A mãe do garoto de 6 anos, que foi agredido por um
casal no recinto de condomínio em Brasília (DF), declarou que tem vivido
momentos difíceis desde esse trágico acontecimento.
Em conversa com o Correio Braziliense, a mulher disse
que tem chorado muito ao se lembrar do episódio e que também lamenta não ter
estado junto ao filho, no momento em que tudo aconteceu.
Ela se expressou, até em tom de desabafo, que "Choro muito, durante a noite. Não consigo
dormir nem ficar tranquila com toda essa situação constrangedora, desnecessária
e violenta. Foi tudo muito triste. Meu filho retorna na segunda-feira junto da
minha outra filha, de 8 anos, que presenciou tudo. Eles voltam para o seio de
amor da família, de carinho. Ele sempre foi muito bem protegido pela gente,
nunca apanhou, nunca levou um tapa de ninguém durante toda essa criação".
Como se sabe, o filho dela estava jogando futebol
na quadra do condomínio, quando um menino com quem brincava caiu ao tentar dar
um drible, conforme foi flagrado pelas câmeras do circuito de segurança, que também
registraram os momentos em que o pai e a mãe do garoto caído no chão agrediram
a vítima.
O casal já foi identificado e vai responder por
lesão corporal e agressão contra vulnerável.
A mãe do garoto concluiu a conversa com o jornal,
dizendo que "Espero aproveitar ao
máximo esse tempo para dar muito carinho a ele. Quero que meu filho fique com a
sensação de que o mundo é de muito amor e não de violência. Toda a família e os
colegas estão consternados. Para mim está sendo muito difícil. Essas imagens
ficarão gravadas na minha memória por um bom tempo. Acho que agora eles (o
casal agressor) devem estar bem
arrependidos. Pelo menos, espero isso".
Com
certeza o casal agressor já declarou, na mídia, que está realmente “arrependido”,
possivelmente não precisamente por suas atitudes desumanas e irracionais, mais
pela enorme repercussão nacional da truculência do fato em si e ainda pela certeza
da punição, que precisa ser exemplar para eles e também para outros país que
precisam ter equilíbrio nesses momentos difíceis.
O
casal teve muito tempo para refletir e encontrar solução, no mínimo, racional,
pois o pai conduziu o filho de volta à quadra, para que este desse tapa no
garoto inocente, que foi segurado pelo pai, e, para completar a insensatez, o garoto
inocente ainda foi empurrado, com violência, pela mãe do menino que caiu, indo
ao chão.
Havia
sim condições suficientes para se evitar que algo normal entre crianças
chegasse a tal situação de completo descontrole emocional, mesmo que houvesse a
culpa da vítima, no episódio, sem necessidade do extremo da adoção de absurdas
e monstruosas atitudes de cristalina prepotência, diante da evidência do entendimento
insensato de se considerarem os fazedores de justiça com as próprias mãos, a
ponto de dar lição de pura ignorância e o pior e o mais grave contra uma criancinha,
pasmem, de somente seis anos, o que demonstra o alto grau de insensibilidade
humana desse jovem casal travestido de bestial “justiceiro” do século XXI.
Até
mesmo na maneira bisonha de se declarar arrependido, o casal comete gigantesca
demonstração de irracionalidade, quando essa forma de arrependimento teria como
primordial gesto de grandeza humana a imediata procura dos país ou responsáveis
pelo garoto vítima, para transmitir perante eles o seu verdadeiro sentimento de
que a maldade das agressões tem causado também nele algo desagradável e que ele
sente no dever de reconhecer seu erro e demonstrar solidariedade própria da
cidadania e do civismo que precisa existir entre as pessoas com o mínimo de
sentimento humano, até mesmo em razão do dever de reciprocidade nas relações
sociais.
É
bastante lamentável que, em pleno século XXI, em que o ser humano se beneficia,
de forma satisfatória, dos avanços da ciência e da tecnologia, a gente ainda
seja obrigado a se envolver, como telespectador, com cenas estranhas e absurdas
de violência contra criancinha indefesa, ainda na sua tenra ingenuidade, que por
certo jamais poderia imaginar que teria a sua integridade física plenamente trucidada
por duas pessoas travestidas de animais irracionais.
À
toda evidência, quem raciocina, o mínimo que seja, seria completamente capaz de
entender que, mesmo que tivesse havido culpa por parte da vítima, caberia aos
pais dela adotar as medidas e os ensinamentos de como ele deveria brincar e se
comportar com o convívio com outras crianças da sua idade, com o devido
respeito aos seus coleguinhas.
Não
há a menor dúvida de que o casal agressor perdeu completamente o senso
humanitário, por ter agido de forma abrupta e impensada, sem levar em conta as
consequências das suas estupidez e violência contra uma criancinha de apenas 6
anos, que, em princípio, não tem qualquer malícia em provocar maldade, que ele
nem sabe o que isso significa.
Agora,
é impossível se imaginar qual teria sido a reação desse casal insensato e
insensível, caso o episódio tivesse sido o contrário, em que a vítima fosse o
filho dele.
Certamente
que, nessas circunstâncias, ele tivesse provocado a terceira guerra mundial,
tamanha vocação para a violência demonstrada, de forma uníssona e graciosa,
pelos dois: pai e mãe, que evidenciaram para o mundo o que eles são capazes de
fazer em defesa de seu rebento, mesmo que nem tenha sido agredido, como foi o
caso.
Em
que pese o gigantesco estrago causado por esse casal insensato e violento, pelo
transtorno emocional e psicológico que eles foram capazes de suscitar no seio
da sociedade, que se debate contra a violência do cotidiano, ainda assim é
preciso se reconhecer que a sua desprezível atitude pode até contribuir para
que os pais de crianças reflitam como se o caso tivesse acontecido com eles,
porque são nas tragédias que podem nascer excelentes ensinamentos, ajudando as
pessoas a serem mais prudentes e sensatas diante de casos semelhantes, principalmente
diante do envolvimento de seres humanos ainda em formação, que precisam do
amparo, da compreensão e do amor por parte de quem tem a obrigação de somente
acertar, em benefício e contribuição para a construção de sociedade mais equilibrada
e responsável, conscientizada sobre a sua importância para o mundo com maior espírito
de humanização, em que as pessoas sejam
menos agressivas e mais respeitadoras dos seus semelhantes.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 16 de dezembro de 2018
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