O Ibope Inteligência acaba de realizar pesquisa
inédita, entre 2.002 pessoas, para medir a opinião da população sobre a
influência do ex-presidente da República petista no governo da sua sucessora.
De acordo com a opinião de 62% dos entrevistados, o
antecessor da presidente tem influência sobre as decisões dela, contra apenas
28% deles, que consideram que o petista não tem essa ascendência.
Por sua vez, da totalidade entrevistada, 53%
entendem que a influência do ex-presidente é negativa, enquanto apenas 33%
consideram positiva a participação dele nas decisões governamentais.
A rejeição à influência do ex-presidente aparece em
todos os estratos da pesquisa, menos nas classes sociais que declaram receber
até um salário mínimo e nos entrevistados do Nordeste.
Nas classes sociais de mais baixa renda, 48%
aprovam a ascendência do ex-presidente sobre a sucessora dele, contra apenas
39% que condenam tal situação.
No Nordeste, 45% veem como positiva a força do ex-presidente
no governo, enquanto 41% a desaprovam.
A rejeição à interferência dele no governo aparece
mesmo entre a população de escolaridade baixa, em regiões antes petistas, como
o Norte do país, e é praticamente uniforme entre homens e mulheres e faixas
etárias.
Em princípio, a influência do ex-presidente sobre a
sua sucessora demonstra a ascendência dele sobre ela e, principalmente, a
incapacidade dela de resolver as questões nacionais por iniciativa própria, não
importando a sua gravidade, porque ele não arreda pé dos Palácios de Brasília,
sempre dando a sua opinião, a exemplo da última reforma ministerial, que teve
efetiva e decisiva participação dele, inclusive no que diz respeito à
substituição do titular da Casa Civil, que foi emplacado o nome da confiança
dele, como se as políticas do país fossem realmente decididas sob a sua
vontade, em clara demonstração da incompetência presidencial.
Em um país com um pouco de seriedade e de evolução
democrática, não fica bem para o presidente ser orientado, de forma
sistemática, logo por quem não foi eleito e não tem delegação do povo para
fazer esse papel, porque isso demonstra completas insegurança e fragilidade
gerenciais de quem deveria realmente governar a nação com plena autonomia e
competência, assumindo a responsabilidade por seus atos, não sendo, em hipótese
alguma, normal a intromissão de pessoas estranhas na condução dos interesses
nacionais, conforme, nesse sentido, entende, de forma expressiva, a maioria dos
brasileiros, que reprova a ascendência do petista sobre a sua sucessora.
Convém que os brasileiros
se conscientizem de que o presidente da República precisa ser estadista com
atributos e sensibilidades capazes de perceber que os interesses públicos não
podem ficar à mercê da orientação de estranhos à administração do país, sob
pena de submetê-lo à degradação e ao caos, como vem ocorrendo na atualidade, em
que a mandatária brasileira demonstra completa incapacidade para agir por conta
própria e sempre recorre ao seu guru para obter o respaldo às suas
insuficiências administrativas e gerenciais, em evidentes prejuízos aos
interesses do país e dos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 06 de novembro de 2015
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