A ex-senadora e ambientalista que se candidatou, no
último pleito, à Presidência da República, afirmou que o governo está blindando
o presidente da Câmara dos Deputados, como forma de impedir o andamento de
processo de impeachment da presidente brasileira.
Ela também disse que acredita que já há provas que lançam
luzes à convicção sobre a culpa do peemedebista, mas ressaltou que ainda não vê
fatos contra a presidente petista.
O partido da ex-senadora, a Rede Sustentabilidade,
é coautor, junto com o PSOL, de representação no Conselho de Ética da Câmara,
com pedido de cassação do peemedebista, sob o argumento de que houve quebra de
decoro parlamentar, haja vista que o deputado teria mentido em depoimento à CPI
da Petrobras, quando disse que não tinha contas no exterior.
Ela disse que "Uma parte da oposição blindava (Cunha) em nome do impeachment e o governo continua blindando em nome do não
impeachment. Neste momento, as provas
que foram juntadas contra o presidente da Câmara dos Deputados não são
fabricadas. Acontecem dentro de um processo que leva os parlamentares a uma
convicção, com base naquilo que foi trazido pelas apurações. É isso que deve
ser feito com relação à presidente.".
A ambientalista afirmou que é preciso haver provas
para possibilitar o impeachment contra a presidente do país, assim como no caso
do presidente da Câmara, porque "Não
se muda presidente só porque a gente está discordando".
Quanto à situação da presidente do país, a ambientalista
perdeu excelente oportunidade para ter ficado calada, por ter afirmado, de
forma bisonha e sem base, que não existem provas contra ela a ensejar o seu
impeachment, uma vez que a sua defesa da petista não tem a menor consistência,
a se considerar que a gestão dela é robusta de atos recheados de equívocos e
desastres que levaram o país ao fundo do poço, se é que esse poço tem fundo,
diante do gigantesco abismo onde ele, inapelavelmente, se encontra, fruto da
incapacidade gerencial e administrativa do governo absolutamente despreparado,
desorganizado e ineficiente, por ter permitido que a navio chamado Brasil
ficasse à deriva, completamente sem rumo e sem perspectivas.
É lamentável que a ex-senadora não perceba o rombo
das contas públicas, causado pela leviana e irresponsável gastança do governo,
tendo por objetivo a reeleição da presidente petista, que teria cometido o
crime de responsabilidade fiscal, à vista das práticas abusivas das “pedaladas
fiscais”, que ajudaram o Tribunal de Contas da União a reprovar as contas do governo,
referentes ao exercício de 2014.
Como se sabe, as famigeradas “pedaladas fiscais”
consistem na maquiagem dos resultados da execução do Orçamento da União, com a
revelação absolutamente distorcida de que os gastos públicos estariam em
conformidade com a normalidade, quando, na verdade, o rombo das contas ficava
simulado pelo pagamento do que poderia ser considerado déficit por bancos
oficiais, que assumiam as dívidas do governo e este se passava, de forma visivelmente
indevida, como em dia com o resultado econômico-financeiro.
Seria conveniente que a ambientalista se
conscientizasse de que apenas o estouro das contas públicas, na forma como
praticado pelo governo, já é mais do que suficiente para a caracterização de
provas capazes de ensejar o impeachment da petista, uma vez que ela deixou de
observar normas de administração orçamentária e financeira, previstas na Carta
Magna e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal,
ficando claro que ela descumpriu o compromisso prestado por ocasião de seu
juramento de posse de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e as leis
do país.
Também há outro fato de suma importância a ser considerado
no quesito que implica o afastamento da presidente do país, que diz respeito à
condução imprudente e destruidora da economia por ela, que foi capaz de
empurrar o país para a pior recessão da história contemporânea do país, graças
à enorme incapacidade administrativa do governo, cuja consequência maléfica ao
país e aos brasileiros é simplesmente de dimensão incomensurável e de difícil
recuperação, ante o seu inevitável reflexo no desemprego, na redução da renda
do trabalhador, na inflação, no aumento dos juros e das dívidas públicas, no
rombo das contas públicas, na diminuição da arrecadação, na
desindustrialização, na retirada do país do capital estrangeiro, na
inexistência de investimentos público e privado, entre tantas dificuldades que somente
contribuem para o subdesenvolvimento da nação e a agudeza das crises econômica,
política e administrativa, principalmente porque o governo só tem alternativa para
o aumento da carga tributária, como forma de aliviar o déficit das contas
públicas, evidentemente sem nenhum esboço para o corte de despesas.
É evidente que a ambientalista não pretende
enxergar a realidade sobre administração do país, notadamente no que se refere
aos fatos prejudiciais ao interesse público, conforme acima referenciados, que
são mais do que suficientes para aconselhar o afastamento da presidente
brasileira do cargo, porque a sua continuidade constitui seríssimo perigo para o
futuro da nação, à vista da demonstração de incapacidade administrativa e falta
de perspectivas, considerando ainda que o pacote de ajuste fiscal lançado pelo
governo não passa de mera medida paliativa, que tem como objetivo tão somente a
tentativa de sanar o rombo das contas públicas.
Convém que a ex-senadora e ambientalista se conscientize,
com urgência, de que a enorme desaprovação sobre o desempenho da presidente da
República, por mais de 70% dos brasileiros, em clara demonstração da sua insatisfação
com os péssimos serviços públicos prestados pelo governo, fruto da
incompetência e da incapacidade gerencial e administrativa, que estão causando
enormes danos aos interesses do país e da população, é robustamente suficiente
para justificar o impeachment da presidente do país, salvo entendimentos de
pessoas que ainda resistem à melhor compreensão sobre a realidade da atual administração
extremamente deletéria e prejudicial aos interesses da nação. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de novembro de 2015
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