sábado, 16 de maio de 2015

Os riscos da desclassificação do país

Na atualidade, as agências de classificação de risco, à vista dos pífios desempenhos econômicos do Brasil, estão reiteradamente reduzindo as perspectivas de evolução da classificação em longo prazo do Brasil de "estável" a "negativa", mantendo-a em conformidade com o patamar de degradação das situações econômica e orçamentária do país.
As justificativas sobre as decisões pelos maus resultados econômicos do Brasil continuam sendo os desequilíbrios macroeconômicos crescentes, a deterioração das finanças públicas e o aumento palpável da dívida pública.
Segundo uma agência de classificação, "A economia brasileira avançou apenas 0,1% em 2014 e espera-se uma contração de 1% em 2015 após três anos de crescimento médio de apenas 1,5%", que é considerada taxa abaixo da média de países classificados na categoria BBB, que é de 3,2%, informou a agência de rating.
O rebaixamento efetivo da classificação a longo prazo do Brasil, para a categoria "BBB-", poderia levar o país ao grupo de países cujos empréstimos são considerados investimentos especulativos.
Uma agência de classificação disse que as finanças públicas brasileiras "deterioraram-se significativamente nos últimos anos", uma vez que o déficit orçamental atingiu 6,5% do Produto Interno Bruto e a dívida 58,9% do PIB, em 2014, e que, em 2015-2016, os déficits públicos continuarão altos, em cerca de 5% do PIB, ou seja, o quadro econômico brasileiro se mostra extremamente fragilizado e preocupante, diante da incapacidade de superação da crise de natureza macroeconômica.  
A situação econômica brasileira contrasta com a campanha presidencial da petista, que afirmava que a Petrobras ia muito bem; a economia e a inflação estavam sob controle; a taxa de desemprego nunca estivera melhor; a corrupção estava sendo investigada; as prisões estavam cuidando de acabar com a impunidade; etc., tudo a demonstrar que o país se encontrava com a cara de quem mentia para mostrar a realidade inexistente e o pior é que ainda existe quem acredita nessa farsa de governar um país gigante como o Brasil, que não merece passar por situação que senão condizente com a dignidade e a seriedade político-administrativa.
A história contemporânea tem sido pródiga em mostrar, com substanciais exemplos e comprovações, que o sistema comunista ou socialista funciona maravilhosamente apenas em benefício da classe política dominante, enquanto à população é reservada a submissão e à privação dos direitos humanos, sob o drástico controle das liberdades individuais e do direito de livre expressão, em verdadeiro retrocesso humanitário.
É absolutamente inadmissível que um país como o Brasil caminhe, em passos céleres, para a entrada em regime que se identifica com o absolutismo e a absurda falência dos princípios favoráveis ao desenvolvimento do ser humano, à vista da falta de seriedade como são tratadas as questões que interessam ao povo e ao país.
Enquanto os brasileiros ainda podem respirar os saudáveis ares da democracia e usufruir os plenos direitos para expressar livremente seu pensamento, eles ainda têm a suprema responsabilidade para opinar e decidir quanto aos destinos ideais para a nação, se ela deve continuar nesse terrível caminho suicida do comunismo que vem sendo implantado pelo governo ou se é o caso de ser dado basta a ele, como forma de livrar o Brasil do jugo da escravidão própria do socialismo que suplanta em definitivo os direitos humanos e os princípios democráticos.
O certo é que país nenhum consegue distribuir dinheiro à população, sem se preocupar com o incentivo à produção e ao esforço ao aumento da renda, mediante o trabalho e a mão de obra ativos, uma vez que o ócio tem o condão de aumentar a vadiagem e a dependência das pessoas ao sacrifício do Estado, que depende exclusivamente dos tributos daqueles que trabalham e produzem, os quais não podem arcar, ad eternum, com o ônus da mediocridade do sistema socialista, que tem por princípio a retirada do patrimônio de quem tem para dar a quem não trabalha e sempre espera pelas benesses vindas do Estado, que se acomoda despreocupadamente em levar o país, juntamente com a população, ao eterno afundamento social, político, econômico e democrático.
O que mais envergonha os brasileiros é o país ser reconhecido pelos organismos especializados, principalmente quanto à deletéria administração da economia, como nação em frangalho, em processo de plena recessão econômica, mas a presidente petista e seus fanatizados defensores ainda têm a insensibilidade de não reconhecer a realidade trágica pelo qual o país se encontra, em clara demonstração de desqualificação sobre a conscientização quanto à fragilidade e à incapacidade do governo de reagir e conseguir adotar medidas capazes de reverter o quadro caótico que grassa no país.
 Desgraçadamente, o governo apenas considera a existência de crise como sendo passageira, quando, na realidade, a situação está muito mais preta do que se pode imaginar, mas ele ainda tem a insensibilidade de culpar fatores externos e estranhos ao próprio governo, para se eximir da sua exclusiva responsabilidade nesse lamentável imbróglio.
Com certeza, os brasileiros não merecem ser administrados com tamanha indiferença, à vista dos gigantescos problemas que estão afetando o desempenho da economia, que tão bem são apontados pelos organismos de classificação de riscos, mostrando ao governo que a crise é grave e exige competência e eficiência administrativas para equacioná-la e solucioná-la com medidas de austeridade, que ele a ignora, por completo, tanto que, até agora, o sacrifício foi imposto somente à sociedade, que vem sendo submetido a aumentos extorsivos nas contas de energia elétrica, nos preços dos combustíveis e da alimentação, que estão tendo reflexos na incontrolável inflação de 8% a.m.
A quase totalidade dos brasileiros enxerga e sente na pele a deterioração da economia, política, social e administrativa, mas, lamentavelmente, há aqueles que, numa visão de completo antagonismo com a realidade, ainda insistem em prestigiar, ainda empunhando bandeiras vermelhas, a continuidade da precariedade e da deficiência na gestão pública, em evidente insensibilidade quanto ao sentido perverso da degeneração que se abate sobre o patrimônio nacional.
Compete à sociedade exigir que a nação seja administrada sob a luz da realidade da penúria reinante nos indicadores econômicos, onde se verifica que inexiste competitividade da produção nacional, há forte desindustrialização, o capital estrangeiro está em pleno processo de retirada, o desemprego já é uma realidade, a renda tende a ser reduzida, justamente pela natural diminuição da demanda do mercado consumidor, entre tantas precariedades que tendem a diminuir a arrecadação do governo, que não terá mais condições de investimentos em obras, além das dificuldades de manutenção da pesadíssima máquina pública, com quase 40 ministérios inoperantes, improdutivos, inúteis, obsoletos e dispensáveis, que somente servem para a formação de cabide de empregos dos apaniguados políticos, mantidos sob o enorme guarda-chuva da administração pública, em homenagem ao idealismo fisiológico instituído pelo petismo, para garantir a perenidade no poder, fazendo espúrio uso de dinheiro dos cidadãos.
A sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre seus dever e responsabilidade cívicos de exigir que a administração do país seja conduzida com competência e eficiência, sobretudo, quanto à necessidade de se equacionar as graves crises político, econômica e administrativa, à luz da realidade reconhecida pelas agências de classificação de risco, que recomendam a adoção de drásticas medidas de austeridade e de racionalidade na aplicação dos recursos públicos, a par da intransigência com a corrupção, que foi capaz de desmoralizar e desacreditar o governo. Acorda, Brasil!   
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
          Brasília, em 16 de maio de 2015

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