Um
dos ícones da música popular brasileira, o músico, cantor e escritor, radical
defensor do petismo, comentando a atual crise político-administrativa que grassa
no Brasil, declarou que a oposição tem por mira o antecessor da presidente da
República, ou seja, “O alvo não é a
Dilma, mas o Lula; têm medo que Lula volte a se candidatar. Querem acabar com o Partido dos
Trabalhadores, querem enfraquecer o governo para que, em 2018, o PT chegue
desgastado nas eleições”.
O
cantor entende que não há “nenhuma
maneira de saber o que vai acontecer nos próximos anos”, à vista da forte
crise econômica que também ocorre no país.
Com
relação às últimas manifestações de protestos pró-impeachment e contra o
desgoverno, ele disse que elas não tiveram “objetivo
concreto ou claro. Entre aqueles que saem às ruas há de tudo, incluindo loucos
pedindo um golpe militar. Outros querem acabar com o Partido dos Trabalhadores,
querem enfraquecer o governo para que, em 2018, o PT chegue desgastado nas
eleições.”.
Ele
deixa bastante claras suas preferências políticas: “Sempre apoiei o PT, agora a Dilma Rousseff e antes o Lula. Apesar de
não ser membro do partido, de ter minhas desavenças e de votar em outros
candidatos e outros partidos em eleições locais. Sempre soube que o problema
deste país é a miséria, a desigualdade. O PT não resolveu tudo, mas conseguiu
atenuar. Isso é inegável. O PT tem melhorado as condições de vida da população
mais pobre.”.
Causa
perplexidade se perceber que pessoa altamente qualificada intelectualmente,
ídolo de muitas gerações, tenha a mediocridade de enxergar as graves crises
como mera perseguição política ao partido dos trabalhadores, no sentido de tentar
destruí-lo, como forma de desgastá-lo e enfraquecê-lo quando do embate
eleitoral.
Também é
vergonhoso e deprimente o pensamento de que o PT tenha melhorado as condições
de vida da população mais pobre, quando somente o Bolsa Família não soluciona
as precariedades na prestação dos serviços públicos essenciais, como educação,
saúde, saneamento básico e demais políticas públicas capazes de realmente
melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano, que é simplesmente sofrível e
absolutamente incompatível com as grandezas econômicas do Brasil.
Ele, como
notório intelectual, destacado mundialmente, deveria usar um pouco da sua
inteligência para saber que se tirar o povo da pobreza não é somente manter a
migalha do Bolsa Família, mas proporcionar dignidade com políticas públicas de
qualidade em todos os sentidos, não somente na forma preconizada num programa
visivelmente com viés eleitoreiro, conforme se confirmou o último pleito
eleitoral, quando eleitores de regiões de população potencialmente beneficiária
dessa assistência votaram maciçamente na candidata oficial, fato que ganhou notoriedade,
por seu intenso destaque na mídia.
Na
verdade, o pior cego é aquele que não quer ver a realidade dos fatos e ainda
ensaia discurso populista, ignorando a situação caótica pela qual o país foi
envolvido, graças à mediocridade administrativa e gerencial do governo, que
também foi incapaz de evitar a corrupção endêmica e sistêmica, comandada por
integrantes do seu partido e de agremiações da sua base de sustentação,
conforme depoimentos de delatores da Operação Lava-Jato.
Não há
dúvida de que os brasileiros estão pagando preço altíssimo em nome da
distribuição de renda à população carente e da falsa igualdade social,
justamente porque os intelectuais e demais fanatizados ideologicamente imaginam
que o governo pode ser todo tempo incompetente e conviver com irregularidades
na sua gestão, como compensação por ter apenas cumprido, com muita deficiência
um dos programas de competência do Estado, de prestar assistência material e
econômica às famílias pobres e carentes, fato este que não desobriga o governo
de ser eficiente e capaz de cuidar igualmente e de forma prioritária das demais
políticas públicas, nos termos estabelecidos na Carta Política do país.
Em princípio, a oposição não tem
motivo algum para querer acabar com o Partido dos Trabalhadores, porque é este
que vem cavando a vala para o seu sumiço do cenário nacional, graças às suas
atuações nefastas na política e na administração do país, que não correspondem
às expectativas de eficiência e competência quanto ao atendimento das
necessidades do interesse público, à vista dos desastrosos e trágicos fatos protagonizados
pelo governo, que foi incapaz de evitar a bancarrota do Brasil, à vista da má
gestão dos recursos públicos, péssima prestação dos serviços públicos e desmoralização dos princípios da administração
pública.
É sempre respeitável a opinião de qualquer cidadão,
mas à vista da pletora dos casos maléficos e prejudiciais ao interesse público,
conforme os fatos fartamente mostrando o caos generalizado na administração do
país, o bom senso e a racionalidade recomendam que o Brasil já mereça ser
governado com competência, eficiência, transparência, legalidade, ética,
moralidade e dignidade, ante a evidente incapacidade de o governo conduzir o
país ao desenvolvimento social, político, econômico e democrático e evitar a
disseminação dos sistemas de corrupção na administração pública, mediante
fraudes que dilapidaram o patrimônio dos brasileiros, em especial, o mensalão e
o petrolão, por meio dos quais integrantes de partidos políticos do governo e da
sua base de sustentação desviaram verbas para o pagamento de propina a
parlamentares inescrupulosos aprovarem projetos de interesse do governo e o
financiamento de campanhas eleitorais, além de outras finalidades ilegítimas, tudo
em evidente demonstração de afronta aos princípios democráticos.
