Conforme pesquisa divulgada pelo Vox Populi, a presidente
da República lidera, no Estado da Paraíba, a disputa para a Presidência da
República, nas eleições do próximo ano. Na pesquisa estimulada, o levantamento
indica que ela chega a 51% dos votos, a ex-senadora da Rede Sustentabilidade e agora
no PSB atinge 17%, o senador tucano teria 9% e o governador pernambucano
chegaria a 6%. A pesquisa foi realizada no período de 21 e 25 de setembro, quando
ainda não havia acontecido o terremoto resultante da filiação da ex-senadora ao
partido socialista, quando houve reviravolta no cenário político nacional, principalmente
pela redução de candidatos à Presidência da República. Segundo o Vox Populi, na
pesquisa, foi adotada a amostra estratificada por cotas, tendo sido
entrevistadas 1.600 pessoas, para a obtenção da representatividade para o
conjunto do Estado. Essa pesquisa dá a exata dimensão de que o povo paraibano gosta
muito de sofrimento, ser maltratado e menosprezado, haja vista que é dessa
maneira que a presidente petista vem tratando os nordestinos. No caso do povo paraibano,
a sua nítida preferência pela presidente da República demonstra claro
sentimento de falta de dignidade e de brios, pela aceitação do menoscabo do
governo, em conformismo que não modifica manifestação favorável à continuidade
da administração dela, quando o mais coerente deveria ser a busca de pessoa alternativa
capaz de modificar esse quadro de ingratidão por parte de quem foi contemplada
com enxurrada de votos dos nordestinos, mas não houve reciprocidade quanto à
execução de políticas públicas capazes de sensibilizar o governo para resolver
ou amenizar as graves tragédias causadas pela inclemente seca. É simplesmente inacreditável como o povo paraibano não tem consciência
política sobre o descaso do governo federal quanto à falta de assistência ao
flagela da seca, que poderia ser menos traumática se houvesse mais atenção por
parte do Estado. Essa aprovação da presidente da República é um rude golpe à
inteligência humana, por evidenciar a inexistência de senso crítico e de
avaliação sincera, capazes de distinguir a realidade dos acontecimentos, que
não permitem, em sã consciência, aprovar a gestão de governo que simplesmente
desprezou o povo nordestino, deixa-o à própria sorte, imerso nos dramas causados
pela pior seca dos últimos tempos. É por demais notório que não houve o
completo e indispensável empenho desse governo em socorrer os desvalidos pela
falta de água e de alimentos para as pessoas e os animais. Então, como
justificar tamanha aprovação de quem não fez por merecer? Talvez o Bolsa
Família possa ter influência nessa decisão estapafúrdia, dando a entender que
somente a presidente da República seria capaz de manter a existência desse programa,
quando é mais do que notório que qualquer governo, não importando o partido a que
pertença o presidente do país, tem absoluta consciência de que as famílias
carentes de ajuda do Estado vão continuar com o pagamento garantido pelo Bolsa
Família, ou seja, não é o governo petista, socialista, tucano etc. que pode
garantir que o programa assistencialista continue existindo, porque a sua
execução é feita com recursos públicos arrecadados dos brasileiros. É muito
importante que o povo nordestino se conscientize de que a manutenção do Bolsa
Família não deve servir como fins eleitoreiros, em que os aproveitadores levam
vantagem sobre esse fato, alegando que essa assistência depende da continuidade
do governo petista. É lamentável que a falta de esclarecimentos à população
menos informada ou informada de forma errada ou imprecisa possa confundir a
opinião pública, a ponto de levar à aprovação de governo assentado na
priorização do seu único projeto de perpetuação no poder, deixando que as
causas e os problemas fundamentais do país sejam relegados a planos secundários
e sem solução. O povo da Paraíba precisa ser esclarecido, com urgência, sobre o
verdadeiro pensamento do governo petista, que tem como principal projeto político
a perenidade no poder, respaldado apenas no programa Bolsa Família, destinado à
pobreza do país, que é levada erroneamente a acreditar que se trata de único
governo capaz de mantê-lo em funcionamento. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 10 de outubro de 2013
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