O
Facebook publicou a atualização da minha foto na capa dele, tendo suscitado o
desejo de muitos amigos escreverem mensagens de carinho à minha pessoa e apoio ao
meu trabalho literário.
Entre
as pessoas que se manifestaram, figura o querido irmão Ditinho Minervino, que pronunciou
as seguintes palavras de pura bondade sobre mim, verbis: “Quem
te conhece desde criança, sabe muito bem da tua inteligência, da tua moral. Se
você fosse um político, seria talvez o mais ficha limpa, o VERDADEIRO.”.
A par de agradecer a estima do conterrâneo Ditinho, na
forma de seus carinho à minha pessoa e apoio ao meu trabalho literário, veio à
mente afirmação que eu havia feito há poucos dias, acerca da possibilidade de
eu ser político, quando, na ocasião, esclareci que já escrevi crônica a
propósito desse tema, mostrando o meu possível perfil se político fosse.
Entre
outras afirmações, eu disse que, sendo representante do povo, passaria a cumprir
fielmente 40 horas semanais; moraria na minha própria casa; iria trabalhar
dirigindo o meu próprio carro; dispensando carro oficial, motorista, gasolina,
telefone oficial, passagens aéreas e todas as mordomias injustificáveis e
indevidas inerentes ao cargo público eletivo.
Somente requisitaria a quantidade de servidores que fosse
necessária estritamente ao atendimento do serviço do gabinete, talvez no máximo
dez, e dispensaria mais de cinquenta como é a estrutura atual.
Eu dispensaria a remuneração, porque já sou aposentado e o
que ganho já é suficiente para viver com dignidade.
Ou seja, eu seria autêntico servidor público, a mostrar
radical diferença entre os políticos da atualidade, com o propósito de
trabalhar exclusivamente em defesa da população.
A propósito, outro dia, eu escrevi praticamente um manual
sugerindo dezenas de projetos sobre reforma política, tendo por base a redução da
quantidade dos parlamentares, praticamente pela metade; a extinção de suplentes
de senadores; a unificação da Câmara dos Deputados com o Senado Federal;
criando a figura do Parlamento; a extinção das verbas de representação e outras
absolutamente injustificáveis, ou seja, só haveria uma remuneração para os
parlamentares e pronto; a redução drástica da quantidade exagerada dos mais de
20 mil servidores ativos do Congresso Nacional, cuja quantidade é superior à
população de Uiraúna; entre medidas de racionalização, com a finalidade não
somente de otimização dos trabalhos, mas de aperfeiçoamento e modernização dos trabalhos
legislativos, com significativa redução de gastos e ganho de qualidade.
À primeira vista, o meu projeto de reforma política é simplesmente
espetacular e extraordinário e, por isso mesmo, jamais seria aprovado por esse
Parlamento carregado de aproveitadores, conforme ficou muito claro com a discussão
e aprovação, em primeiro turno, da reforma da Previdência, quando o famigerado
Centrão tentou barganhar vantagens para seus integrantes.
Como se sabe, a incursão no mundo da política é forma clássica
de puro amor ao civismo, por se tratar de participação nas atividades públicas,
sob os princípios inerentes à democracia, que propicia ao cidadão puder mostrar
ao povo a sua capacidade para representá-lo, de forma absolutamente desinteressada
senão da prestação de serviços públicos, em consonância com os apelos próprios
do Estado Democrático de Direito.
Compete aos eleitores a suprema decisão de aceitar o
concurso de novos candidatos ao preenchimento de cargos públicos eletivos, que estão
carentes de sangue revigorado e renovado na política, à vista do tanto que ela
vem sendo maltratada, nos últimos tempos, por força da mentalidade ultrapassada
e calejada dos homens públicos da atualidade, acostumados às práticas políticas
deformadas que se tornaram perniciosas às atividades públicas e visivelmente
prejudiciais à modernização e ao aperfeiçoamento dos princípios democráticos.
Convém que o sistema democrático seja dinâmico e capaz de
oferecer opções aos eleitores, em que pese o obsoletismo das normas eleitorais,
que foram estratificadas graças à vontade da velharia política, que resiste às
reformas modernizantes e evoluídas, em benefício da sociedade, justamente
porque elas seriam prejudiciais aos seus interesses e mentalidades retrógradas.
