Tão logo foi proclamada a vitória do candidato petista,
o seu opositor tucano se manifestou para dizer que “Termino a campanha com mais energia, mais vigor e mais disposição, com
ideias renovadas e vamos em frente” e “Todos
sabem o quanto me empenhei para levar a nossa palavra aos paulistanos, através
do rádio, da televisão e, principalmente, especialmente, no contato pessoal
fraterno em centenas de ruas da nossa cidade. E foi esse contato que renovou a
minha energia, a minha disposição e as minhas ideias a respeito da cidade e a
respeito do Brasil. Quero dizer que chego ao final desta campanha com esta
energia. Com essas ideias. Com essa disposição, maiores de que quando entrei na
campanha. Saio revigorado". Que coisa mais absurda! Como pode o
camarada levar acachapante surra nas urnas e depois disso ter a petulância de
dizer que a derrota tonificou suas forças? Até parece desculpas de petistas, que
sempre justifica seus erros culpando os outros. No caso do tucano, ele ficou
tão grogue com a pancada que sequer percebeu que o atropelamento o deixou
desnorteado, sem saber o rumo a seguir depois do impiedoso resultado das urnas,
evidenciando a soberana vontade dos eleitores. Aliás, o povo paulistano
demonstrou o óbvio, diante da falta de opção para eleger, no segundo turno,
pessoa com melhor preparo e qualificação. No caso do petista, além de
comprovada incompetência à frente do Ministério da Educação, conforme inúmeros
resultados de ineficiências no exame do Enem e nos programas de competência da
pasta, que nunca passaram por aperfeiçoamento e modernização, como forma capaz
da obtenção de qualidade do ensino público, que sempre foi e continua sofrível,
sem perspectiva de melhoras, porque os investimentos no setor são inadequados e
insuficientes para reverter o quadro de penúria por que passa o sistema
educacional brasileiro. Trata-se da escolha de pessoa despreparada e imprópria
para administrar a maior e mais importante cidade do país, que não tem condição
de esperar que o estagiário de político passe pelas severas e exaustivas lições
de como se deve administrar uma cidade complexa e cheia de problemas urbanos.
No caso do tucano, nem mesmo a população paulistana acredita mais nas suas
possibilidades e qualidades de gerenciar a pauliceia, que tanto o apoiou no
passado, quando ele ainda tinha algum vigor intelectual e era capaz de
surpreender com ideias e projetos que atendessem aos interesses dos seus
eleitores. Na verdade, as urnas disseram em nítida e alta voz que a sua forma
de praticar política já não serve mais para os padrões de gerenciamento
sonhados pelos paulistanos. Não adianta dizer que a campanha serviu para
revigoramento ou coisa que o valha, porque isso não passa de balela, de
afirmação sem consistência, e ninguém vai acreditar que um resultado inglório
seja motivo para fortalecimento de algo. O certo é que, não à toa, o caso de São
Paulo se adequa ao velho adágio segundo o qual todo povo tem o governo que
merece e, se a população paulistana se satisfaz em ser dirigida por alguém integrante
do partido que foi protagonista do maior escândalo de corrupção do país, que
assuma as consequências do seu sufrágio universal. A sociedade merece políticos
autênticos, verdadeiros e modernos, como forma de acompanhar a evolução social
e de dignificar as funções públicas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de outubro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário