Conforme pesquisa
realizada junto a 2.844 eleitores sobre a intenção de votos para presidente da
República, divulgada pelo Instituto Datafolha, a petista ainda se encontra na
dianteira de seus principais concorrentes ao Palácio do Planalto, despontando
com 37% da preferência dos entrevistados, enquanto o candidato tucano, que conseguiu
melhorar seu desempenho, atingiu a simpatia de 20% dos eleitores, e o
socialista pernambucano praticamente patina nos 10% dos pesquisados. No frigir
dos ovos, a pesquisa mostra que a presidente da República estacionou em 37%,
fato que permitiu a chegada e possível ultrapassagem de seus concorrentes, cuja
soma de seus votos chegaria a 38% das intenções dos pesquisados. A nova coleta
de preferência de votos mostra que, pelo menos, os 2.844 pesquisados obrigariam
a realização do segundo turno, para a definição de quem ocupará o mais cobiçado
cargo da República. Não há dúvida de que as atuais pesquisas, mesmo abrangendo
parcela insignificante de eleitores, à vista da existência de aproximadamente
140 milhões de brasileiros votantes, acenam para perfil que se encaminha para o
atingimento do quadro mais aproximado da realidade dos fatos, ao mostrar que não
existe mais essa de favas contadas, até pouco tempo, pelos governistas, que
consideravam segura e certa a reeleição da presidente ainda no primeiro turno. Agora,
eles vão enfrentar o segundo terno, que seguramente promete ser bastante duro,
diante da incompetência demonstrada na administração do país, cuja população
não aguenta mais as mesmices precariedades, omissões e falta de projetos de
investimentos de impacto, como forma capaz de fomentar o desenvolvimento nacional.
Embora a avaliação da presidente não tenha sido considerada satisfatória, os
governistas entendem que o pronunciamento do Dia do Trabalho evitou queda acentuada
da mandatária do país nas pesquisas, cujo impacto foi atenuado pela presença dela
na televisão, com discurso abordando a inflação e a correção da tabela do
Imposto de Renda para pessoa física e do benefício do Bolsa Família, fazendo
com que os números da pesquisa não tenham sido piores. Não há dúvida de que,
somente para o governo, o pronunciamento do Dia do Trabalho teria amenizado a
queda nas pesquisas da presidente do país, porquanto, na avaliação governista,
não fosse a maquiavélica tentativa de mostrar medidas de cunho nitidamente
"generoso" e distorcido da realidade e da eficiência administrativa,
a exemplo do aumento do benefício do Bolsa Família, no percentual de 10%, com
vigência já no próximo mês, pago a quem não trabalha, quando se tratava de
discurso para homenagear justamente quem trabalha e produz, e ainda a correção
da tabela do Imposto de Renda para pessoa física, em percentual de 4,50%, bem
abaixo da possível inflação oficial de 6%, com vigência ainda no próximo ano.
Por certo, não fossem essas astúcias maquiavélicas, os números da pesquisa
seriam piores e desastrosos. A verdade é que as avaliações de desempenho da
presidente ainda se sustentam tendo por fundamento campanhas injustificáveis e
milionárias de marketing e de publicidade, sobrecarregando os meios de
comunicação com diversas propagandas próprias de governos socialistas, para mostrar
todo tipo de realizações que sequer se aproximam das reais obrigações de
governo sério e comprometido com o bem geral da sociedade. Ou seja, o governo
deveria se envergonhar de tanto alardear, com o indevido estardalhaço, o que
vem realizando que, na verdade, não representa nem de longe o que deveria fazer
em benefício do povo, com a necessária qualidade, por força do dever imposto
pela Carta Magna ao Estado. O tratamento especial dispensado ao atendimento das
exigências dos organizadores da Copa do Mundo serve de exemplo para que o
governo resolvesse, antes desse magnânimo evento, as pletoras questões que afligem
a população, que se encontra à mercê da falta de recursos e das deficiências
causadas pela completa ausência de prioridades dos governantes, em contrastes com
o sacrifício impingido aos contribuintes, sempre penalizados com pesados
tributos para manter a máquina pública inchada e ineficiente, incapaz de
modernizar os mecanismos funcionais da sua estrutura, como as tão necessárias
reformas política, previdenciária, administrativa, trabalhista, tributária etc.
Não há dúvida de que, de mentiras, de artifícios e de precariedades, os
caríssimos programas publicitários, recheados com enganoso marketing político,
e ainda promovidos à custa do sacrifício dos contribuintes, estão contribuindo
para que a presidente do país consiga avaliação tão expressiva, que, à toda
evidência, não se harmoniza com o real desempenho administrativo do país, por inexistem
realizações governamentais capazes de respaldar percentuais visivelmente irreais,
em termos de resultados e de benefícios decorrentes da gestão dos recursos
públicos. Urge que os brasileiros se conscientizem sobre a necessidade de
efetivas realizações em benefício da sociedade, com embargo das onerosas,
indecentes, abusivas e enganosas propagandas publicitárias pagas com recursos
que seriam realmente aproveitados se aplicados em programas de governo, para a
melhoria das condições de vida do povo brasileiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 12 de maio de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário