sábado, 23 de janeiro de 2016

O Brasil à deriva


A desgraça que assola a país se explica pela extrema incompetência do governo, que resolveu compor seu ministério com auxiliares sem formação técnico-profissional compatível com as respectivas áreas de atuação e principalmente a grandeza do Brasil, como país continental, permitindo que a sua equipe seja a mais frágil possível, que contribuiu para enfraquecer o desempenho na prestação dos serviços públicos, principalmente diante da falta de condições para a formulação de políticas prioritárias e necessárias à satisfação do interesse público.
À toda evidência, a presidente do país não é, nem de longe, uma guardiã da dignidade nacional, à vista de suas indicações para o ministério e outros escalões, que evidencia, com muita clareza, a urgência de se compor ainda mais visceralmente com tudo que a política nacional tem de ridículo, ultrapassado e patriarcal, próprios dos coronéis e populistas que ainda têm sob seu domínio currais eleitorais, bem ao agrado do petismo.
Diante do megaescândalo ocorrido na Petrobrás, tudo se recomendaria que a petita tivesse a sensatez e a sensibilidade de se assegurar do assessoramento de ministérios competentes e honrados, com técnicos de altos nível e especialização nas áreas de sua atuação, como forma de impedir que o governo continuasse sob o signo da precariedade e do fracasso, como mostram os resultados econômicos, inclusive com a terrível continuidade das investigações sobre a trágica destruição da petrolífera, onde a Operação Lava-Jato não se cansa de se surpreender com descobertas de fraudes sobre fraudes, numa sequência que não tem fim de muita sujeira, protagonizada por integrantes do aparelhamento do governo, tendo à frente seu partido e os aliados PMDB e PP, ávidos por propinas.
Ao contrário, até parece paradoxal que, à medida que as revelações de novos fatos deletérios, a presidente não demonstra nenhum sentimento de inconformismo contra a dilapidação da estatal, em que pese ela ficar cada vez mais refém da omissão e da inércia quanto à opção de apenas nada tentar para mudar o status quo, permitindo que os fatos revelem que a sua gestão já se acostumou com as denuncias de irregularidades, que somente contribuem para a destruição da Petrobras, cujo patrimônio se consume diante do derretimento de suas ações na Bolsa de Valores, como se isso fosse natural.
          O pior é que a presidente não se conscientiza de que o governo paga caro pelo seu irresponsável conformismo, em clara demonstração de incompetência, inércia e ineficiência da gestão pública, que tem contribuído para que o navio chamado Brasil tome cada vez mais água do que a sua capacidade e o resultado será o completo e irrecuperável naufrágio, levando consigo os brasileiros, que também têm sua gigantesca cota de responsabilidade nesse projeto liderado por pessoa absolutamente irresponsável, que não faz questão de perceber o megaperigo de levar a nação inteira para o precipício, que tem todas as condições para o iminente cataclismo.
O certo é que o PT trata o Brasil como se fosse o seu próprio partido, que, por isso, não tem necessidade da imposição de moralidade e dignidade, permitindo que a devassidão impere na administração do país, a começar pela predominância da incapacidade e da incompetência que contribuíram para que a economia fosse destroçada, a ponto da prevalência da trágica recessão, a sacrificar a população, com alto custo de vida, restrição de crédito, desindustrialização, diminuição da arrecadação, inexistência de investimentos público e privado, entre outras precariedades que têm ajudado a entravar o desenvolvimento socioeconômico.
A gestão petista tem permitido que o anseio de moralidade da sociedade seja cada vez mais distanciado de concretização, em face tanto da inércia presente no âmbito da administração pública, como nas afirmações dos próprios petistas, que consideram heróis nacionais mensaleiros, petroleiros e outros corruptos e criminosos, inclusive os que já estão presos, que são considerados vítimas da Justiça, da imprensa e da oposição, que criminalizam o partido sem provas.
Ante a necessidade até mesmo da existência como agremiação, de forma defensiva, o petismo desqualifica esse anseio de moralização, para não ter que reconhecer seu rosário de erros no exercício do poder, em que pese ter sido o impulso moralizador um dos componentes essenciais do seu sucesso eleitoral.
Embora o PT se mantenha sob pesada nuvem de suspeição de partido antiético e resistente aos princípios da moralidade e legalidade, recentemente, o lance mais inusitado partiu justamente do seu principal líder, ao ter afirmado que não existe no país alma vida mais honesta do ele, quando os fatos têm sido pródigos em apontar montanhas de irregularidades atribuídas ao partido e à sua cúpula, à vista de uma série de investigações dando conta de propinas desviadas para o partido, que contribuíram para o financiamento de campanha de seus candidatos.
Os brasileiros lamentam que, embora o PT se vanglorie de ter sido o salvador da pátria, com seus programas de distribuição de renda, que não chegam a ser nada extraordinário, porque não passa de atividades próprias da obrigação do Estado de prestar assistência social e econômica às famílias carentes, a gestão petista tem demonstrado total fracasso e fragilidade, em termos de resultados econômicos e de moralidade, ficando muito a desejar diante da demonstração de total incapacidade de reverter a drástica recessão, com seus indicadores extremamente prejudiciais às condições de vida dos brasileiros, que estão desamparados e sob a governança que se encontra totalmente perdida e com a nau à deriva, sem saber o norte para onde ir, estando absolutamente desorientada. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de janeiro de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário