O Supremo
Tribunal Federal condenou, com base em robustas provas comprovando o esquema de
venda de apoio no Congresso Nacional, 12 réus do processo do mensalão ligados a
quatro partidos da base aliada do governo do ex-presidente petista. Eles foram
acusados de receber propina em troca de apoio político à gestão do PT, tendo
sido condenados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
formação de quadrilha. Os argumentos do Supremo para as condenações são de que:
“arrecadação criminosa de recursos
públicos e privados para aliciar partidos políticos e corromper parlamentares e
partidos, um projeto de continuísmo político idealizado por um núcleo político
[...] que resultou na progressiva perpetuação de delitos em quantidades
enlouquecidas"; “Efetivamente os
autos dão a mais exuberante conta do que os fatos referidos pelo PGR até essa
fase do julgamento se encontram provados em suas linhas gerais.”, "Esse quadro de anomalia revela as
gravíssimas consequências que derivam dessa aliança profana entre corruptos e
corruptores, desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, tanto
públicos como privados, e de parlamentares corruptos com comportamentos
criminosos, devidamente comprovados, que só fazem desqualificar e desautorizar,
perante as leis do país, a atuação desses marginais do poder." e “O que houve foi a compra de parlamentares
para consolidar a base de apoio ao governo. Afirmar que dinheiro em espécie não
influencia o voto é a meu ver posicionar-se a léguas de distância da realidade
da política nacional”. Como o Supremo vem cumprindo com a proficiência a sua
missão constitucional, o povo brasileiro tem a sublime responsabilidade de
impedir que os partidos que se consideram donos do Brasil, embora sem
credibilidade moral, continuem elegendo seus candidatos aos cargos importantes
do país, máximo pela sua comprovada atuação altamente prejudicial ao interesse
nacional. O contumaz descumprimento das normas pertinentes à gestão de recursos
públicos também sinaliza para a intolerância para com os políticos lenientes
com a estupidez com relação ao zelo com o patrimônio nacional. A sociedade não
pode abdicar desse valioso momento para, percebendo os malefícios da desastrada
gestão de verbas públicas, à vista das assombrosas mazelas que emperram o
progresso do país, promover limpeza da vida pública dos maus políticos,
aproveitadores da condição de agentes públicos, para resolver seus interesses
pessoais ou partidários com a indevida utilização de recursos públicos. Essa
assepsia dos profissionais da politicagem tem o condão de qualificar,
modernizar e aperfeiçoar a administração pública, mediante a implantação de
gerenciamento estribado em princípios da honestidade, eficiência, austeridade e
racionalização dos gastos públicos.
Agora que o veredicto da Excelsa Corte de Justiça sentencia que realmente houve
compra de votos no Congresso, a sociedade clama por que, além da aplicação das
penas cabíveis aos culpados, não se deixem impunes o partido político campeão
das roubalheiras dos cofres públicos e as agremiações corruptivas, como forma
de se fazer justiça e evitar que eles continuem praticando as falcatruas e
ainda se passem por vítima do desastroso acontecimento deletério e criminoso.
Seria forma disciplinar e pedagógica de penalizar a indignidade de funcionamento,
contrariando os princípios éticos, morais e legais do país, que não pode mais
tolerar barbárie dessa natureza, sob pena de banalizar o desrespeito aos preceitos
da decência e da honradez do povo brasileiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de outubro de 2012
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