O Partido dos
Trabalhadores, indignado com as condenações de seus caciques, demonstra descontentamento notadamente acusando "a oposição de direita e seus aliados da
mídia de criminalizar" o partido. No documento, é afirmado que "Não é a primeira vez, nem será a última, que
os setores conservadores demonstram sua intolerância, sua falta de vocação
democrática, sua hipocrisia, os dois pesos, duas medidas, os dois temas que
abordam temas como liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas
eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a
organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo
encobriu a dos que vaticinavam a destruição dos Partidos dos Trabalhadores.".
A manifestação enfoca e acusa questões pontuais, como intensa campanha
promovida pela oposição de direita, com o objetivo explícito de criminalizar o
PT, "setores conservadores"
que "demonstram sua intolerância,
sua falta de vocação democrática, sua hipocrisia, os dois pesos, duas medidas".
Essa atitude do PT chega a ser odiosa, em especial por girar sua metralhadora
contra tudo e todos, num momento importante em que filiados, aliados e
colaboradores do seu partido são severamente punidos por crimes de corrupção e
de irregularidades de múltiplas segmentações, em conformidade com as provas e
os elementos robustos e palpáveis constantes dos autos de milhares de laudas do
mensalão, evidenciando a monstruosidade dos delitos cometidos contra o país e a
sociedade. Caso se tratasse de partido sério, honesto e observador dos
princípios éticos e morais, certamente teria a humildade de se dignar
reconhecer a "mea culpa",
anunciar as medidas corretivas e punitivas contra os salafrários e corruptos e
prometer que a agremiação será intolerante com aqueles que cometerem ilícitos
contra a administração pública, sob pena da aplicação de punições severas e
exemplares. A mensagem em comento mostra o alto grau de hipocrisia da cúpula
petista, em decorrência da mais justa aplicação de penas a agentes públicos do
seu partido, porque se os corruptos fossem de outra agremiação, nas mesmas
circunstâncias, o PT por certo promoveria uma revolução capaz até de pedir o
seu fechamento, alegando o ferimento de todos os princípios existentes de
pureza moral. Na verdade, o documento em apreço não passa de amontoado de
besteirol sem nexo, com mera tentativa de, mais uma vez, distorcer a realidade
dos fatos, com lorotas inúteis e conversa da carochinha, para desvirtuar o
cerne da questão envolta da maior gravidade, que se chama corrupção
esquematizada pelos líderes do partido, matéria que ele se especializou para
viabilizar a sua perpetuação no poder, não importando o indispensável respeito
aos princípios éticos, morais e democráticos, que são essenciais quando diz
respeito à gestão do patrimônio da sociedade. Urge que o povo brasileiro se
informe melhor sobre as intenções e as manobras protagonizadas por partido
político que, de maneira hipócrita e demagógica, faz-se de vítima e ataca
indiscriminadamente para se defender sobre as irregularidades praticadas, quando
deveria assumir a culpa pelos erros e os danos causados à nação. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 14 de outubro de 2012
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