Atitude
de policial militar em São Vicente, no litoral de São Paulo, acabou viralizando
nas redes sociais, depois que ele observa um garoto fazendo malabares em meio a
turista de fim de ano, na Baixada Santista.
O
soldado percebeu que a criança estava com fome e, diante da circunstância, ele fez
pequena trégua no seu trabalho normal de patrulhamento de ruas, para oferecer
lanche para o garoto, cuja atitude chamou atenção dos transeuntes, tendo comovido
as pessoas que presenciaram o fato.
O flagrante foi
registrado por moradora do município, cujas fotos sobre o ocorrido foram postadas
em alguns perfis nas redes sociais, que contribuíram para a comoção de pessoas,
merecendo múltiplos compartilhamentos e reações.
Uma
senhora disse que o menino já é conhecido naquela localidade, onde ele faz os
malabares no mesmo local, há alguns anos, na expectativa de ganhar alguns
trocados.
Ela
disse que "Já tinha visto ele várias
vezes al. Soube que já tentaram ajudá-lo. Alguns dizem que ele tem alguns
problemas familiares, mas ninguém sabe ao certo".
Essa senhora contou que
passeava pela orla da praia quando decidiu parar em um quiosque e foi quando se
deparou com a cena, em que o PM trazia o garoto, e o sentou em uma das mesas e
depois "Vi ele pegar um cardápio, e
aí o menino escolheu um lanche. Ele pagou e nem esperou o garoto acabar. Deixou-o
comendo".
Diante disso, ela achou
por bem se dirigir ao policial, para lhe dar os parabéns pela atitude, tendo concluído:
"Ele disse que não tinha sido nada,
mas eu fiz questão de registrar e postar".
A
referida senhora declarou que “divulgar o
episódio foi uma forma de mostrar às pessoas um outro lado da polícia. Muitos têm
preconceito e criticam a PM. É difícil elogiarmos atitudes de policiais. Então,
quando a gente vê o lado bom de um policial, precisa parabenizar e elogiar".
A visão positiva dessa
senhora teve o reforço de outro relato parecido, que ela disse ter ouvido de
uma amiga, comerciante no mesmo bairro, de que "Ela estava indo trabalhar e viu outros policiais dando água para as
crianças que ficam na rua. Eles veem essas crianças ali, elas não são invisíveis".
A autora dessa expressiva
mensagem de amor cristão acredita que outras iniciativas deveriam ser tomadas
para que as crianças que vivem na rua possam ser normalmente ajudadas e de
maneira mais efetiva, porque "Precisamos
entender o que está acontecendo para esse menino ficar tanto tempo na rua,
afinal já são muitos anos ali. Falta entender e investigar. Dessa vez o
policial ajudou. E depois? Quem vai ajudar?".
A
verdade é que os policiais militares merecem o maior respeito dos brasileiros,
porque eles são igualmente seres humanos que têm sensibilidade bastante aguçada,
por força da sua nobre e especial missão de proteger nossas vidas, sendo dignos
da valorização diferenciada, considerando ainda que o seu trabalho se traduz em
permanente exposição ao risco da própria vida, no cumprimento da árdua e precípua
missão de proteger e dar segurança às pessoas, com a obrigação de enfrentar, em
direta linha de fogo, os bandidos sempre armados e perigosos, que é algo
somente da incumbência atribuída aos destemidos heróis fardados.
O
gesto do soldado paulista precisa ser difundido não somente para o Brasil, mas também
para o mundo, porque essa sublime forma de tratamento à criança desamparada
deve ter o incondicional apoio da sociedade, que entende que o policial deve agir,
no exato cumprimento do seu dever institucional, com dureza e firmeza contra a
bandidagem, mas pode ser perfeitamente solidário, transmitindo gesto de gentileza
e carinho para com quem precisa dela, em forma de acolhimento do irmão.
No
verdadeiro sentido do cotidiano, é exatamente esse o servidor público que a
população tanto quer e precisa, como forma de angariar o devido respeito da
população, que, de certa forma, procura se distanciar da polícia militar, em
razão de atitudes isoladas de alguns policiais que são violentos, desumanos e
procuram cumprir a profissão absolutamente em dissonância com os sentimentos
humanitários, pouco se importando com a melhor forma de relações sociais, que
precisa ser cultuada justamente para que haja o devido respeito mútuo.
Com
absoluta certeza, existem muitos policiais militares que normalmente praticam o
bem, que ajudam e protegem além da sua função militar institucionalizada, mas
são gestos que escapam à visão humana e deixam de ser notados, porque eles são invisíveis
à sociedade.
À
toda evidência, muitas pessoas só conseguem criticar os policiais militares e
poucos reconhecem o lado humano desses guerreiros do cotidiano, que são dignos
do reconhecimento e dos aplausos da sociedade, como nesse caso do soldado
paulista, porque certamente outros policiais também têm a sua idêntica índole
de bondade no coração.
Esses bons exemplos precisam sim ser mostrados para a população,
que, em grande maioria, enxerga muito mais o lado pesado do trabalho do
policial que combate, corpo a corpo, o criminoso, porque é a sua verdadeira
missão institucional, embora dentro de cada farda há um ser humano que sente de
muito perto as agruras por que passam
seus semelhantes, batalhando intensamente para sobreviver, dando o duro, como
acontece com o garotinho dessa linda e comovente história, que muitas vezes
passa despercebida, não fosse o registro dessa transeunte, que foi
sensibilizada com gesto humano de acolhimento, carinho e solidariedade.
É preciso que os brasileiros sejam solidários com a atitude magnânima
do soldado paulista, que demonstrou seu verdadeiro sentimento humanitário para
com quem realmente estava precisando e isso é digno não somente de veementes aplausos,
mas também da valorização de profissionais extremamente úteis às relações
sociais, diante da demonstração de autênticas formas de cidadania e amor ao
próximo, a despeito de não parecer atitude aparentemente simples como teria declarado
o próprio autor do oferecimento de lanche a uma criança carente, porque convém que
haja o devido reconhecimento sobre a sua enorme representatividade, em termos
humanitários de acolhimento ao seu semelhante.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 30 de dezembro de 2018
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