terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Com os devidos carinho e respeito


A propósito de piada de mau gosto que circula na internet, eu considerei muito oportuno escrever uma crônica, rechaçando, com veemência, a sua deliberada finalidade de denegrir a imagem de Brasília, como sendo terra de maior concentração de filhos da (...), tendo dito, de forma muito clara, que a capital da República brasileira precisa ser vista e acolhida com os devidos carinho e respeito que ela merece.
É sabido que é de Brasília que são emanadas as mais sensatas e construtivas medidas políticas em prol do desenvolvimento nacional e da população, a par de que ela é a cidade que se orgulha de ser a mais moderna do Brasil, cujo arrojo da sua arquitetura ostenta o honroso título de capital patrimônio da humanidade, predicativo este extremamente da melhor compreensão a exigir o respeito dos brasileiros, em especial quanto ao seu distanciamento dos fatos destinados à lesão dos princípios da moralidade, porque o seu propósito é absolutamente inconfundível com qualquer forma espúria ínsita de pessoas vindas de outras regiões do país.
É evidente que há as exceções que precisam ser consideradas, por dever de justiça, de modo que os fatos sejam avaliados e analisados exatamente como eles acontecem, com a devida atribuição exclusivamente aos seus verdadeiros mentores e executores, que devem assumir a culpa por seus atos indecorosos e prejudiciais ao interesse nacional.
O ilustre conterrâneo Xavier Fernandes, de excelente linhagem intelectual, percebendo a importância do meu texto, colocou-se em seu apoio, com a sua sempre lúcida e valiosa avaliação de brasilidade, tendo se manifestado nos seguintes termos: “Caríssimo conterrâneo. é plausível a sua reflexão por tudo que estamos assistindo no quadro sociopolítico atual. Realmente, a nossa capital federal tem sido a Geni ou a Madalena dessa história sem cabimento, quando nada disso se sustenta, pois os nativos e os que chegaram para trabalhar e viver no DF. São cidadãos trabalhadores, operários, profissionais qualificados que em pouco tempo construíram uma metrópole de dimensões e qualidades fantásticas. Gente de fibra de caráter e honesta a exemplo do nosso amigo escritor conterrâneo, que nada têm a ver com o que acontece com os desmandos e desastres fabricados por muitos políticos e diga-se, de passagem, são mandados para Brasília pelo o povo de cada Estado da federação. São eles eleitos e legítimos representantes dos seus Estados. Agora, se farão mal ou bem suas atribuições, o que a população de Brasília pode responder por isso? É de mal gosto generalizar e jogar os desmandos do país como se fosse obra dos homens e mulheres de bem que habitam e ao longo dos tempos construíram heroicamente essa importante capital. Seu povo merece respeito e consideração... Brasília sua Gente é forte e digna. Merece respeito... Orgulho do povo Brasileiro... Nada pode manchar sua história... Seu povo é honesto e trabalhador ... Homens e mulheres de bem...”.
Diante dessa primorosa manifestação, eu disse ao senhor Xavier Fernandes, como de costume, as suas manifestações primam pela exatidão sobre os fatos de que se tratam, mostrando, com a devida lucidez, exatamente aquilo que muitas pessoas precisam saber, justamente para se evitar formar juízo errôneo a respeito de algo que é da maior importância para a compreensão da verdade.
Ademais, não se pode olvidar que o Brasil se encontra mergulhado em intermináveis crises ética, moral, política, social, econômica, administrativa, entre outras,  em virtude de tantas mentiras que, contadas insistentemente terminam se transformando em verdade na opinião pública do povão, que tem sido eterna vítima dessa pouca-vergonha, que precisa ser combatida com unhas e dentes, como forma de se contribuir para a construção de país mais verdadeiro, justo, solidário e com maior esperança de dias venturosos.
Compete a cada brasileiro combater as inverdades e ter coragem de defender os princípios da cidadania e da civilidade, sob pena de esse flagelo que resultou da desconstrução da moralidade e dos bons princípios continuar imperando no seio da sociedade, que tem sido a principal vítima de tudo de ruim que muitos brasileiros terem enorme dificuldade para enxergar e discernir o que seja mentira e verdade, quando são coisas absolutamente distintas e inconfundíveis.
Realmente, é absolutamente inadmissível se imaginar que as mazelas têm nascedouro em Brasília, quando elas realmente podem até partir da capital federal e isso é fato, mas tão somente por ser a cidade sede dos poderes da República, exercidos normalmente por quem vem de fora, com a delegação natural como lídimos representantes do povo, dando essa falsa impressão de que toda culpa pelos malfeitos precisa ser atribuída ao seu povo, à sua gente, que, ao contrário, tem a dignidade e a fidalguia de acolher exatamente aqueles, muitos dos quais, com a índole distorcida dos bons princípios e condutas que devem nortear não somente a gestão dos recursos públicos, mas de resto a administração dos destinos dos brasileiros, que têm sede de moralização.
Brasil: apenas o ame!
       Brasília, em 18 de dezembro de 2018

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