sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Brasil se esfacelando?


A propósito de a presidente brasileira se afastar do país, nos próximos dias, em cumprimento de viagens programadas para a França, o Japão e o Vietnã, o tucano, que foi presidente da República, afirmou que, se fosse a presidente petista, não viajaria agora ao exterior, com o Brasil se "esfacelando".
Respondendo questionamento de jornalista, o tucano disse que está mais do que na hora de a presidente do país estabelecer diálogo para tirar o país da crise. Ele defende que a petista precisa assumir a liderança do diálogo e que "Eu acho que está mais do que na hora, mas tem de ver o modo constitucional. Por enquanto, só tem um jeito: ou a presidente assume a liderança... Ela vai viajar agora. Vai ficar nove dias fora do Brasil. Eu não iria nessas circunstâncias, porque o Brasil está se esfacelando...".
O ex-presidente voltou a sugerir que a presidente do país negocie saídas para a crise, até mesmo a renúncia, nestes termos: "A Dilma não deve ter ficado feliz com o que eu disse, mas eu disse. Eu disse o seguinte: no limite você diz que renuncia se aprovarem isso, isso e isso. Não te querem, condiciona a sua saída à aprovação de certas medidas. Se aprovarem, não precisa nem sair. Mas ela não toma iniciativa".
Ele concluiu dizendo que "(a presidente) Não tem com quem dialogar. Cada um está com medo do que possa acontecer consigo e o momento não é esse. Você tem de olhar o que vai acontecer conosco, com o país.".
Que o tucano não se engane, porque tudo o que vem acontecendo no país é questão de concepção de cada um sobre os fatos e a realidade brasileira, porquanto, para ele e mais de 70% dos brasileiros, o país realmente se encontra esfacelado e destroçado, sendo submetido a terríveis crises econômica, política e administrativa, mas, para a petista, nada disso pode interferir nos seus planos de fazer turismo no exterior, sob os auspícios dos bestas dos brasileiros, que são compelidos ao pagamento de pesados tributos para a manutenção da descontrolada gastança do governo, que consegue bater seguidos recordes de déficits nas contas públicas, ficando totalmente impossibilitado de promover investimentos em obras públicas.
O ex-presidente tucano precisa saber que, para a presidente petista, não existe absolutamente nada de esfacelamento quando ela se encontra no exterior, porque sempre prevalece o padrão de primeiríssimo mundo para a hospedagem, o transporte e a alimentação, à vista das revelações pela mídia sobre as nababescas viagens precedentes, em que a presidente faz questão de mostrar ostentação diante de seus pares, quanto às mordomias dela e da sua comitiva, por capricho genuinamente tupiniquim, não podendo se distanciar das grandes recepções protagonizadas pelas potências mundiais, visto que o Brasil ainda é a sétima potência econômica e a presidente tem todo direito de usufruir do bom e do melhor, em que pese a eterna precariedade das condições de vida dos brasileiros.
A presidente tem toda razão em pensar em sair por alguns dias do país que ela conseguiu, sem o menor esforço, tornar verdadeiro inferno, em razão de tantas crises que ela contribuiu, de forma efetiva, para a sua formação, fazendo com que a pauta presidencial se tornasse insuportável. Para ela, tanto faz estar aqui ou lá fora, pois, somente de direito, ela ainda comando o país, de vez que, de fato, nem ela nem ninguém sabe quem realmente está comandando, tamanha a balbúrdia que se encontra o país. Nessas condições, o afastamento dela do país poderá fazer muito bem para, pelo menos, 70% dos brasileiros, que até agradecem a ausência dela, para que, nesse período, a administração pública tenha um pouco de harmonia e de tranquilidade.
Os brasileiros precisam se conscientizar, com urgência, sobre o fato de a presidente da República não ter o direito de continuar administrando o país nas condições de precariedades acentuadas com reiterados déficits primários e sérios comprometimentos do desempenho das contas públicas e principalmente dos investimentos em obras de infraestrutura, que são a essência para o desenvolvimento socioeconômico, que vem passando por drástico e inadmissível processo de postergação, justamente por inexistência de programas destinados à revitalização das políticas econômicas e sociais, ante a falta de iniciativas também nesse sentido. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de novembro de 2015

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