domingo, 16 de dezembro de 2018

A vez do interesse público?


O MDB, partido do presidente da República, declarou que vai manter "independência ativa" no futuro e, no curto prazo, não fará nem oposição nem será base.
Segundo  mensagem publicada na conta oficial do partido no Twitter, "Discutiremos caso a caso".
A mensagem, ao reafirmar a sua posição, acrescentou que, "A partir de 1º de janeiro, o MDB manterá uma independência ativa. Apoiando medidas que buscam o crescimento do país, gestão eficiente e responsabilidade fiscal".
Em outra mensagem, o partido é favorável que parlamentares conversem com o governo eleito, em reafirmação de que "Nós, enquanto partido, já deixamos nossa contribuição em forma de propostas para que os avanços que conquistamos na economia se mantenham!".
Embora o MDB não tenha brigado por cargos no novo governo, como sempre foi a sua atitude no passado recente, ele emplacou um deputado federal no ministério na próxima gestão, que irá comandar a pasta de Cidadania, fruto da fusão entre o Desenvolvimento Social, Cultura, Esporte e de partes do Trabalho. (Com informações do Estadão Conteúdo). 
A verdade é que chega o momento em que os partidos políticos com o mínimo de responsabilidade cívica, política e administrativa tenham a dignidade de apoiar os projetos que sejam realmente de interesse nacional, não importando a sua origem nem qual a ideologia do governo, desde que esteja em seu conteúdo matéria capaz de satisfazer o bem comum.
Isso vale dizer que as políticas que se harmonizem com os anseios da população precisam ser apoiadas pelos congressistas, sejam integrantes de qualquer partido, tendo em conta que eles foram eleitos com a finalidade de defender os interesses da população e não das causas partidárias e muito menos ideológicas, como sistematicamente vêm fazendo muitos partidos medíocres e insensatos.
Os partidos que normalmente agem com o propósito de mostrar oposição bestial, injustificável e irresponsável aos projetos de interesse da população estão demonstrando sentimento em absoluto detrimento do interesse público, como mera antítese aos sentimentos republicano e democrático, que precisam ser resgatados em nome da construção do desenvolvimento social, político e econômico.
Convém que os partidos políticos atuem de maneira consciente sobre a aprovação de matérias que estejam em harmonia com o bem comum do povo, sem que o governo precise se esforçar senão em apresentar os projetos pertinentes, em sintonia com a sua missão do estabelecimento das prioridades sociais, em termos da consecução das políticas nacionais, em atendimento às necessidades essenciais da população, sem precisar barganhar ou oferecer algo em troca, como acontecia no passado recente, em que o governo foi eterno refém dos inescrupulosos congressistas, que sempre exigiam cargos e emendas parlamentares em troca da aprovação de projetos do Executivo.
É preciso que o novo governo se imponha e diga claramente que nenhuma exigência de congressista será atendida em troca de qualquer forma de concessão, mostrando, com as devidas clareza e objetividade, que as matérias objeto dos projetos enviados para a aprovação do Congresso Nacional dizem respeito exclusivamente ao atendimento do interesse pública e, nessa condição, não comporta, em nenhuma hipótese, negociação entre o Executivo e os parlamentares e sua rejeição implica o exclusivo ônus da responsabilidade ao Legislativo.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 16 de dezembro de 2018

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