quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A demagogia socialista


O presidente da Venezuela afirmou que respeitará os resultados das próximas eleições legislativas, "ganhe quem ganhar", no momento em que as pesquisas mostram como certa a vitória da oposição, que poderá ser a primeira em 16 anos de governo "chavista".
O mandatário bolivariano disse, na presença de governadores e líderes da oposição, que "Os resultados que emanarem da soberania popular (...) para mim serão a palavra santa, ganhe quem ganhar...".
O ditador venezuelano acrescentou que "todos" devem respeitar os resultados, já que o sistema eleitoral venezuelano "é o mais perfeito, protegido e transparente que se conhece".
O presidente, reconhecendo a vantagem eleitoral da oposição, reafirmou apelo aos próximos deputados para "diálogo nacional" após as eleições, incluindo os representantes da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os partidos da oposição.
Em tom de inusitada distensão política, o tirano disse que pretende conhecer o pensamento ideológico dos futuros parlamentares, ao afirma que "Estou lhes estendendo a mão, quero conhecê-los, saber das suas propostas e pedir a colaboração constitucional para que possamos trabalhar. A vida democrática do país, a paz do país vale mais que qualquer coisa, que qualquer ambição pessoal, individual", dando a entender que a ala vitoriosa da Venezuela vai cair nessa cilada, de entregar seus planos para seu pior inimigo.
Ao contrário, conhecedor das artimanhas políticas do bolivariano-mor, o secretário-executivo da MUD declinou da oferta de diálogo, enquanto governador do estado de Miranda, principal opositor ao regime socialista, permaneceu em silêncio, talvez para estudar melhor a atitude maquiavélica do ditador, por ser caso a pensar que ele se digne a mostrar disposição para diálogo somente diante da vitória da oposição que se aproxima, que até então tem sido tratada com os piores dos ferrões antidemocráticos, inclusive sob acusações de promover sabotagem ao governo do país, para desestabilizar as suas estruturas.
Segundo as pesquisas, a MUD, que agrega 30 partidos de várias tendências, lidera as pesquisas para os cargos do Legislativo, em claro reforço ao nítido e crescente descontentamento da população diante da terrível crise econômica e da insegurança no país, que se encontra destroçado graças às políticas socialistas impostas ao povo venezuelano, que vem perdendo o elã com a tragédia que se abateu, em especial, na economia, com incontrolável inflação anual ultrapassando os três dígitos, fragilizada pela descomunal escassez de produtos de primeira necessidade, inclusive pelo desabastecimento de medicamentos, provocando o caos generalizado, que o governo, a exemplo do que também ocorre no país tupiniquim, atribui a culpa do seu fracasso às ações promovidas pela oposição, que paga o pato pelos erros de governo que conseguiu quebrar o país que possuía enorme potencial petrolífero, mas se encontra arrasado economicamente.
O presidente venezuelano descartou que a possibilidade de a oposição poder conquistar a maioria na Assembleia Nacional, tendo advertido que, se isso vier a ocorrer, "a revolução jamais se entregará", dando a entender que ela, mesmo tendo destroçado o país com suas políticas trogloditas de retrocesso, conforme mostram os acontecimentos, principalmente pelo desabastecimento de gêneros de primeira necessidade.
Em conclusão, o presidente bolivariano admite que estas eleições serão as "mais difíceis" para o "chavismo", diante da ausência do seu padrinho político e do que é chamada de "guerra econômica" promovida pela oposição, uma vez que ele não admite que o debacle do país foi construído pela incompetência da sua gestão, que tem sido indiscutivelmente exemplo verdadeira tragédia.
          Na verdade, a sinceridade, ao contrário, chega a explodir no governo venezuelano, quando sequer ele vem permitindo a presença de observadores nas eleições daquele país, como aconteceu com a representação brasileira, que desistiu de permanecer lá, diante das restrições impostas pela ditadura bolivariana, não permitindo o livre exercício sobre a avaliação dos verdadeiros princípios democráticos.
Como se acreditar nas palavras de tirano que nega o livre exercício das mínimas atividades democráticas, que são a simples observância dos atos de campanha eleitoral, como forma de se verificar a regularidade dos processos eleitorais, considerados normalíssimos nos país com o mínimo de civilidade?
À vista dos acontecimentos protagonizados pela truculência do regime bolivariano, fica bastante difícil se acreditar em eleições livres, com o devido respeito aos adversários e ao resultado das urnas, quando, naquele país, somente são priorizados os interesses da revolução, como meio e fim da nação.
Por seu turno, não passa de pura balela a afirmação do tirano de que o sistema eleitoral venezuelano o mais perfeito, protegido e transparente que se conhece”, quando se sabe que se trata da utilização de urnas eletrônicas nos moldes do sistema adotado nas terras tupiniquins, que não inspiram o mínimo de segurança e confiabilidade, à luz dos infindáveis questionamentos e dúvidas suscitadas sobre o funcionamento desse sistema, considerado perfeito “Caixa Preta“, totalmente manipulável por seus gerenciadores.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre os métodos truculentos e retrógrados adotados pelo governo bolivariano da Venezuela, cujos fatos mostram, com absoluta transparência, a indiscutível degeneração do ser humano, imposta de forma ditatorial ao povo daquele país, com destaque para a completa destruição dos consagrados princípios democráticos e dos direitos humanos, que foram relegados a planos secundários em nome do ultrapassadíssimo regime socialista, que privilegia a classe política dominante e arrasa por baixo a população, que perde o que são mais sagrados existentes na vida, que é a liberdade individual, de pensamento e de expressão, cujo processo de incivilidade contribui para os monstruosos atrasos social, político, econômico e democrático. Acorda, Brasil                           
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 05 de novembro de 2015

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