sábado, 10 de agosto de 2019

A importância de verbete


Em postagem no Facebook, uma pessoa vestida de colete estampado, no peito, o verbete “F.....”, com naturalidade.
Na minha ingenuidade, por desconhecer a enorme importância que essa palavra significa para ela, mandei mensagem para essa pessoa dizendo que era evidente que eu não tenho nada a ver com a vida dela nem com a de ninguém, mas ela é tão linda, bastante inteligente, mais do que avançada, que merece a nossa cativante admiração, no entanto, a palavra que consta do seu colete não combina com seus atributos e certamente poderia muito bem ser substituída por outra similar, que não agredisse a sua beleza natural.
Ao contrário, poderia ser verbete que demonstrasse amor ao seu semelhante e não ódio, desprezo como sugere a palavra que consta aí, como demonstração de indiferença para com o seu semelhante.
Na verdade, eu disse que sentia que ela, por seu encanto pessoal, tem muitos admiradores e poderá ter muito mais se tivesse escrito, por exemplo: ame-se ou outra palavra com conteúdo de solidariedade, respeito e amor ao próximo, porque sei que o seu sentimento é de amor no coração e não de ódio às pessoas, mas o que consta do seu colete acena para outra realidade.
Desculpe-me pelo conselho, que se fosse bom não era dado, mas a ocasião me permitiu fazer esta sugestão, para que a sua lindíssima pessoa seja cada vez mais valorizada do que já é.
Eu disse que seja absolutamente compreensível que ela possa viver da forma como bem entender, em especial, na sua privacidade, mas, quando a nossa vida interage com a sociedade, como no caso das redes sociais, há o sentimento natural da necessidade da valorização do ser humano, em forma de aceitação do mútuo comportamento de respeitabilidade social.
Eu esclareci que acreditava que ela poderá amar ainda mais o seu colete, ao colocar nele, inscrição de palavra que inspire somente o amor, na forma como você defende acima, na subscrição do texto intitulado "Meu Colete", onde fala, basicamente, do sentimento de amor ao próximo.
Com todo respeito, a mencionada pessoa me respondeu, dizendo que a questionada palavra não fere ninguém, salvo as pessoas que possam querer emanar energias negativas contra ela e que o seu apelo à palavra questionada significa que ela não se abate com a opinião das pessoas. Como desabafo natural, ela disse que trabalha e paga as suas contas, sendo dona da vida dela e responsável por seus atos. Ela disse que deu vontade de colocar a frase e não está nem aí se isso possa contrariar a sociedade, por não viver sob a opinião de ninguém. Ela afirmou que se ama, porque é completamente feita de amor. E disse que é triste ver que as pessoas ainda julgam as outras por vestes; cor de cabelo; conta bancária; partido político; religião; etc. e que as pessoas precisam saber que nada disso define caráter e bons princípios. Ela disse que preza pelos bons e velhos ensinamentos de boa conduta ministrados por seus pais.
Diante dessas palavras respeitosas, eu disse a ela que eu tinha certeza absoluta de que ela iria reagir exatamente na forma como se expressou, até mesmo de dizer que as suas contas são pagas por ela e que ninguém tem que se meter na sua vida etc. e isso eu já havia adiantado no início do meu texto, para deixar claro que não quis fazer nenhuma crítica sobre comportamento, mas apenas sobre o uso de uma palavra, o que não significa puder se ampliar e dá maior alcance, em absoluto, ao sentido estrito da minha sugestão, porque isso ficou muito evidente.
Eu disse, em reconhecimento, que ela está coberta de razão, porque demonstra a coerência dela de viver e cada qual viva à sua maneira, como melhor lhe aprouver.
Eu lamento que ela tenha ressaltado, com veemência, que as pessoas julgam as outras pela maneira como elas são, tendo citado, para justificar, as vestimentas, a cor dos cabelos, a ideologia filosófica ou religiosa etc., além de ter enfatizado os ensinamentos da sua criação e algo mais, como forma de dizer que nada disso tem influência na vida dela.   
Embora ela tenha mencionado uma séria de situações, para não dizer que não aceita forma de julgamento das pessoas, quero deixar muito claro, com muita ênfase mesmo, conforme constar acima, que não fiz qualquer julgamento sobre ninguém, nem juízo de valor sobre o que ela pensa, faz ou pratica, e muito menos critiquei a sua criação, porque todo esse conjunto é algo muito sério e eu respeito, como princípio, as idiossincrasias dos indivíduos, deixando claro que o cerne da minha colocação inicial foi de tão somente sugeri a substituição da inscrita no seu colete por outra com conotação mais condizente com a beleza dela, simplesmente pelo fato, confesso, de desconhecer a extrema importância, para ela, do questionado verbete.
Diante dessas avaliações, eu disse a ela que importava mesmo era a felicidade dela, não fazendo sentido o que os outros pensam sobre ela.
Procurei deixar evidenciado que eu não tenho direito de ditar manual de conduta e comportamento e nem foi esse o meu objetivo, porque reconheço que jamais deveria ter dito nada, porquanto a minha intervenção tenha servido para realçar a beleza dela, que é notória, e não combinava com a expressão do colete, embora eu tenha me enganado redondamente, por fazer análise sobre algo que desconheço.
Eu disse, se possível, por favor, esqueça tudo o que eu escrevi, salvo, frise-se, sobre o seu encanto pessoal, porque isso permanece e é indiscutível.
O que vale dizer que jamais voltarei a escrever comentário sobre a pessoa dela, senão para elogiá-la.
Também pedi desculpas por minha inoportuna intervenção, desejando que ela seja sempre abençoada por Deus.
Logo em seguida, ela disse para eu não me preocupar, porque o que ela expõe nas redes sociais está aberto a opiniões e que, em nenhum momento, ela teria se sentido ofendida, porque as minhas  intenções foram as melhores. Ela disse que a palavra não é para menosprezar as pessoas.
Em resposta a ela, eu disse que estava tudo bem, porque ela tem mesmo é que aproveitar a sua exuberante juventude, sem ligar para o que os outros pensam, ou seja, cada qual no seu quadradinho.
É evidente que nós estamos em mundos diferentes. Eu vovô, com outra mentalidade, marcada pela experiência de vida, e você, no verdor do pós-adolescente, é normal que pensamos completamente diferentes, mas isso não vai ao caso, porque o importante mesmo é o respeito que temos um pelo o outro.
Na verdade, eu disse que me surpreendeu mesmo foi a naturalidade dela de expor expressão que significa, literalmente, que a pessoa não está nem aí para com os outros, quando está indignada, ou ainda sem paciência, e nada disso parece combinar com a personalidade extrovertida dela, exposta nas redes sociais, que é cheia de beleza e lindeza, além da evidente transparência de carregar muito amor no coração.
          Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 10 de agosto de 2019

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