É evidente que essas irregularidades são
absolutamente recrimináveis nos países sérios e evoluídos, que punem com dureza
e severidade os maus governantes e homens públicos, diferentemente do que
acontece no país tupiniquim, onde os políticos acusados de participar de má
gestão e malversação de dinheiros públicos continuam sendo defendidos por
pessoas consideradas inteligentes e influentes.
Não é verdade, em absoluto, que a oposição tenha
medo da volta do petista-mor à Presidência do país, porque certamente ela se
expressa em nome dos brasileiros que pensam diferentemente daqueles que
defendem a continuidade da má administração, da recessão da economia, do
desemprego, da falta de investimento em obras públicas, da caótica prestação
dos serviços públicos, a exemplo da saúde, educação, segurança pública,
transportes, saneamento básico, infraestrutura e demais precariedades
denunciadas pela população contra o desgoverno, que não consegue priorizar as
políticas públicas, como forma de melhorar as condições de vida dos
brasileiros.
O país com as potencialidades econômicas como o
Brasil não pode ser classificado entre os piores do mundo, conforme mostra o
Índice de Desenvolvimento Humano levantado pela ONU, demonstrando a inferioridade
dos conscientes que medem a qualidade de vida das pessoas, evidenciando que o
Brasil se encontra em verdadeiro atraso e nas trevas do desenvolvimento social,
embora alguns intelectuais prefiram comungar com esse terrível e inaceitável retrocesso.
Diante dos fatos desastrosos que se mostram à luz
solar, pode-se afirmar que os brasileiros conscientes sobre a realidade
socioeconômica do país temem realmente que a administração brasileira possa
continuar sob o comando de quem foi capaz de formalizar coalizões fisiológicas,
tendo por causa a exclusiva perenidade no poder, procedimento condenável e questionável,
por contrariar os princípios da ética, moralidade e legalidade, eis que as
alianças foram formalizadas com os piores políticos, que antes criticados por
lideranças do PT, por serem considerados ladrões, corruptos, picaretas e outros
adjetivos impublicáveis.
Os brasileiros também temem pela continuidade da
distribuição de renda na forma como vem sendo feita, em que não há o
indispensável controle sobre o cadastramento dos beneficiários, ante a
constatação, pela Controladoria Geral da União, órgão do próprio governo, de
que muitas pessoas recebem o benefício mesmo não satisfazendo os requisitos
legais estabelecidos de pobreza e miserabilidade. Também foi constatado que não
há controle da frequência escolar das crianças e os titulares do benefício não
são profissionalizadas ou reciclados, tudo conforme exigência prevista na lei,
que não vem sendo cumprida, permitindo desperdício de recursos públicos, em
nome errôneo do maior programa de distribuição de renda, que, na verdade, tem
viés autenticamente eleitoreiro, à vista do resultado da última eleição, que
não deixa dúvida quanto ao distorcido propósito acerca da real finalidade do
Bolsa Família, que não é estritamente de amparo social e muito menos de
cumprimento legal.
Os brasileiros temem que o país continue sendo administrado
mediante o loteamento dos ministérios e das empresas estatais entre os partidos
da espúria coalizão de governabilidade, onde os caciques das agremiações
aliadas indicam políticos para os dirigirem, muitos dos quais sem os mínimos
preparos e condições técnico-administrativas para o exercício de cargos tão
importantes para o país, além do condenável aparelhamento da máquina pública,
com adoção dos mesmos “critérios”, qual seja, despreparo e desqualificação,
tudo em prejuízo para os interesses nacionais e abusivos gastos de verbas
públicas.
Os brasileiros não gostariam que o país continuasse
com quase 40 ministérios, muitos dos quais inexpressivos, inúteis e
dispensáveis, que têm a única finalidade de manter o cabide de empregos e o
ilegítimo sistema fisiológico, com visível desperdício de recursos públicos,
ante a manutenção de órgãos dispendiosos e desnecessários.
O país precisa, com a máxima brevidade, de estadista
de vanguarda, que tenha condições de promover, entre tantas políticas
relevantes e essenciais à melhoria das condições de vida da população, as
urgentes reformas das estruturas do Estado, tendo em conta a premente
modernização do lixo e do obsoletismo existente na administração do país, que
vem indiscutivelmente travando os mecanismos de seu desenvolvimento social,
econômico, político e democrático, contrariando fundamentalmente os interesses
nacionais, obviamente com embargo da perniciosa ideologia política reinante, que
tem em mira exclusivamente as causas pessoais ou partidárias, como vem
acontecendo nos últimos anos, em que se privilegiam a perenidade no poder e a
absoluta dominação política, em completa degeneração dos princípios republicano
e democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
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