sábado, 12 de outubro de 2013

A generalização da incompetência

No momento em que as candidaturas à Presidência da República estão sendo lançadas, as manifestações populares também começam a aflorar com suas preferências por um ou outro presidenciável. Afora os resultados das pesquisas anunciadas pelos órgãos especializados, carregadas de bastantes suspeitas e dúvidas quanto à sua veracidade, mas sempre apontando a liderança da mandatária do país, em contrariedade às opiniões quase unânimes dos internautas, que se expressam com enorme indignação contra a atual gestão petista, sempre com manifestação contundente e de forma pejorativa pela maneira irresponsável como o país está sendo administrado. O sentimento que se extrai dessas opiniões é de completa frustração, porquanto as pessoas malham e ridicularizam o PT, dizendo que se trata de partido sem caráter, sem ética, imoral, indecoroso, sem princípios, incompetente, por ter contribuído decisivamente para implantar o subdesenvolvimento social e econômico no país. Em última análise, tira-se a ilação que se trata do partido que representa o pior da índole democrática, por ter tido a indignidade de prometer a construção de um país bem administrado, sob a estrita observância dos princípios éticos na sua extensão da melhor ideologia, mas deu o maior calote na consciência do povo, com o estrondoso estelionato eleitoral aplicado tão logo assumiu o poder, com o respaldo, a confiança e a esperança do povo de que as mudanças eram realmente para valer, mas, desde o seu início, logo foram protagonizadas as piores práticas antidemocráticas, mediante as politicagens interesseiras consolidadas com as alianças espúrias entre políticos que antes eram criticados severamente, desqualificando-os de ladrões, corruptos e outros adjetivos não menos indignos para a classe política. As coalizões contribuíram para o inevitável surgimento de fatos inusitados como as quadrilhas formadas dentro do Palácio do Planalto, com ramificação no Poder Legislativo, atuando sob a forma de esquema visando à sustentação da governabilidade, com base na aprovação de projetos legislativos de interesse do governo. A administração petista conseguiu aparelhar o Poder Judiciário para facilitar decisões favoráveis a seus interesses, notadamente no caso do mensalão, conforme é noticiado pela mídia. Nesse governo, foi criada a fórmula mágica e vergonhosa de inchar a máquina pública, com a finalidade de lotear os órgãos públicos aos seus aliados, em troca de apoio ao seu único projeto político de perenidade no poder. O PT, embora tivesse prometido, não teve a dignidade de reformular as estruturas arcaicas e ineficientes do Estado, onde tudo funciona sob a mentalidade retrógrada da precariedade gerencial e administrativa, apesar de contar com a eficiência da máquina arrecadadora, responsável pela manutenção de um Estado inoperante, decadente e falido, sem opção de mudanças em curto prazo, notadamente porque o principal projeto Brasil em curso diz respeito à reeleição presidencial e à imposição de mais quatro anos de retrocesso e de incompetência na administração do país. Não deixa de ser desolador que, diante desse quadro horroroso e das evidências, reafirmações e perspectivas desastrosas e desanimadoras capazes de aumentar ainda mais a desesperança de dias melhores para a sociedade, no momento da decisão eleitoral e da apuração dos votos, a sociedade ainda tenha a demência de decidir, de forma inexplicável, pela continuidade da incompetência, da prepotência, do atraso, dos atos inescrupulosos, da farra com recursos públicos, da falta de responsabilidade com os interesses públicos, principalmente com o desprezo às priorizações às políticas essenciais às melhorias de vida da população, a exemplo da saúde pública, educação, segurança pública, transportes, infraestrutura, saneamento básico etc., em que nada se implementa de forma satisfatória, justamente pela precariedade na execução dos projetos e na fiscalização e no controle quanto aos seus resultados, que são demorados ou nunca são finalizados, no caso das obras do PAC, que começam e não terminam, causando enormes prejuízos aos cofres públicos e à sociedade, em razão da sua pouca efetividade dos projetos governamentais. Esse terrível caos gerencial deve ser atribuído exclusivamente ao povo, que não tem a consciência e a dignidade de exigir que os governantes e homens públicos sejam responsabilizados pelas suas omissões e incapacidades de administrar com competência e eficiência o patrimônio e os recursos do povo brasileiro. O momento político exige efetiva mobilização não somente da classe política, que já está ávida pela sua reeleição, mas em especial da sociedade, que tem o dever cívico de não permitir que a politicagem deletéria dos princípios da administração pública continue desonrando, indignando e envergonhando os cargos públicos eletivos, com suas limitações gerenciais e incapacidades de trabalho. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 11 de outubro de 2013

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