Na
atualidade, as agências de classificação de risco, à vista dos pífios
desempenhos econômicos do Brasil, estão reiteradamente reduzindo as perspectivas
de evolução da classificação em longo prazo do Brasil de "estável" a
"negativa", mantendo-a em conformidade com o patamar de degradação das
situações econômica e orçamentária do país.
As
justificativas sobre as decisões pelos maus resultados econômicos do Brasil continuam
sendo os desequilíbrios macroeconômicos crescentes, a deterioração das finanças
públicas e o aumento palpável da dívida pública.
Segundo
uma agência de classificação, "A
economia brasileira avançou apenas 0,1% em 2014 e espera-se uma contração de 1%
em 2015 após três anos de crescimento médio de apenas 1,5%", que é
considerada taxa abaixo da média de países classificados na categoria BBB, que
é de 3,2%, informou a agência de rating.
O
rebaixamento efetivo da classificação a longo prazo do Brasil, para a categoria
"BBB-", poderia levar o país ao grupo de países cujos empréstimos são
considerados investimentos especulativos.
Uma
agência de classificação disse que as finanças públicas brasileiras "deterioraram-se significativamente nos
últimos anos", uma vez que o déficit orçamental atingiu 6,5% do
Produto Interno Bruto e a dívida 58,9% do PIB, em 2014, e que, em 2015-2016, os
déficits públicos continuarão altos, em cerca de 5% do PIB, ou seja, o quadro
econômico brasileiro se mostra extremamente fragilizado e preocupante, diante
da incapacidade de superação da crise de natureza macroeconômica.
A
situação econômica brasileira contrasta com a campanha presidencial da petista,
que afirmava que a Petrobras ia muito bem; a economia e a inflação estavam sob
controle; a taxa de desemprego nunca estivera melhor; a corrupção estava sendo
investigada; as prisões estavam cuidando de acabar com a impunidade; etc., tudo
a demonstrar que o país se encontrava com a cara de quem mentia para mostrar a
realidade inexistente e o pior é que ainda existe quem acredita nessa farsa de
governar um país gigante como o Brasil, que não merece passar por situação que senão
condizente com a dignidade e a seriedade político-administrativa.
A história
contemporânea tem sido pródiga em mostrar, com substanciais exemplos e comprovações,
que o sistema comunista ou socialista funciona maravilhosamente apenas em
benefício da classe política dominante, enquanto à população é reservada a
submissão e à privação dos direitos humanos, sob o drástico controle das
liberdades individuais e do direito de livre expressão, em verdadeiro retrocesso
humanitário.
É
absolutamente inadmissível que um país como o Brasil caminhe, em passos céleres,
para a entrada em regime que se identifica com o absolutismo e a absurda falência
dos princípios favoráveis ao desenvolvimento do ser humano, à vista da falta de
seriedade como são tratadas as questões que interessam ao povo e ao país.
Enquanto
os brasileiros ainda podem respirar os saudáveis ares da democracia e usufruir os
plenos direitos para expressar livremente seu pensamento, eles ainda têm a
suprema responsabilidade para opinar e decidir quanto aos destinos ideais para
a nação, se ela deve continuar nesse terrível caminho suicida do comunismo que
vem sendo implantado pelo governo ou se é o caso de ser dado basta a ele, como
forma de livrar o Brasil do jugo da escravidão própria do socialismo que
suplanta em definitivo os direitos humanos e os princípios democráticos.
O
certo é que país nenhum consegue distribuir dinheiro à população, sem se
preocupar com o incentivo à produção e ao esforço ao aumento da renda, mediante
o trabalho e a mão de obra ativos, uma vez que o ócio tem o condão de aumentar
a vadiagem e a dependência das pessoas ao sacrifício do Estado, que depende
exclusivamente dos tributos daqueles que trabalham e produzem, os quais não podem
arcar, ad eternum, com o ônus da
mediocridade do sistema socialista, que tem por princípio a retirada do
patrimônio de quem tem para dar a quem não trabalha e sempre espera pelas
benesses vindas do Estado, que se acomoda despreocupadamente em levar o país,
juntamente com a população, ao eterno afundamento social, político, econômico e
democrático.
O que
mais envergonha os brasileiros é o país ser reconhecido pelos organismos
especializados, principalmente quanto à deletéria administração da economia,
como nação em frangalho, em processo de plena recessão econômica, mas a
presidente petista e seus fanatizados defensores ainda têm a insensibilidade de
não reconhecer a realidade trágica pelo qual o país se encontra, em clara
demonstração de desqualificação sobre a conscientização quanto à fragilidade e
à incapacidade do governo de reagir e conseguir adotar medidas capazes de
reverter o quadro caótico que grassa no país.
Desgraçadamente, o governo apenas considera a
existência de crise como sendo passageira, quando, na realidade, a situação
está muito mais preta do que se pode imaginar, mas ele ainda tem a insensibilidade
de culpar fatores externos e estranhos ao próprio governo, para se eximir da
sua exclusiva responsabilidade nesse lamentável imbróglio.
Com
certeza, os brasileiros não merecem ser administrados com tamanha indiferença,
à vista dos gigantescos problemas que estão afetando o desempenho da economia,
que tão bem são apontados pelos organismos de classificação de riscos,
mostrando ao governo que a crise é grave e exige competência e eficiência
administrativas para equacioná-la e solucioná-la com medidas de austeridade,
que ele a ignora, por completo, tanto que, até agora, o sacrifício foi imposto
somente à sociedade, que vem sendo submetido a aumentos extorsivos nas contas
de energia elétrica, nos preços dos combustíveis e da alimentação, que estão
tendo reflexos na incontrolável inflação de 8% a.m.
A
quase totalidade dos brasileiros enxerga e sente na pele a deterioração da economia,
política, social e administrativa, mas, lamentavelmente, há aqueles que, numa visão
de completo antagonismo com a realidade, ainda insistem em prestigiar, ainda empunhando
bandeiras vermelhas, a continuidade da precariedade e da deficiência na gestão
pública, em evidente insensibilidade quanto ao sentido perverso da degeneração
que se abate sobre o patrimônio nacional.
Compete à
sociedade exigir que a nação seja administrada sob a luz da realidade da
penúria reinante nos indicadores econômicos, onde se verifica que inexiste
competitividade da produção nacional, há forte desindustrialização, o capital
estrangeiro está em pleno processo de retirada, o desemprego já é uma
realidade, a renda tende a ser reduzida, justamente pela natural diminuição da
demanda do mercado consumidor, entre tantas precariedades que tendem a diminuir
a arrecadação do governo, que não terá mais condições de investimentos em
obras, além das dificuldades de manutenção da pesadíssima máquina pública, com
quase 40 ministérios inoperantes, improdutivos, inúteis, obsoletos e
dispensáveis, que somente servem para a formação de cabide de empregos dos
apaniguados políticos, mantidos sob o enorme guarda-chuva da administração
pública, em homenagem ao idealismo fisiológico instituído pelo petismo, para
garantir a perenidade no poder, fazendo espúrio uso de dinheiro dos cidadãos.
A
sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre seus dever e
responsabilidade cívicos de exigir que a administração do país seja conduzida
com competência e eficiência, sobretudo, quanto à necessidade de se equacionar
as graves crises político, econômica e administrativa, à luz da realidade
reconhecida pelas agências de classificação de risco, que recomendam a adoção
de drásticas medidas de austeridade e de racionalidade na aplicação dos
recursos públicos, a par da intransigência com a corrupção, que foi capaz de
desmoralizar e desacreditar o governo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
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