Os
apagões já não mais surpreendem ninguém e, agora, houve grande desligamento do
sistema elétrico vitimando a população dos nove estados do Nordeste, em
consequência, segundo o Operador Nacional do Sistema, de incêndio em
equipamentos entre duas subestações de energia. O ministro de Minas e Energia
disse que as ocorrências de apagões em série "não são normais" e isso representa "diminuição na confiabilidade do sistema elétrico brasileiro”, em
que pese o governo sempre defender a robustez do sistema interligado do país. Ele
considera que a coincidência dos apagões é mais anormal ainda e isso precisa
ser avaliado por equipes técnicas, para possibilitar a adoção das medidas
pertinentes. O certo é que há sobrecarga prejudicando a eficiência do sistema
de interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, interferindo constantemente
no fornecimento de energia elétrica não somente para a região Nordeste, mas
para o país. As falhas no fornecimento de energia elétrica causam quebra da
confiabilidade do sistema elétrico interligado e abala a tranquilidade dos
usuários, que ficam à mercê da incompetência do governo em controlar e
fiscalizar o funcionamento de tão importante setor elétrico e dos interesses
das empresas controladoras do fornecimento de energia elétrica, que vêm sendo
forçadas a renovar os contratos pertinentes. A falta de investimentos no setor
elétrico permite que os equipamentos se tornem obsoletos e ineficientes para o
acompanhamento do crescimento socioeconômico do país, prejudicando diretamente
a sociedade. Não obstante, o governo garante que o sistema elétrico de
transmissão do país é um dos maiores do mundo e funciona com nível de
confiabilidade bom e capaz, embora as sequências de falhas demonstrem que essa
confiança está sendo abalada, em especial porque não se tem as razões e justificativas
plausíveis para a vulnerabilidade dos equipamentos falhando e da proteção
primária não atuando, com consequente implicação na proteção secundária
alternada, capaz de provocar grandes reflexos no sistema elétrico nacional. Ao
dizer que os apagões “não são normais”, o ministro confirma a incompetência do governo,
por não ter condições de identificar de pronto a causa do grave problema,
deixando a população em completa insegurança e incerteza quanto à confiabilidade
no fornecimento de energia elétrica. Esse governo é muito hábil em apontar os
erros dos outros, mas bastante incapaz para reconhecer e assumir suas
incompetências e corrigi-las imediatamente. Enquanto o país continuar sendo
administrado por quem se especializou em criticar a falta de planejamento e de
investimentos nos setores estratégicos da economia, as falhas, não somente no
sistema elétrico, continuarão ocorrendo com natural frequência. Veja-se que a
presidente da República, até há pouco tempo, sem imaginar que o pior poderia
acontecer, cutucava o governo tucano pelos apagões, normalmente resultantes de
estiagem e não por falta de investimentos no setor elétrico, como pode ser a
causa dos apagões atuais. A culpa pela falta de gerenciamento e pelos apagões
que assolam o país é do povo, que se satisfaz ao eleger governantes produzidos
em laboratórios da incompetência e da leniência com os malfeitores; aqueles que
ainda se vangloriam das suas falcatruas afirmando que o país mudou nos últimos
anos, apesar do seu pífio crescimento e de generalizado desgoverno. Urge que a sociedade
enxergue, ainda que nos constantes apagões, a incompetência oficial com
características prejudiciais às causas da nacionalidade e decida pela completa
renovação dos dirigentes do país. Acorda, Brasil!
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