domingo, 29 de novembro de 2015

Não pagar sozinho por erros...


Segundo a imprensa, a mulher do senador petista preso quer que ele faça delação, já tendo até discutido o assunto com advogado e o marido, porque ela está convencida de que é a única maneira honrosa para ele não pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e Palácio do Planalto.
Não somente a mulher, mas parentes e amigos do senador petista desejam muito que ele negocie acordo de delação premiada, como medida razoável para tirá-lo da prisão antes do Natal, a tempo de possibilitar que ele passe as festas natalinas com a família.
A coluna Radar on-line já havia revelado que a mulher do senador costumava dizer que ele deveria deixar o PT, tendo agora atribuído à presidente petista a atual situação dele, conforme desabafo que ela fez em telefonema a amigo da família, em seguida à prisão do senador.
No depoimento prestado à Polícia Federal, o senador teria citado a presidente do país, espontaneamente, pelo menos, por três vezes: "A então ministra (de Minas e Energia) Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária de Energia no governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul. Como a área de exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás e a secretaria comandada pela Dilma Rousseff".
Há fortes entendimentos de que são remotas as chances de o senador conseguir habeas corpus na Justiça, à vista do conteúdo da gravação divulgada pelo filho de ex-diretor da Petrobras, onde constam, entre outras intenções, detalhes sobre plano de fuga para esse ex-diretor, sob a alegação do petista de ter imaginado agir imbuído por “questão humanitária”.
Na delação, o senador poderia contar o muito que sabe sobre os esquemas de corrupção e desvios na Petrobrás em troca de benefícios concedidos pela Justiça, a exemplo da liberdade vigiada.
          Nas circunstâncias, o instituto da delação premiada poderá ser a única forma de salvação do (ex) senador, não como político, porque nessa seara ele já está liquidado, não tem mais como encarar os políticos todos igualmente a ele com reputação pra lá de desmoralizada, mas como ser humano, porque a vida continua e ele precisa de recomeço como cidadão.
A grande vantagem da delação premiada é que ela exige que o delator diga exatamente a verdade, em condições de comprovar materialmente as afirmações, sob pena de não ser beneficiado por suas confissões, e as pessoas denunciadas simplesmente ficam em apuros, exatamente pelo peso das informações prestadas, que jamais podem ser inventadas, ou seja, em princípio, os fatos denunciados têm fundo de verdade e servem para novas investigações.
Daí a necessidade de o senador dizer logo o que sabe sobre a podridão que existe no submundo da administração pública e da politicagem do PT, como forma de voltar a ser acreditado pela sociedade, que só tem motivo, no momento, para execrá-lo, diante da prática de grave crime que objetivava atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, que foi uma das melhores criações, nos últimos tempos, para possibilitar aos homens de boa vontade e de dignidade a apuração de fatos irregulares e a reparação de danos causados ao patrimônio público é à sociedade.
As chances de o ainda senador não cair em desgraça para sempre e sair dessa terrível situação com, pelo menos, recuperada a sua moral é realmente contar, logo, a verdade do que sabe sobre as falcatruas e maracutaias da administração pública e do PT, agremiação esta que já esboça a expulsão dele de suas fileiras, ante o entendimento de que o petista passou a ser persona non grata, indigno da consideração do partido, que tem sido, conforme, conforme os fatos, celeiro de grandes artistas que se envolveram em esquemas fraudulentos e dilapidadores do patrimônio dos brasileiros, à vista da lastimável situação da Petrobras, sob a gestão do governo petista. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de novembro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário