quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O horror econômico?


De acordo com o controle feito pela Assembleia Nacional, que tem a maioria da oposição, os preços ao consumidor, que servem de base para se medir a inflação da Venezuela, subiram 1.300.000%, nos últimos 12 meses, até novembro, fato que demonstra que aquele país está mergulhado em terrível hiperinflação, a par de ainda ter de conviver com fortíssima recessão econômica, tendo reflexo direto na vida dos venezuelanos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também vem fazendo monitoramento da economia venezuelana, tendo projetado, no início deste ano, que a inflação naquele país chegaria ao patamar de 1.000.000%, em 2018, e, ainda mais grave, ao de 10.000.000%, no próximo ano.
A inflação mensal desacelerou para 144% em novembro, que já teria atingido 148% no mês anterior e, pasmem, 233% em setembro, conforme relatório elaborado pela Assembleia Nacional daquele país.
Apenas para se ter ideia da descontrolada situação econômica da Venezuela, a inflação brasileira, na atualidade, gira em torno de 4,5% ao ano, enquanto somente em um mês, naquele país, houve o registro do cavalar  aumento do custo de vida, tendo sido contabilizada a inflação mensal de 144%, o que é algo estratosférico, em termos de economia civilizada e racional.
O presidente socialista da Venezuela aumentou, no mês passado, o salário mínimo mensal em 150%, para 4,5 bolívares, menos de US$ 10 na taxa de câmbio do mercado negro, ou seja, sendo verdadeiros esses números, o salário mínimo daquele país não chega a R$ 40,00, o suficiente para se comprar pouco mais de dois quilos de carne, no Brasil.
Os venezuelanos estão reclamando que não podiam pagar itens básicos, apesar do aumento de 60 vezes no valor do salário mínimo, em agosto, que ainda não faz a menor diferença, em termos de poder aquisitivo da moeda, que simplesmente não tem a menor representatividade de compra.
A Assembleia Nacional tornou-se a única fonte confiável de dados sobre preços ao consumidor, na Venezuela, desde que o governo deixou de publicar os indicadores econômicos, anos atrás, já que a queda dos preços do petróleo causou violento recuo nas atividades produtivas do país, enquanto outras fontes de produção são inexpressivas.
Há informação de que o FMI tem pressionado a Venezuela a fornecer dados econômicos oficiais, mas dificilmente o governo vai liberar dados sobre o desastrado desempenho econômico, que tem sido da pior performance possível e isso não é do interesse dele, por revelar para a opinião pública extrema incompetência gerencial, em especial na área econômica, conforme indicam os indicadores econômicos, todos abaixo da linha do vermelho, ou seja, todos em negativo.
O governo venezuelano acaba de aprovar nova moeda, tendo por objetivo a eliminação de cinco zeros, que passou a se chamar de “bolívar soberano”, porém o poder de compra continua dramático, muito além do inexistente.
Embora a Venezuela, em termos econômicos, esteja mergulhada em abismo negro da maior profundidade, com os piores e dramáticos indicadores econômicos, o presidente do país ainda tem o despautério de culpar os fazendeiros de "guerra econômica", que tem sido o fantasma que consiste na pior disputa travada por interesses comerciais domésticos e os Estados Unidos da América, sendo que a este país tem sido atribuído a causa dos gravíssimos problemas econômicos da Venezuela, quando o ditador deveria assumir a culpa pela implantação de políticas desastrosas e ineficientes, absolutamente incapazes de sanear as mazelas gravíssimas enraizadas nas ações de controle absurdo em tudo que diz respeito ao mercado, que tem como reflexo essa tresloucada e incontrolável inflação de 1.000.000% a.a.
Não obstante, como não poderia ser diferente, os especialistas econômicos e os críticos em geral apontam as suas desastradas políticas intervencionistas e a impressão de dinheiro para financiar amplo e incontrolável déficit fiscal como as principais causas da hiperinflação e da escassez de produtos básicos, que estão levando o país à verdadeira bancarrota, que poderá resultar em inevitável explosão social catastrófica, em pouco tempo, porque nação alguma se sustenta em situação catastrófica como a que grassa naquele país.
Em que pesem as medidas adotadas pelo governo somente contribuírem para o aprofundamento da crise econômica, a demonstração de irracionalidade e de incompetência administrativas tende a imperar no país socialista, que não esboça, nem minimamente, qualquer forma de mudança dos rumos das políticas implantadas pelo tosco regime socialista, que tem por princípio a monstruosa igualdade social, apoiada na igualmente irracional e retrógrada ideologia socialista/comunista.
Sob a ótica do regime socialista, por certo, não há a mínima possibilidade de reconhecimento sobre possíveis erros e truculência na execução das ações pertinentes à economia, que já tem previsão confiável do FMI de que a hiperinflação do próximo ano poderá chegar a 10.000.000%, i.e., dez milhões porcento, que é algo simplesmente surrealista para os padrões de nação com o mínimo de seriedade, civilidade e responsabilidade administrativas, diante da aceitabilidade sobre a funcionalidade do que seja realmente princípio de economia moderna.
A verdade é que os fatos em comento são o fiel retrato do estágio cruel e verdadeiro de autodestruição da Venezuela, com todo o requinte de maldade que se tem notícia no mundo civilizado, que população nenhuma tem condições de suportar, à vista do malogro das políticas econômicas, que têm sido capazes de atingir progressivamente os piores e terríveis índices de desempenho macroeconômico, em detrimento da dignidade humana.
Trata-se objetivamente de parâmetro extremamente negativo, em termos de políticas econômicas, como algo jamais impensável, em termos de nação, porém, essa triste realidade serve perfeitamente de riquíssimo exemplo de como são extremamente prejudiciais para as civilizações as ideologias incrustadas no regime socialista/comunista, que têm sido verdadeiras paixões da esquerda brasileira, fortemente defendida, certamente na sua maioria desinformada, por, nada mais nada menos, mais de quarenta e sete milhões de brasileiros, que deram seus votos, na última eleição presidencial, exatamente a candidato que comunga na mesma cartilha desalentadora do presidente da Venezuela, que demonstra completa incompetência no comando de país sob o regime socialista, que poderia muito bem ser implantado no país tupiniquim, eis que a famigerada ideologia socialista, travestida lá de bolivariana, integra o estatuto de qualquer partido de esquerda brasileiro, mas o povo se mostra cego, por não enxergar a real situação de miséria da Venezuela.         
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 12 de dezembro de 2018

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