A política moderna não pode mais compactuar com o
proselitismo e o populismo míopes e atrasados, que só têm olhos para ações
assistencialistas, como forma de agradar a sociedade carente, em que pese o lamentável
viés eleitoreiro, com notórios detrimento e desvirtuamento de ações voltadas
para o desenvolvimento das demais políticas de Estado, principalmente no que se
refere à economia, que precisa ser priorizada como carro-chefe dos governos
democráticos, modernizantes e preocupados para o progresso socioeconômico.
A verdade é que os brasileiros aspiram pelo advento de homens
públicos que sejam capazes de revitalizar os princípios democráticos da ética,
moralidade, legitimidade, dignidade, honorabilidade, transparência e demais
conceitos de idoneidade e conduta insuspeitas de qualquer mácula, na vida
pública ou privada.
Esse novo homem público precisa se comprometer com a
essência da defesa do interesse público,
como forma capaz de recuperar a confiança da população, que se encontra desiludida
diante de políticas públicas com viés populista e caudilhista, que se
destinaram a beneficiar grupos, organizações e partidos políticos, como forma de
se alcançar absoluta dominação de classes política e social e de conquistar o
poder e se manter nele, a qualquer custo, em clara degeneração dos verdadeiros princípios
democrático e republicano.
Convém que os novos políticos se identifiquem e comprovem
seu verdadeiros amor à ética, moralidade, dignidade, honorabilidade, entre
princípios próprios dos sentimentos de patriotismo, civilidade e brasilidade,
com o firme propósito de se conduzir na luta da superação das crises política,
moral, social, econômica e administrativa, tendo ainda capacidade para jamais
deixar de ser verdadeiro e justo perante a população, principalmente sem medo
de perder o sedutor poder político ou os benefícios proporcionados por ele.
O
país precisa sim de políticos que ouçam permanentemente o povo e contribuam para
a formação de programas e políticas destinados ao desenvolvimento socioeconômico,
com estrita fidelidade à vontade popular, sem se desviar dos temas centrais ligados
ao interesse nacional, com destaque para os programas voltados para a retomada
do crescimento socioeconômico, com prioridade para o aperfeiçoamento e a modernidade
dos pilares conjuntural e estrutural do Estado, cuja máquina pública atualmente
funciona em bases empíricas, desatualizadas e anacrônicas, a exigirem urgentes
reformas gerais e abrangentes, para a superação dos gargalos, permitindo que o
país fique imune às perniciosas ideologias populistas, partidárias, de
conveniência política e outros sentimentos contrários ao interesse público.
É
conveniente que o modelo de homem público venha acompanhado de nova mentalidade
político-administrativa que tenha por escopo à melhoria geral e integrada do
país, não levando em conta apenas a distribuição de renda para determinada
classe social, que é importante, mas é preciso que o processo de
desenvolvimento seja priorizado no contexto generalizado, a compreender a
adoção de medidas de racionalidade na arrecadação das receitas, de forma justa
e equitativa, e na priorização das ações políticas próprias do Estado, com
relação às despesas, que precisam ser submetidas a rigoroso controle
orçamentário, com a finalidade de haver prestação dos serviços públicos de
qualidade e que os brasileiros possam se sentir felizes, em especial diante da
certeza da manutenção da ordem e da segurança públicas, da garantia de educação
de qualidade e de saúde pública em nível satisfatório para todos.
O
país precisa, com urgência, de homens públicos íntegros quanto aos seus atos,
que sejam incapazes de proselitismo, demagogia, hipocrisia e tantos predicados
incompatíveis e impróprios com as atividades políticas, mas que tenham por
essencial escopo a satisfação do interesse público, que há muito tempo deixou
de fazer sentido no contexto político-administrativo do país, à vista das
mazelas predominantes nas práticas político-administrativas que conduziram a
nação às graves crises de difícil superação.
Enfim, em se tratando da compreensão e da formação políticas,
é bem provável que o meu perfil poderia se encaixar muito próximo do homem público
ideal, por ter a noção geral sobre a realidade brasileira e a consciência quanto
ao seu dever funcional, além de ser ficha limpa, em condições de defender os
interesses da sociedade, tendo a primazia de merecer a confiança para representar
o povo, como exemplo de político-servidor público autêntico.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 4 de julho de 2019
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