Segundo a imprensa, a mulher do senador petista
preso quer que ele faça delação, já tendo até discutido o assunto com advogado
e o marido, porque ela está convencida de que é a única maneira honrosa para ele
não pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e Palácio do Planalto.
Não somente a mulher, mas parentes e amigos do
senador petista desejam muito que ele negocie acordo de delação premiada, como
medida razoável para tirá-lo da prisão antes do Natal, a tempo de possibilitar
que ele passe as festas natalinas com a família.
A coluna Radar on-line já havia revelado que a mulher
do senador costumava dizer que ele deveria deixar o PT, tendo agora atribuído à
presidente petista a atual situação dele, conforme desabafo que ela fez em
telefonema a amigo da família, em seguida à prisão do senador.
No depoimento prestado à Polícia Federal, o senador
teria citado a presidente do país, espontaneamente, pelo menos, por três vezes:
"A então ministra (de Minas e
Energia) Dilma já conhecia Nestor Cerveró
desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio
Dutra, no Rio Grande do Sul. Como a
área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia
contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás e a
secretaria comandada pela Dilma Rousseff".
Há fortes entendimentos de que são remotas as
chances de o senador conseguir habeas
corpus na Justiça, à vista do conteúdo da gravação divulgada pelo filho de
ex-diretor da Petrobras, onde constam, entre outras intenções, detalhes sobre
plano de fuga para esse ex-diretor, sob a alegação do petista de ter imaginado
agir imbuído por “questão humanitária”.
Na delação, o senador poderia contar o muito que
sabe sobre os esquemas de corrupção e desvios na Petrobrás em troca de
benefícios concedidos pela Justiça, a exemplo da liberdade vigiada.
Nas circunstâncias, o instituto da
delação premiada poderá ser a única forma de salvação do (ex) senador, não como
político, porque nessa seara ele já está liquidado, não tem mais como encarar
os políticos todos igualmente a ele com reputação pra lá de desmoralizada, mas
como ser humano, porque a vida continua e ele precisa de recomeço como cidadão.
A
grande vantagem da delação premiada é que ela exige que o delator diga
exatamente a verdade, em condições de comprovar materialmente as afirmações,
sob pena de não ser beneficiado por suas confissões, e as pessoas denunciadas
simplesmente ficam em apuros, exatamente pelo peso das informações prestadas,
que jamais podem ser inventadas, ou seja, em princípio, os fatos denunciados
têm fundo de verdade e servem para novas investigações.
Daí
a necessidade de o senador dizer logo o que sabe sobre a podridão que existe no
submundo da administração pública e da politicagem do PT, como forma de voltar
a ser acreditado pela sociedade, que só tem motivo, no momento, para execrá-lo,
diante da prática de grave crime que objetivava atrapalhar as investigações da
Operação Lava-Jato, que foi uma das melhores criações, nos últimos tempos, para
possibilitar aos homens de boa vontade e de dignidade a apuração de fatos
irregulares e a reparação de danos causados ao patrimônio público é à
sociedade.
As chances de o ainda senador não cair em desgraça
para sempre e sair dessa terrível situação com, pelo menos, recuperada a sua moral
é realmente contar, logo, a verdade do que sabe sobre as falcatruas e maracutaias
da administração pública e do PT, agremiação esta que já esboça a expulsão dele
de suas fileiras, ante o entendimento de que o petista passou a ser persona non grata, indigno da
consideração do partido, que tem sido, conforme, conforme os fatos, celeiro de
grandes artistas que se envolveram em esquemas fraudulentos e dilapidadores do
patrimônio dos brasileiros, à vista da lastimável situação da Petrobras, sob a
gestão do governo petista. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de novembro de 2015
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