segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Feliz reencontro


Há quem diga que o mês do nascimento do Menino Jesus é propício para os melhores acontecimentos na vida das pessoas ou quando muito algo diferente, maravilhoso pode surgir, de repente, à sua frente.
Isso é verdade e pode acontecer até mesmo quando menos se imagina, como aconteceu recentemente comigo, que, em momento fortuito, apareceu à minha frente, em um relance, a figura de pessoa que faz parte da minha vida, da minha intimidade de trabalho, com quem partilhamos muitas tarefas, enfrentamos trabalhos árduos e carregados de extrema responsabilidade, por envolvem fatos de interesse de segurança nacional, sob nossa atribuição profissional, que eram desincumbidos com a maior competência, somente possível graças à dedicação e ao preparo de alto nível especializado a cargo da Escola de Especialistas da Aeronáutica.
Trata-se do reencontro com pessoa mais do que especial, que guardo no meu coração com o sentimento de muitíssimas e maravilhosas lembranças de minha vida, de nome João Carlos de Souza Lopes, de quem, depois de quase quarenta anos do último encontro, ainda guardo as melhores lembranças de minha passagem pelo serviço prestado na Aeronáutica.
O amigo Souza Lopes, como era conhecido, estava sempre disponível para ajudar e cooperar com seus colegas de trabalho, em uma espontaneidade carregada de alegria e prazer, demonstrando voluntariedade que contribuía para o sucesso das difíceis e espinhosas tarefas, tanto em volume quanto em complexidade, pela especificidade dos encargos de segurança nacional.
O reencontro terminou por demorar mais do que se poderia imaginar, não fossem os relatos sobre lembranças do passado, inclusive sobre nossos inesquecíveis embates no tabuleiro do xadrez, quando ele só me ganhava quando eu já estava vencido e abatido pelo cansaço depois da estafa resultante do volumoso trabalho diário.
Nessa ocasião, ainda nos recordamos, com saudades, dos bons amigos, nas pessoas de Wilges, Edemar, Ferrer (im memoriam), todos gaúchos, como o próprio Souza Lopes, que igualmente compunham unidade de trabalho de alto padrão laboral, de muita responsabilidade, tendo como princípio a junção de pensamentos de altruísmo, que ajudavam no efetivo e qualificado cumprimento da missão a nós confiada.
Lembramos, ainda nesse pouco tempo, do então Coronel Othon Chouin, que era exemplo de competência e eficiência, mas ganhou destaque pelo seu sentimento humano de compreender a sua missão institucional.
A parte negativa desse importante reencontro, se assim se pode dizer, ficou por minha parte, diante da minha empolgação e do meu egoísmo, em ter dominado as conversas com o relato daquilo que venho me ocupando no momento, no que concerne às minhas crônicas, que realmente têm sido motivo para que eu possa me controlar, no sentido de evitar a empolgação, em respeito ao sentimento dos interlocutores.
O certo é que, de minha parte, reconheço que houve a extrapolação por  contar as minhas intermináveis façanhas de escrever, na atualidade, porque na nossa época de trabalho eu jamais pensava sequer em escrever cartas, quanto mais livros e isso certamente explica a minha ousada empolgação, motivo pelo qual apresentou minhas escusas, em especial à estimada Lídia, que foi a mais penalizada diante da minha insensibilidade.
Abstraídos os senões, confesso que me senti muito feliz pelo reencontro com amigo que faz parte da minha vida e certamente contribuiu muito com exemplos de valorização, no que diz respeito ao melhor sentimento humano, em termos dos salutares princípios de amizade e fraternidade, atributos da maior importância no contexto das relações sociais.
Ao ensejo, registro que Aldenir demonstrou prazer em saber que os amigos Souza Lopes e Lídia, juntamente com os demais familiares estão bem e felizes.
Meu sentimento de alegria fica aqui registrado, em demonstração de que as amizades são eternas, em que pese o tempo possa ter contribuído para a nossa transformação apenas nas relações de vida, mas as lembranças do passado ficam para sempre em nossos corações, porque elas foram agradáveis e marcantes.    
Brasília, em 10 de dezembro de 2018

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