A propósito de piada de mau gosto que circula na
internet, eu considerei muito oportuno escrever uma crônica, rechaçando, com veemência,
a sua deliberada finalidade de denegrir a imagem de Brasília, como sendo terra
de maior concentração de filhos da (...), tendo dito, de forma muito clara, que
a capital da República brasileira precisa ser vista e acolhida com os devidos
carinho e respeito que ela merece.
É sabido que é de Brasília que são emanadas as mais
sensatas e construtivas medidas políticas em prol do desenvolvimento nacional e
da população, a par de que ela é a cidade que se orgulha de ser a mais moderna do
Brasil, cujo arrojo da sua arquitetura ostenta o honroso título de capital
patrimônio da humanidade, predicativo este extremamente da melhor compreensão a
exigir o respeito dos brasileiros, em especial quanto ao seu distanciamento dos
fatos destinados à lesão dos princípios da moralidade, porque o seu propósito é
absolutamente inconfundível com qualquer forma espúria ínsita de pessoas vindas
de outras regiões do país.
É evidente que há as exceções que precisam ser consideradas,
por dever de justiça, de modo que os fatos sejam avaliados e analisados
exatamente como eles acontecem, com a devida atribuição exclusivamente aos seus
verdadeiros mentores e executores, que devem assumir a culpa por seus atos
indecorosos e prejudiciais ao interesse nacional.
O ilustre conterrâneo Xavier Fernandes, de excelente linhagem
intelectual, percebendo a importância do meu texto, colocou-se em seu apoio,
com a sua sempre lúcida e valiosa avaliação de brasilidade, tendo se manifestado
nos seguintes termos: “Caríssimo
conterrâneo. é plausível a sua reflexão por tudo que estamos assistindo no
quadro sociopolítico atual. Realmente, a nossa capital federal tem sido a Geni
ou a Madalena dessa história sem cabimento, quando nada disso se sustenta, pois
os nativos e os que chegaram para trabalhar e viver no DF. São cidadãos
trabalhadores, operários, profissionais qualificados que em pouco tempo
construíram uma metrópole de dimensões e qualidades fantásticas. Gente de fibra
de caráter e honesta a exemplo do nosso amigo escritor conterrâneo, que nada
têm a ver com o que acontece com os desmandos e desastres fabricados por muitos
políticos e diga-se, de passagem, são mandados para Brasília pelo o povo de
cada Estado da federação. São eles eleitos e legítimos representantes dos seus
Estados. Agora, se farão mal ou bem suas atribuições, o que a população de
Brasília pode responder por isso? É de mal gosto generalizar e jogar os
desmandos do país como se fosse obra dos homens e mulheres de bem que habitam e
ao longo dos tempos construíram heroicamente essa importante capital. Seu povo
merece respeito e consideração... Brasília sua Gente é forte e digna. Merece
respeito... Orgulho do povo Brasileiro... Nada pode manchar sua história... Seu
povo é honesto e trabalhador ... Homens e mulheres de bem...”.
Diante
dessa primorosa manifestação, eu disse ao senhor Xavier Fernandes, como de
costume, as suas manifestações primam pela exatidão sobre os fatos de que se
tratam, mostrando, com a devida lucidez, exatamente aquilo que muitas pessoas
precisam saber, justamente para se evitar formar juízo errôneo a respeito de
algo que é da maior importância para a compreensão da verdade.
Ademais,
não se pode olvidar que o Brasil se encontra mergulhado em intermináveis crises
ética, moral, política, social, econômica, administrativa, entre outras, em virtude de tantas mentiras que, contadas insistentemente
terminam se transformando em verdade na opinião pública do povão, que tem sido
eterna vítima dessa pouca-vergonha, que precisa ser combatida com unhas e
dentes, como forma de se contribuir para a construção de país mais verdadeiro, justo,
solidário e com maior esperança de dias venturosos.
Compete
a cada brasileiro combater as inverdades e ter coragem de defender os
princípios da cidadania e da civilidade, sob pena de esse flagelo que resultou
da desconstrução da moralidade e dos bons princípios continuar imperando no seio
da sociedade, que tem sido a principal vítima de tudo de ruim que muitos
brasileiros terem enorme dificuldade para enxergar e discernir o que seja
mentira e verdade, quando são coisas absolutamente distintas e inconfundíveis.
Realmente,
é absolutamente inadmissível se imaginar que as mazelas têm nascedouro em
Brasília, quando elas realmente podem até partir da capital federal e isso é
fato, mas tão somente por ser a cidade sede dos poderes da República, exercidos
normalmente por quem vem de fora, com a delegação natural como lídimos
representantes do povo, dando essa falsa impressão de que toda culpa pelos
malfeitos precisa ser atribuída ao seu povo, à sua gente, que, ao contrário,
tem a dignidade e a fidalguia de acolher exatamente aqueles, muitos dos quais,
com a índole distorcida dos bons princípios e condutas que devem nortear não somente
a gestão dos recursos públicos, mas de resto a administração dos destinos dos brasileiros, que têm sede de moralização.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 18 de dezembro de 2018
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