Enfim, o ex-presidente da República petista está no
holofote da CPI da Petrobras, depois que dois deputados apresentaram requerimento
de convocação dele, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de corrupção
na estatal.
A petição diz que “Tanto
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a então ministra-chefe da Casa
Civil Dilma Vana Rousseff tiveram todas as condições de adotar medidas
concretas no sentido de estancar a série de desvios. (…) Todavia, tudo leva a crer que optaram por
manter a execução de obras sabidamente superfaturadas, o que terminou por
causar estratosféricos prejuízos à companhia”.
De acordo com um deputado, as denúncias feitas pela
revista Época, em sua última edição, de que o petista teria participado de
tráfico de influência internacional, estando sob investigação pelo Ministério
Público Federal, em face de ter ajudado a liberar recursos do BNDES para países
da África, da América Latina e do Caribe, foram decisivas para que o pedido de
convocação do ex-presidente ganhasse força.
O grande problema é fazer o petista confessar algo que
ele sempre alega não saber, não ter ouvido e muito menos visto, mas ele tem
plena ciência, segundo a concepção pessoal, de ter sido o “maior” presidente
deste país, apesar do tanto de denúncia e acusação de incompetência, corrupção
e malversação de dinheiros públicos, que foram torrados pela má gestão das
políticas inescrupulosos, que jamais passaram pelo crivo da competência e da
eficiência que se exige na administração pública.
Além da convocação do ex-presidente da República
petista, convém que a CPI mostre competência e quebre os sigilos bancário,
fiscal, telefônico e patrimonial dele, de modo a possibilitar que ele comprove
perante seus fanáticos seguidores que ele é mais honesto do que mais de 90% dos
jornalistas das revistas Veja e Época, conforme afirmado por ele, no Dia do
Trabalhador.
O certo é que o Brasil precisa, com a máxima urgência,
ser passado a limpo e a primeira providência é separar o joio do trigo, de modo
que a administração pública seja cuidada exclusivamente por homens públicos da
melhor qualidade, que tenha comprovada honestidade, dignidade, caráter nas
atitudes, conduta ilibada e que possam servir de modelo para a moralização das
atividades políticas.
Essa deveria ser a primeira e urgentíssima medida para
a implantação da eficiência e da melhoria funcional na administração do país,
que já se encontra saturada com a existência de maus políticos inescrupulosos,
desonestos, incompetentes, com ideologia fisiologista e deletéria, com capacidade
tão somente para o exercício de cargo público eletivo com a exclusiva
finalidade do atendimento de seus interesses pessoais e, ocasional e subsidiariamente,
partidários, em cristalina demonstração de que a administração pública tem como
mera serventia a satisfação de projetos políticos.
Esse fato é comprovado com o evidente exemplo da
famigerada e ambiciosa meta do maior partido brasileiro de perenidade no poder,
custe o que custar, inclusive com o emprego de fins escusos para a conquista de
seus objetivos, conforme os lamentáveis e deprimentes episódios de destruição
de adversários, muito bem protagonizados na última eleição, onde a indústria da
mentira e da sordidez teve o mérito de convencer muitos brasileiros de que o
Brasil ainda não alcançou o tão sonhado nível de civilidade política e de
honestidade que deve prevalecer nos pleitos político-eleitorais, na forma
exemplar como ocorre nos países evoluídos, social, político, econômico e
democraticamente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de maio de 2015
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