Reportagem publicada no jornal britânico The Mirror
orienta turistas ingleses sobre cuidados a serem tomados para o acompanhamento,
no Brasil, da Copa do Mundo de 2014, com o título: “O lado negro da Copa do Mundo do Brasil: os cartéis de drogas,
assassinatos e distúrbios civis”. Ele diz que “A violência irrompeu nas ruas do Rio de Janeiro, com anarquistas
sequestrando a paz, incendiando carros e travando batalhas com a polícia. Os
protestos foram em apoio à greve dos professores e tiveram agitações civis recentes
para destacar os gastos do governo com o futebol, em vez da infraestrutura
decadente do Brasil.”. O jornal cita outros perigos e problemas do Brasil,
como grupos criminosos, drogas e prostituição, afirmando que a taxa de
homicídios aqui mais do que dobrou ao longo das últimas três décadas, sendo que
pesquisas mostram que taxa de homicídios era de 27,4% a cada 100 mil habitantes
em 2011, ou 134% maior do que os 11,7% de 1980: “Entre 1980 e 2011, 1,2 milhão de pessoas foram assassinadas no Brasil,
quase 39% deles tinham entre 14 a 24 anos.”. A reportagem recomenda que os
turistas fiquem atentos e se cuidem, em especial nas proximidades das caixas
eletrônicos e casas de câmbio. O jornal britânico está completamente correto, ao alertar os turistas
sobre os perigos que eles podem enfrentar no Brasil, porque ele existe em
potência alarmante. Os governos e as autoridades que deveriam cuidar da
segurança pública não conseguem garantir proteção sequer para os cidadãos
brasileiros, que estão sendo vítimas da incompetência das forças policiais,
demonstrada no enfrentamento com os criminosos, os narcotraficantes, os
vândalos dos grupos Black Blocs e
demais desafiadores da ordem pública. Não há a menor dúvida de que os turistas
estarão completamente passíveis a sérios riscos de assalto, sequestro, estupro,
morte e outros casos de violência, que tomou conta das metrópoles,
principalmente nos últimos anos, fruto da notória falta de prioridades das
políticas públicas para combater o progressivo crescimento das causas da
violência e da delinquência, justamente porque não houve suficientes
investimentos na valorização e modernização da segurança pública, como aumento
expressivo da quantidade do policiamento, preparação e aperfeiçoamento das
tropas, melhoria dos vencimentos dos policiais, em consonância com a relevância
do trabalho de enorme risco por eles desempenhado, aquisição de equipamentos
para superar o material bélico dos narcotraficantes, enfim, os governos não têm
se preocupado em combater com a devida eficiência o pernicioso avanço da
delinquência, em todas as suas formas de atuação, principalmente no tráfego de
drogas, que entram tranquilamente pelas fronteiras do país, em enorme quantidade
capaz de abastecer legião de drogados, que perambulam livremente feitos zumbis pelas
ruas das cidades do país e, infelizmente, nada é feito para combater essa
terrível praga, como também ninguém é responsabilizado por esse caos, que, com
absoluta razão, desacredita o país junto à comunidade internacional, onde
alguns países se preocupam, com muito razão, com a fragilidade da segurança
neste país. O Brasil precisa, com urgência, se despertar dessa irresponsável
letargia e se conscientizar sobre a necessidade da adotar de medidas drásticas
e eficientes para combater as formas de violência que tomaram conta do país, em
evidentes prejuízos aos interesses nacionais. É lamentável que a grandeza
econômica do país não seja suficientemente capaz de fazer com que as
autoridades públicas enxerguem os graves prejuízos que esse câncer da criminalidade
vem causando não somente à sociedade brasileira - que clama e implora cada vez
mais por proteção e não é atendida -, mas também à comunidade internacional,
que teme, com absoluta razão, pela falta de segurança e proteção dos turistas
que desejarem assistir à Copa do Mundo, no Brasil. A sociedade anseia por que a
reportagem do jornal britânico sirva de importante alerta para que os governos
federal e estaduais e demais autoridades públicas adotem, com urgência, medidas
efetivas de combate à criminalidade, de modo que a civilidade e a racionalidade
possam imperar de forma tranquila e segura sobre a marginalidade deste país.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
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