terça-feira, 6 de agosto de 2019

À espera de bons exemplos


Em razão da crônica da minha lavra, sob o título “Voos Irregulares”, onde demonstrei a indevida prática quanto ao uso de helicóptero oficial, para o transporte de familiares do presidente da República, por ocasião do casamento de um de seus filhos, ou seja, o uso de bem público em atividade estritamente particular, fora do serviço público, muitas pessoas se manifestaram em apoio às minhas conclusões, em condenação à prática absolutamente inadmissível na administração pública.
Estando perfeitamente em harmonia com o meu pensamento, a sempre atenciosa doutora Ubaldina Fernandes fez a seguinte ponderação, verbis: “Perfeita e cabível análise! Como temos dito por aqui: o que é incorreto, imoral, antiético e irregular não pode ser aceito ‘por conivência/complacência/conluio’, porque votamos nele! Não é certo o uso de bens públicos fora das finalidades a que se destinam. Demais disso, não bastasse o ‘disparate’, ainda vem, de quebra, o exibicionismo de um parente, alardeando o ‘passeio’... É um acinte a todos nós, que continuamos apostando em dias melhores; acreditando que o País entrará no rumo e no prumo. Para isso, todas as práticas ignóbeis das ‘velhas raposas’ precisam ser extirpadas, passando-se a limpo a história. Estaremos vigilantes e denunciando, pois, o que mais propagamos, ao longo desse processo, foi o desgastado jargão: ‘NÃO TEMOS BANDIDO DE ESTIMAÇÃO’! Estamos de olho, e não compactuaremos com nada que não seja extremamente lícito e, sobretudo, ético. Nem sempre os fins justificam os meios!!! Talkei?”.
Como se vê, a prezada doutora Ubaldina Fernandes sempre com suas abalizadas ponderações, completas de ensinamentos de princípios éticos e morais  elevados, como recomenda o figurino da decência e da correção a ser sempre implementado, com rigor e prudência, na administração do Brasil, a mostrar que não se pode mais ser admitido, por minimamente que seja, deslize na aplicação de recursos públicos.
É realmente o nosso dever tanto denunciar como repudiar qualquer ato que não se revista da legalidade, na forma da preceituação inscrita nos manuais da saudável administração pública.  
Não nos conformamos com quem deixar de respeitar as boas regras quanto à aplicação dos recursos públicos, diante de situação deletéria ao patrimônio dos brasileiros, a ponto de causar rombo nos orçamentos e precariedade na prestação dos serviços públicos.
Essas práticas irresponsáveis precisam acabar, em definitivo, no Brasil que anseia, de forma desesperada, por reais e efetivas mudanças, inclusive, em especial, no que se referem aos gastos públicos, que precisam sim se ajustar às salutares normas de administração orçamentário-financeira, quanto aos princípios da economicidade e da satisfação do interesse público, quando este é completamente diferente de causas particulares e os governantes precisam, com urgência, conhecer essa importantíssima realidade, neste momento de graves crises.
Da minha parte, sempre que seja possível e o que estiver ao meu alcance, dedicarei todo esforço para mostrar o que eu achar errado e prejudicial ao interesse dos brasileiros, que anseiam por urgentes mudanças das práticas deletérias e prejudicais ao interesse público.
Urge que os governantes se conscientizem sobre a necessidade do rigoroso zelo da coisa pública, que nada mais é do que o patrimônio dos brasileiros, a qual não pode ser confundida com bem particular, mesmo em se tratando de autoridade máxima da nação, como o envolvimento direto do presidente da República, que não somente tem o dever legal de preservá-la como de dá bons exemplos de austeridade, moralidade e responsabilidade cívica, diante dos princípios inerentes à liturgia do relevante cargo de representatividade política.   
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 6 de agosto de 2019

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