sexta-feira, 8 de maio de 2015

Os indispensáveis esclarecimentos

Enfim, o ex-presidente da República petista está no holofote da CPI da Petrobras, depois que dois deputados apresentaram requerimento de convocação dele, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de corrupção na estatal.
A petição diz que “Tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Vana Rousseff tiveram todas as condições de adotar medidas concretas no sentido de estancar a série de desvios. (…) Todavia, tudo leva a crer que optaram por manter a execução de obras sabidamente superfaturadas, o que terminou por causar estratosféricos prejuízos à companhia”.
De acordo com um deputado, as denúncias feitas pela revista Época, em sua última edição, de que o petista teria participado de tráfico de influência internacional, estando sob investigação pelo Ministério Público Federal, em face de ter ajudado a liberar recursos do BNDES para países da África, da América Latina e do Caribe, foram decisivas para que o pedido de convocação do ex-presidente ganhasse força.
O grande problema é fazer o petista confessar algo que ele sempre alega não saber, não ter ouvido e muito menos visto, mas ele tem plena ciência, segundo a concepção pessoal, de ter sido o “maior” presidente deste país, apesar do tanto de denúncia e acusação de incompetência, corrupção e malversação de dinheiros públicos, que foram torrados pela má gestão das políticas inescrupulosos, que jamais passaram pelo crivo da competência e da eficiência que se exige na administração pública.
Além da convocação do ex-presidente da República petista, convém que a CPI mostre competência e quebre os sigilos bancário, fiscal, telefônico e patrimonial dele, de modo a possibilitar que ele comprove perante seus fanáticos seguidores que ele é mais honesto do que mais de 90% dos jornalistas das revistas Veja e Época, conforme afirmado por ele, no Dia do Trabalhador.
O certo é que o Brasil precisa, com a máxima urgência, ser passado a limpo e a primeira providência é separar o joio do trigo, de modo que a administração pública seja cuidada exclusivamente por homens públicos da melhor qualidade, que tenha comprovada honestidade, dignidade, caráter nas atitudes, conduta ilibada e que possam servir de modelo para a moralização das atividades políticas.
Essa deveria ser a primeira e urgentíssima medida para a implantação da eficiência e da melhoria funcional na administração do país, que já se encontra saturada com a existência de maus políticos inescrupulosos, desonestos, incompetentes, com ideologia fisiologista e deletéria, com capacidade tão somente para o exercício de cargo público eletivo com a exclusiva finalidade do atendimento de seus interesses pessoais e, ocasional e subsidiariamente, partidários, em cristalina demonstração de que a administração pública tem como mera serventia a satisfação de projetos políticos.
Esse fato é comprovado com o evidente exemplo da famigerada e ambiciosa meta do maior partido brasileiro de perenidade no poder, custe o que custar, inclusive com o emprego de fins escusos para a conquista de seus objetivos, conforme os lamentáveis e deprimentes episódios de destruição de adversários, muito bem protagonizados na última eleição, onde a indústria da mentira e da sordidez teve o mérito de convencer muitos brasileiros de que o Brasil ainda não alcançou o tão sonhado nível de civilidade política e de honestidade que deve prevalecer nos pleitos político-eleitorais, na forma exemplar como ocorre nos países evoluídos, social, político, econômico e democraticamente. Acorda, Brasil!
                                                                    
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 08 de maio de 2015

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