O
ministro-chefe da Casa Civil declarou que o governo não cogita promover grande
pacote para a recuperação da economia e que os problemas do setor serão
resolvidos "passo a passo".
Segundo o petista, a presidenta brasileira e a equipe econômica trabalham com a
retomada da confiança dos empresários, dos investidores estrangeiros e dos
trabalhadores, no sentido de haver mais empregos.
Ele
disse que "Não estamos mais em tempo
de pacotes. Eu acho que não tem nada bombástico. Pelas perguntas parece que as
pessoas estão esperando qual é a grande notícia, o coelho da cartola. Não tem
coelho da cartola. A gente vai continuar buscando o equilíbrio macroeconômico,
o equilíbrio fiscal, abrindo trilhas para uma retomada do crescimento".
O
petista disse que a expectativa do governo, para este ano, é conseguir que o país
retome e melhore a economia, como “desafio
mais importante. Creio que politicamente a gente fechou melhor o ano, ou pelo menos do
que muita gente imaginava. Todo mundo reconhece que tem um ambiente melhor.
Agora é trabalhar".
Na
realidade, para a recuperação da confiança dos empresários e brasileiros, bastaria
o governo entre tantas medidas importantes e imprescindíveis, promover, em
primeiro plano, reformulação e reorganização da própria estrutura da administração
pública, começando com a substituição dos políticos incompetentes e
oportunistas da direção dos ministérios e das empresas estatais, de modo a se
permitir que esses cargos sejam ocupados por profissionais com conhecimento e
especialização nas respectivas áreas, como forma capaz de haver prestação de
serviços públicos de qualidade, tendo por prioridade o exclusivo atendimento do
interesse público, com embargo de quaisquer privilégios na administração do
país.
Não chega a ser novidade o petista dizer que o
governo não tem coelho na cartola para salvar a economia. Os brasileiros devem
se conformar com a situação de extremas precariedade e inépcia, representada
pela economia em frangalhos e em completa desestruturação, atravessando seu
pior estágio no governo, por se encontrar mergulhada em grave recessão, com seus
indicadores extrapolando os limites da negatividade e do pessimismo, fazendo
com que a imagem da potência econômica Brasil se encontre cada vez mais bem no
fundo do poço, sem qualquer perspectiva, em curto prazo.
É lamentável que o governo e sua equipe só tenham
capacidade para criar pacotes absurdos e abomináveis, com a finalidade de
prejudicar e penalizar o contribuinte com mais tributo ou com aumento da carga
tributária.
De certa forma, chega a ser reconfortante a garantia
de que o governo não dispõe de coelho na cartola para tirar a economia do
buraco, porque, se houvesse, certamente haveria a cogitação de criação e/ou
aumento de tributo, com mais penalização para o contribuinte, que já é obrigado
a arcar com pesada carga tributária, sem a indispensável contrapartida à altura
por parte do Estado, que, ao contrário, promove irresponsável gastança com
dinheiro do cidadão, contribuindo para extrapolar o limite da meta fiscal e
causar rombo nas contas públicas.
É preocupante que o governo não tenha a iniciativa
de fazer algo para tirar a economia do atoleiro, ficando apenas na torcida para
que o quadro de precariedades não piore ainda mais.
O governo precisa saber que o imobilismo só
prejudica o que já está péssimo. É evidente que o país não precisa de mais pacotes
para aumentar a carga tributária, mas sim de reformas nas estruturas do Estado
que possam contribuir para a racionalização, o aperfeiçoamento e a modernização
da máquina pública, com vistas à imposição de profunda economicidade na gestão
pública.
Os brasileiros não esperam por nenhuma mágica do
governo, mas sim por ações efetivas que levem à melhora da qualidade na
prestação dos serviços públicos, em harmonia com a injustificável e monstruosa
carga tributária.
Compete aos brasileiros exigirem que o governo
promova medidas efetivas e eficientes capazes de melhorar a drástica situação
da gestão pública, compreendendo as políticas e as ações públicas, inclusive e
principalmente a econômica, não com mais tributos, mas sim com o
aperfeiçoamento dos mecanismos que possam contribuir para eliminar os terríveis
gargalos ao desenvolvimento, começando pela reforma das estruturas retrógradas
e obsoletas do Estado, principalmente no que diz respeito ao custo Brasil, que
vem dificultando a competitividade da produção nacional, que tem sido o
principal motivo causador da desindustrialização e, por via de consequência, do
desemprego e da queda da arrecadação, entre tantas deficiências, que precisam
ser solucionadas, com o máximo de urgência. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de janeiro de 2016
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