submetido à "ditadura do proletariado". Embora estivesse amparado
judicialmente para permanecer calado durante o interrogatório, ele decidiu se
manifestar, tendo pedido para fazer declaração inicial e, em seguida, decidiu responder
algumas perguntas formuladas por membros da aludida comissão. Na ocasião, ele afirmou
que “Todas as organizações terroristas,
todas elas e mais de 40 eram elas, em todos os seus estatutos, seus programas
está lá escrito claramente que o objetivo final era a implantação de uma
ditadura do proletariado, do comunismo. O objetivo intermediário era a luta
contra os militares, derrubar os militares e implantar o comunismo. Isso consta
de todas as organizações”. Ele reafirmou que “Inclusive nas quatro organizações terroristas que nossa atual
presidenta da República pertenceu tinham isso, de implantar o comunismo no
Brasil. Então estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a
democracia e estávamos lutando contra o comunismo. (...) Se não fosse a nossa
luta, se não tivéssemos lutado, hoje eu não estaria aqui porque eu já teria ido
para o 'paredon'. Hoje não existiria democracia neste país. Os senhores
estariam em um regime comunista do tipo de Fidel Castro”. Causa
espécie que a mandatária do país sempre se enche de orgulho ao dizer que teria
lutado a favor da democracia, quando, nos estatutos das organizações que foi filiada,
preconizava claramente a implantação do regime comunista no Brasil como
finalidades e objetivos dos contrarrevolucionários. Esses fatos são
corroborados com o recebimento, à época, do apoio em recursos material e
financeiro de Cuba, Rússia e China, que também se encarregaram de propiciar
treinamento altamente “especializado” aos terroristas. Essa conversa de
democracia dos petistas só tem conseguido convencer os incautos, que ainda
acreditam que o mensalão não existiu e que ele não passou de invencionice da
oposição, apesar das robustas provas da materialidade do maior caso de
corrupção com recursos públicos da história republicana. Com a absoluta convicção,
a altíssima capacidade e invejável qualidade dos integrantes da Comissão Nacional
da Meia Verdade, ante suas notáveis potencialidades intelectuais e experiências
jurídicas, combinadas com os elevados recursos destinados ao dispêndio do seu
trabalho, conseguiriam produzir excelentes trabalhos em benefício da sociedade
caso eles tivessem por primordial meta a análise, o debate e a discussão sobre
a indiscutível e notória montanha de problemas que se acumula nas portas do
governo, que simplesmente vem fazendo com que as alarmantes mazelas tenham seu
livre curso no emperramento do desenvolvimento do país. O futuro da nação será
tenebroso e de gigantescas incertezas enquanto os governantes, obcecados em
fustigar o passado funesto, tiverem por norte fatos sombrios que a expressiva
parcela da sociedade prefere sepultar, os quais, sendo enfim revelados, poderão
contribuir muito pouco para elucidar a verdade sobre a atuação apenas dos
órgãos de repressão, porquanto a maléfica participação das organizações
terroristas, que lutavam clandestinamente com o objetivo de implantar o
comunismo no país, não desperta o mínimo interesse na sua revelação, embora a
sua ação tenha deixado igual rastro de destruição da sociedade. Esse fato
fragiliza a seriedade e a real finalidade das apurações, por pecar pela indigna
falta da transparência e de tratamento isonômico, contrariando os salutares
princípios democráticos inscritos na Carta Magna, que asseguram aos brasileiros
iguais deveres e direitos, obviamente com desprezo à odiosa discriminação de
tratamento. Impende frisar que o advento da anistia pós uma pedra no passado,
para possibilitar o surgimento de uma sociedade unida e fraterna. Urge que os
brasileiros se conscientizem sobre a necessidade da união e da pacificação de
objetivos comuns, tendo por meta a priorização de políticas públicas destinadas
à solução dos graves problemas nacionais e a construção de grandiosa nação, com
embargo da busca de medidas dispensáveis, dispendiosas, revanchistas e
infrutíferas. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de maio de 2013
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