A
propósito de a presidente brasileira se afastar do país, nos próximos dias, em
cumprimento de viagens programadas para a França, o Japão e o Vietnã, o tucano,
que foi presidente da República, afirmou que, se fosse a presidente petista,
não viajaria agora ao exterior, com o Brasil se "esfacelando".
Respondendo
questionamento de jornalista, o tucano disse que está mais do que na hora de a
presidente do país estabelecer diálogo para tirar o país da crise. Ele defende
que a petista precisa assumir a liderança do diálogo e que "Eu acho que está mais do que na hora, mas
tem de ver o modo constitucional. Por enquanto, só tem um jeito: ou a
presidente assume a liderança... Ela vai viajar agora. Vai ficar nove dias fora
do Brasil. Eu não iria nessas circunstâncias, porque o Brasil está se
esfacelando...".
O
ex-presidente voltou a sugerir que a presidente do país negocie saídas para a
crise, até mesmo a renúncia, nestes termos: "A Dilma não deve ter ficado feliz com o que eu disse, mas eu disse. Eu
disse o seguinte: no limite você diz que renuncia se aprovarem isso, isso e
isso. Não te querem, condiciona a sua saída à aprovação de certas medidas. Se
aprovarem, não precisa nem sair. Mas ela não toma iniciativa".
Ele
concluiu dizendo que "(a presidente) Não
tem com quem dialogar. Cada um está com medo do que possa acontecer consigo e o
momento não é esse. Você tem de olhar o que vai acontecer conosco, com o país.".
Que o
tucano não se engane, porque tudo o que vem acontecendo no país é questão de
concepção de cada um sobre os fatos e a realidade brasileira, porquanto, para
ele e mais de 70% dos brasileiros, o país realmente se encontra esfacelado e
destroçado, sendo submetido a terríveis crises econômica, política e
administrativa, mas, para a petista, nada disso pode interferir nos seus planos
de fazer turismo no exterior, sob os auspícios dos bestas dos brasileiros, que
são compelidos ao pagamento de pesados tributos para a manutenção da descontrolada
gastança do governo, que consegue bater seguidos recordes de déficits nas
contas públicas, ficando totalmente impossibilitado de promover investimentos
em obras públicas.
O
ex-presidente tucano precisa saber que, para a presidente petista, não existe
absolutamente nada de esfacelamento quando ela se encontra no exterior, porque
sempre prevalece o padrão de primeiríssimo mundo para a hospedagem, o
transporte e a alimentação, à vista das revelações pela mídia sobre as nababescas
viagens precedentes, em que a presidente faz questão de mostrar ostentação
diante de seus pares, quanto às mordomias dela e da sua comitiva, por capricho
genuinamente tupiniquim, não podendo se distanciar das grandes recepções protagonizadas
pelas potências mundiais, visto que o Brasil ainda é a sétima potência
econômica e a presidente tem todo direito de usufruir do bom e do melhor, em
que pese a eterna precariedade das condições de vida dos brasileiros.
A
presidente tem toda razão em pensar em sair por alguns dias do país que ela
conseguiu, sem o menor esforço, tornar verdadeiro inferno, em razão de tantas
crises que ela contribuiu, de forma efetiva, para a sua formação, fazendo com
que a pauta presidencial se tornasse insuportável. Para ela, tanto faz estar
aqui ou lá fora, pois, somente de direito, ela ainda comando o país, de vez
que, de fato, nem ela nem ninguém sabe quem realmente está comandando, tamanha
a balbúrdia que se encontra o país. Nessas condições, o afastamento dela do
país poderá fazer muito bem para, pelo menos, 70% dos brasileiros, que até
agradecem a ausência dela, para que, nesse período, a administração pública
tenha um pouco de harmonia e de tranquilidade.
Os
brasileiros precisam se conscientizar, com urgência, sobre o fato de a
presidente da República não ter o direito de continuar administrando o país nas
condições de precariedades acentuadas com reiterados déficits primários e sérios
comprometimentos do desempenho das contas públicas e principalmente dos
investimentos em obras de infraestrutura, que são a essência para o
desenvolvimento socioeconômico, que vem passando por drástico e inadmissível processo
de postergação, justamente por inexistência de programas destinados à
revitalização das políticas econômicas e sociais, ante a falta de iniciativas
também nesse sentido. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de novembro de 2015
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