A desgraça que assola a país se explica pela extrema
incompetência do governo, que resolveu compor seu ministério com auxiliares sem
formação técnico-profissional compatível com as respectivas áreas de atuação e
principalmente a grandeza do Brasil, como país continental, permitindo que a
sua equipe seja a mais frágil possível, que contribuiu para enfraquecer o
desempenho na prestação dos serviços públicos, principalmente diante da falta
de condições para a formulação de políticas prioritárias e necessárias à
satisfação do interesse público.
À toda evidência, a presidente do país não é, nem
de longe, uma guardiã da dignidade nacional, à vista de suas indicações para o
ministério e outros escalões, que evidencia, com muita clareza, a urgência de
se compor ainda mais visceralmente com tudo que a política nacional tem de ridículo,
ultrapassado e patriarcal, próprios dos coronéis e populistas que ainda têm sob
seu domínio currais eleitorais, bem ao agrado do petismo.
Diante do megaescândalo ocorrido na Petrobrás, tudo
se recomendaria que a petita tivesse a sensatez e a sensibilidade de se
assegurar do assessoramento de ministérios competentes e honrados, com técnicos
de altos nível e especialização nas áreas de sua atuação, como forma de impedir
que o governo continuasse sob o signo da precariedade e do fracasso, como
mostram os resultados econômicos, inclusive com a terrível continuidade das
investigações sobre a trágica destruição da petrolífera, onde a Operação Lava-Jato
não se cansa de se surpreender com descobertas de fraudes sobre fraudes, numa
sequência que não tem fim de muita sujeira, protagonizada por integrantes do
aparelhamento do governo, tendo à frente seu partido e os aliados PMDB e PP,
ávidos por propinas.
Ao contrário, até parece paradoxal que, à medida
que as revelações de novos fatos deletérios, a presidente não demonstra nenhum
sentimento de inconformismo contra a dilapidação da estatal, em que pese ela
ficar cada vez mais refém da omissão e da inércia quanto à opção de apenas nada
tentar para mudar o status quo,
permitindo que os fatos revelem que a sua gestão já se acostumou com as
denuncias de irregularidades, que somente contribuem para a destruição da
Petrobras, cujo patrimônio se consume diante do derretimento de suas ações na
Bolsa de Valores, como se isso fosse natural.
O
pior é que a presidente não se conscientiza de que o governo paga caro pelo seu
irresponsável conformismo, em clara demonstração de incompetência, inércia e
ineficiência da gestão pública, que tem contribuído para que o navio chamado
Brasil tome cada vez mais água do que a sua capacidade e o resultado será o completo
e irrecuperável naufrágio, levando consigo os brasileiros, que também têm sua
gigantesca cota de responsabilidade nesse projeto liderado por pessoa
absolutamente irresponsável, que não faz questão de perceber o megaperigo de
levar a nação inteira para o precipício, que tem todas as condições para o
iminente cataclismo.
O certo é que o PT trata o Brasil como se fosse o
seu próprio partido, que, por isso, não tem necessidade da imposição de
moralidade e dignidade, permitindo que a devassidão impere na administração do
país, a começar pela predominância da incapacidade e da incompetência que contribuíram
para que a economia fosse destroçada, a ponto da prevalência da trágica
recessão, a sacrificar a população, com alto custo de vida, restrição de
crédito, desindustrialização, diminuição da arrecadação, inexistência de
investimentos público e privado, entre outras precariedades que têm ajudado a
entravar o desenvolvimento socioeconômico.
A gestão petista tem permitido que o anseio de moralidade
da sociedade seja cada vez mais distanciado de concretização, em face tanto da
inércia presente no âmbito da administração pública, como nas afirmações dos
próprios petistas, que consideram heróis nacionais mensaleiros, petroleiros e
outros corruptos e criminosos, inclusive os que já estão presos, que são
considerados vítimas da Justiça, da imprensa e da oposição, que criminalizam o
partido sem provas.
Ante a necessidade até mesmo da existência como
agremiação, de forma defensiva, o petismo desqualifica esse anseio de
moralização, para não ter que reconhecer seu rosário de erros no exercício do
poder, em que pese ter sido o impulso moralizador um dos componentes essenciais
do seu sucesso eleitoral.
Embora o PT se mantenha sob pesada nuvem de
suspeição de partido antiético e resistente aos princípios da moralidade e
legalidade, recentemente, o lance mais inusitado partiu justamente do seu
principal líder, ao ter afirmado que não existe no país alma vida mais honesta
do ele, quando os fatos têm sido pródigos em apontar montanhas de irregularidades
atribuídas ao partido e à sua cúpula, à vista de uma série de investigações
dando conta de propinas desviadas para o partido, que contribuíram para o
financiamento de campanha de seus candidatos.
Os brasileiros lamentam que, embora o PT se
vanglorie de ter sido o salvador da pátria, com seus programas de distribuição de
renda, que não chegam a ser nada extraordinário, porque não passa de atividades
próprias da obrigação do Estado de prestar assistência social e econômica às
famílias carentes, a gestão petista tem demonstrado total fracasso e
fragilidade, em termos de resultados econômicos e de moralidade, ficando muito
a desejar diante da demonstração de total incapacidade de reverter a drástica
recessão, com seus indicadores extremamente prejudiciais às condições de vida
dos brasileiros, que estão desamparados e sob a governança que se encontra
totalmente perdida e com a nau à deriva, sem saber o norte para onde ir,
estando absolutamente desorientada. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de janeiro de 2016
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