domingo, 3 de maio de 2015

Apenas o merecimento do povo

De acordo com pesquisa Datatolha, o ex-presidente da República petista vem perdendo prestígio, em consequência da crise do governo da sua sucessora, cuja incompetência reflete negativamente na imagem dele e prejudica diretamente o seu prestígio, que teve substancial queda de 21 pontos, de 1010, no índice que avalia o como melhor presidente da história.
Naquele ano, o ex-presidente contabilizava 71% dos eleitores favoráveis a ele como o melhor presidente da República, mas, em dezembro de 2014, logo após a reeleição da presidente do país, houve queda do prestígio do petista para 56%, que caiu mais um pouco, tendo sido reduzida, recentemente, para 50%.
Em situação oposta, a atual crise do governo petista tem contribuído para melhorar a imagem do ex-presidente tucano, que atingiu o percentual de 15%, quando era, em 2010, apenas considerado o melhor presidente do Brasil por 6% dos entrevistados.
Em conformidade com a pesquisa, a popularidade menor do petista contribui para empate técnico entre ele o tucano candidato na última eleição, caso houvesse pleito presidencial agora.
Diante desse quadro político, em caso de eleição presidencial, no momento, a pesquisa indica que o senador tucano ficaria com 33% dos votos, enquanto o petista seria o segundo com 29%, a ambientalista ficaria com 14% e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal apareceria com 13%.
Não há a menor dúvida de que a pesquisa ajuda muito pouco a entender como governo com acentuados problemas de gestão ainda consegue vincular popularidade a ex-presidente que foi modelo de críticas pelo tanto de trapalhadas que ele foi capaz de causar para o país e o povo, por ter deixado legado político de verdadeiro caos na administração do país, notadamente no que diz respeito à degeneração dos princípios da ética e da moral, com a implantação, no seu governo, do escrachado e indecente fisiologismo materializado mediante a coalizão de governabilidade, onde os partidos da sua base de sustentação no Congresso Nacional recebiam, em verdadeiro sistema do toma lá, dá cá, importantes cargos em ministérios e empresas estatais, em flagrante afronta aos princípios da dignidade, da ética, da moral e do decoro.
Também, nas circunstâncias, é muito difícil se compreender como pessoa que tem péssima repercussão no seio da sociedade, a ponto de ter seu nome ridicularizado sempre que ele é citado, tendo como vinculação inúmeras falcatruas, a exemplo dos famigerados escândalos do mensalão e petrolão, de péssimos exemplos de administração de recursos públicos.
O resultado da pesquisa em causa mostra a real precariedade político-administrativa do país, no que se refere ao seu poder de influenciar na nomeação de ainda poderoso líder um cidadão que já deu claras demonstrações das piores práticas possíveis e imagináveis no submundo dos conchavos políticos.
Ele foi capaz de alinhavar e efetivar alianças espúrias com a nata da bandidagem política, como ele mesmo a denominava em passado glorioso de seu partido, quando ele ainda era considerado o mais ético da face da terra, mas foi capaz de instituir os sistemas de corrupção na administração pública, a exemplo do mensalão, do petrolão etc., tendo por finalidade a consolidação do seu projeto de perenidade no poder, de criar os sistemas de bolsas, para a consolidação de próspero curral-eleitoral, e de tantas outras ruindades em benefício de seus fins políticos, com nítidos prejuízos para os interesses do país e da sociedade.
Infelizmente, no país tupiniquim, se confirma o surrado, porém válido ditado de que o povo tem o governo que merece e esse cidadão representa muito do desgoverno que impera há bastante tempo no país, onde, apesar das potencialidades econômicas brasileiras, a nação passa por agudas dificuldades, atolada em grave crise política e administrativa, com a economia submetida a terríveis solavancos e intensas trepidações, não conseguido alternativa para sair do horroroso atoleiro da recessão, tudo graças às políticas equivocadas adotadas pelo governo que tem como liderança alguém que mesmo sem ser eleito diretamente pelo povo ainda dá as cartas nele e ainda pretende voltar, em breve, para infernizar ainda mais a vida dos brasileiros.
A sociedade precisa se conscientizar, em consonância com a sua responsabilidade cívica e patriótica, sobre a premência de abrangentes e profundas reformas das estruturas do Estado, como forma, em especial, de eliminar da vida pública os maus políticos que se estruturaram com exclusividade para defender interesses pessoais e partidários, em detrimentos das causas nacionais e da sociedade. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 03 de maio de 2015

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