No
momento em que as candidaturas à Presidência da República estão sendo lançadas,
as manifestações populares também começam a aflorar com suas preferências por
um ou outro presidenciável. Afora os resultados das pesquisas anunciadas pelos
órgãos especializados, carregadas de bastantes suspeitas e dúvidas quanto à sua
veracidade, mas sempre apontando a liderança da mandatária do país, em
contrariedade às opiniões quase unânimes dos internautas, que se expressam com
enorme indignação contra a atual gestão petista, sempre com manifestação contundente
e de forma pejorativa pela maneira irresponsável como o país está sendo
administrado. O sentimento que se extrai dessas opiniões é de completa frustração,
porquanto as pessoas malham e ridicularizam o PT, dizendo que se trata de partido
sem caráter, sem ética, imoral, indecoroso, sem princípios, incompetente, por
ter contribuído decisivamente para implantar o subdesenvolvimento social e
econômico no país. Em última análise, tira-se a ilação que se trata do partido que
representa o pior da índole democrática, por ter tido a indignidade de prometer
a construção de um país bem administrado, sob a estrita observância dos
princípios éticos na sua extensão da melhor ideologia, mas deu o maior calote
na consciência do povo, com o estrondoso estelionato eleitoral aplicado tão
logo assumiu o poder, com o respaldo, a confiança e a esperança do povo de que
as mudanças eram realmente para valer, mas, desde o seu início, logo foram protagonizadas
as piores práticas antidemocráticas, mediante as politicagens interesseiras
consolidadas com as alianças espúrias entre políticos que antes eram criticados
severamente, desqualificando-os de ladrões, corruptos e outros adjetivos não
menos indignos para a classe política. As coalizões contribuíram para o
inevitável surgimento de fatos inusitados como as quadrilhas formadas dentro do
Palácio do Planalto, com ramificação no Poder Legislativo, atuando sob a forma
de esquema visando à sustentação da governabilidade, com base na aprovação de
projetos legislativos de interesse do governo. A administração petista conseguiu
aparelhar o Poder Judiciário para facilitar decisões favoráveis a seus
interesses, notadamente no caso do mensalão, conforme é noticiado pela mídia. Nesse
governo, foi criada a fórmula mágica e vergonhosa de inchar a máquina pública, com
a finalidade de lotear os órgãos públicos aos seus aliados, em troca de apoio
ao seu único projeto político de perenidade no poder. O PT, embora tivesse
prometido, não teve a dignidade de reformular as estruturas arcaicas e ineficientes
do Estado, onde tudo funciona sob a mentalidade retrógrada da precariedade gerencial
e administrativa, apesar de contar com a eficiência da máquina arrecadadora,
responsável pela manutenção de um Estado inoperante, decadente e falido, sem
opção de mudanças em curto prazo, notadamente porque o principal projeto Brasil
em curso diz respeito à reeleição presidencial e à imposição de mais quatro
anos de retrocesso e de incompetência na administração do país. Não deixa de
ser desolador que, diante desse quadro horroroso e das evidências, reafirmações
e perspectivas desastrosas e desanimadoras capazes de aumentar ainda mais a desesperança
de dias melhores para a sociedade, no momento da decisão eleitoral e da
apuração dos votos, a sociedade ainda tenha a demência de decidir, de forma inexplicável,
pela continuidade da incompetência, da prepotência, do atraso, dos atos
inescrupulosos, da farra com recursos públicos, da falta de responsabilidade
com os interesses públicos, principalmente com o desprezo às priorizações às
políticas essenciais às melhorias de vida da população, a exemplo da saúde
pública, educação, segurança pública, transportes, infraestrutura, saneamento
básico etc., em que nada se implementa de forma satisfatória, justamente pela
precariedade na execução dos projetos e na fiscalização e no controle quanto
aos seus resultados, que são demorados ou nunca são finalizados, no caso das
obras do PAC, que começam e não terminam, causando enormes prejuízos aos cofres
públicos e à sociedade, em razão da sua pouca efetividade dos projetos
governamentais. Esse terrível caos gerencial deve ser atribuído exclusivamente
ao povo, que não tem a consciência e a dignidade de exigir que os governantes e
homens públicos sejam responsabilizados pelas suas omissões e incapacidades de
administrar com competência e eficiência o patrimônio e os recursos do povo
brasileiro. O momento político exige efetiva mobilização não somente da classe
política, que já está ávida pela sua reeleição, mas em especial da sociedade,
que tem o dever cívico de não permitir que a politicagem deletéria dos princípios
da administração pública continue desonrando, indignando e envergonhando os
cargos públicos eletivos, com suas limitações gerenciais e incapacidades de trabalho. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de outubro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário