quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O domínio da selvageria

O país volta a acompanhar, estarrecido, muito preocupado e sem acreditar no que está acontecendo por trás das gigantescas ondas de violência e barbaridade protagonizadas pelos integrantes dos grupos Black Block, os caras de rostos tampados com máscaras, que, de forma impressionante e descontrolada, arrebentam tudo que encontram à sua frente. Em sã consciência, não dá para entender como eles conseguem infernizar e barbarizar, principalmente a tranquilidade da Cidade Maravilhosa, quebrando vidraças de agências bancárias e revendedoras de automóveis, considerados símbolos do capitalismo; pichando os prédios públicos e privados e incendiando tudo ao seu redor, como ônibus, veículos, lixeiras e tudo que possa servir de fácil combustão, com a finalidade de mostrar a completa fragilidade da repressão, representada pela ridícula, despreparada e incompetente das polícias militares, que não se cansam de correr atrás dos vândalos e não conseguem prender ninguém nem evitar a destruição do patrimônio público e privado. A situação está tão fora de controle que grupo de manifestantes invade prédios públicos, joga combustíveis pelas janelas, incendia dependências, pecha as partes externos dos edifícios e arrasam instalações comerciais e bancárias e não acontece absolutamente nada, porquanto os baderneiros ficam impunes e imunes a revides e muito menos a repressão. A segurança, notoriamente deficiente e precária, praticamente assiste ao descalabro e à degeneração da ordem pública, ante a falta de atuação dos policiais que não passa de mero cerco, mediante cinturão humano, em determinado local, na vã tentativa de reforçar a segurança de alguns prédios públicos, que são sim mesmo impiedosamente arrebentados, pichados, incendiados e dilapidados, sem que seja possível qualquer proteção para eles e muito menos para os edifícios da sua proximidade, que são depredados da pior maneira possível, em verdadeiro massacre ao patrimônio do Estado e dos particulares. Com certeza, nos países desenvolvidos e evoluídos, o aparato policial jamais compactuaria com as reiteradas ações deletérias de mascarados como as que acontecem com frequência no país tupiniquim, em total tranquilidade e livre de repressão e de punição. O certo é que a situação, há bastante tempo, já fugiu do controle das autoridades policiais, que não esboçam reação capaz de ao menos intimidar a sanha dos impolutos mascarados. Somente no país tupiniquim e nas republiquetas assemelhadas há facilitação e benevolência com os mascarados, que, em atuação em bando de enlouquecidos, ficam muito à vontade para praticar vandalismo e quebra-quebra, enquanto a Polícia Militar se mostra completamente impotente e incapaz de impedir a destruição e a baderna. Os órgãos de segurança pública têm competência constitucional e legal para proteger a sociedade e, para tanto, eles devem utilizar os mecanismos para precaver que a violência seja capaz de aterrorizar a paz social e dilapidar os patrimônios público e privado. Quando o Estado se torna incapaz de evitar que os vândalos extrapolem o limite da racionalidade e da segurança, ele deve ser responsabilizado pelos danos causados à sociedade, com vistas à reparação dos prejuízos, por não ter disso capaz de evitá-los. Não há nada que justifique a omissão da segurança pública, que é constituída e mantida justamente para evitar que a paz social seja ignorada, maltratada e violada no que diz respeito aos princípios fundamentais de proteção e de integridade pessoal e material. Diante da cristalina incapacidade das forças polícias militares de manter a ordem pública, urge que as Forças Armadas sejam convocadas, na forma prevista na Carta Magda, com vistas a prestar a sua importante colaboração nesse momento crucial da sociedade, para protegê-la, implantar a tranquilidade e assegurar a paz social, sem embargo de que os mascarados sejam devidamente punidos com penas cabíveis, como forma pedagógica e disciplinar de se evitar a repetição desses fatos lamentáveis. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 08 de outubro de 2013

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