Com
a finalidade de administrar os maiores índices de inflação do mundo, o
presidente da Venezuela, no alto da sua “sapiência” gerencial, sacou da cartola
mais um de seus velhos, famosos e maquiavélicos truques, ao nomear seu novo
ministro da Economia um jovem e inexperiente sociólogo da linha dura chavista, que
teve a infelicidade de dizer "não
acreditar que inflação exista no mundo real", diante de quadro mais
que desesperador e traumático, por ele ter a incumbência de liderar as
políticas econômicas envoltas em inflação acima de 200% ao ano.
Por
ocasião da posse do novo chefe da Economia, o presidente venezuelano ressaltou
que "Enfrentamos uma nova emergência
econômica e nos próximos dias apresentarei um plano de resgate". O
ministro da Economia tem 39 anos e é professor de Economia Política na
Universidade Bolivariana da Venezuela, mas nunca tinha ocupado cargo executivo.
O
mencionado ministro pensa tal qual seu poderoso chefe, por também acreditar que
empresários e opositores lançaram "guerra
econômica" contra o chavismo, tendo como reflexo a terrível atual
crise, ou seja, a degradação da economia e de resto da administração do país
tem como culpados fatores externos ao governo, que não admite, igualmente como
acontece no país tupiniquim, qualquer erro por parte da gestão incipiente,
despreparada e prejudicial aos interesses do país.
O
novo ministro da economia venezuelano já disse, em passado recente, ser a favor
de diversas medidas controversas do governo de seu país, entre as quais o temível
controle de preços.
Aquele
país convive com inflação mais que galopante - a maior da América Latina e
quiçá do mundo -, que é acompanhada de gigantesca crise produtiva, escassez de
produtos de primeira necessidade, câmbio fora do controle e mercado produtivo
golpeado por medidas de restrição e regulamentação, impostas em atendimento aos
princípios ideológicos do bolivarianismo, em que pese o enorme sacrifício da
sociedade, que acaba de demonstrar repúdio ao regime tirânico, com a eleição de
nova Assembleia Nacional, cujo resultado das urnas contabilizou expressiva e
avassaladora maioria para a oposição, mesmo assim, a ditadura se acha
todo-poderosa, como se fosse a melhor e mais perfeita democracia do mundo.
Não importa a localidade do mundo, a paixão do
fanatismo é característica das pessoas que ficam absolutamente cegas que
somente conseguem enxergar pelo pensamento de seus gurus, exatamente na forma por
eles concebida, numa espécie de simbiose que faz com que os fatos não sejam
vistos como eles realmente são, mas sim como eles foram concebidos como
inspiração que precisa atender satisfatoriamente à vontade da tirania.
Nenhuma situação poderia ser mais bem invocada para demonstrar
tão bem esse fenômeno que acontece no sistema bolivariano, em que um professor
de economia, em ato de extrema subserviência, declara que “inflação não
existe”, quando esse câncer existe na potencialização máxima na Venezuela, que
já é considerada, por especialistas, a maior do mundo, estando batendo os 200%
a.a., que já foi capaz de arrasar a economia daquela nação, em que pese os
fanatizados ainda fazerem questão de agradar a tirania, com absurda e insensata
afirmação, para a glória do regime, de "não
acreditar que inflação exista no mundo real", em completa contradição
com a cruel realidade econômica do país, que passa por dramática e periclitante
situação, com a destruição dos princípios econômicos.
É impressionante como o bolivarianismo aliena as
pessoas, que veem os fatos sob a visão do presidente totalmente desorientado,
que ainda consegue que alguém se converta à sua cartilha absolutamente fora da
realidade, cujos seguidores fazem questão de ignorar que a crise econômica é
justamente afetada pela inflação galopante, não permitindo que eles atentem
para a degradante situação do povo, que passa por extremas dificuldades de toda
ordem.
Os brasileiros precisam se espelhar nas deprimentes
e insanas práticas administrativas do retrógrado e obsoleto regime bolivariano,
como forma de se precaver e de evitar que o país tupiniquim se enverede por situação
tão lastimável e ultrajante para a civilização, que deveria apenas se
beneficiar dos bons fluidos da modernidade e dos avanços científicos e
tecnológicos, que não condizem com governanças decadentes e ultrapassadas. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de janeiro de 2016
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