No momento, a situação do presidente da
República vem sendo severamente criticada e de maneira maciça pela opinião
pública, imprensa e por todos os lados da sociedade, em razão da turbulência causada
por ele, que faz questão de demonstrar insatisfação publicamente, face do péssimo
desempenho de parte da máquina pública.
Onde o presidente verificar a transparência de falhas,
ele corre imediatamente para o primeiro microfone e faz a mais espalhafatosa falação,
chamando a atenção para o mundo ficar sabendo que ele não está nada satisfeito
com a atuação de órgão ou entidade e muito menos do resultado anunciado, mesmo
que isso possa ter enorme repercussão negativa interna e externamente do país.
O descontentamento do presidente já envolveu o
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), entre outras entidades que não estão agradando à
sua maneira de administrar o país.
Uma
jornalista, atenta aos fatos, escreveu texto criticando, de forma severa, o
presidente do país, tendo analisado, com detalhe, algumas das principais declarações
do político, onde ela baixa o malho no seu comportamento e, de forma irônica, diz,
no texto intitulado “Fale mais, Bolsonaro”, que as declarações dele não condizem
exatamente com o equilíbrio e a postura que se esperam de estadista de nação
das grandezas econômicas e sociais do Brasil, quando ele fica, a todo instante,
exibindo as mazelas existentes em setores do governo, com fortes críticas ao
seu desempenho, mesmo que elas tenham reflexo negativo no seu governo.
Ela ainda lembra que, apesar dos pesares, o “Bolsonaro
disse que não vai mudar seu jeito. Ele está certo. Tem que continuar desse
jeitinho, tão “espontâneo”, sem filtro, que seus eleitores admiram”.
A
jornalista lembra as declarações sobre as críticas a governadores nordestinos,
quando ele fez uso do verbete “paraíbas”, disse que não tem fome no país, entre
outras que poderiam ter sido simplesmente evitadas, posto que nada do que falou
poderia ser aproveitado, em termos de gestão pública, principalmente porque, em
todos os pronunciamentos presidenciais, os reflexos foram os piores possíveis,
fato que só demonstra que o silêncio dele teria resultados excelentes para a sua
imagem, à do seu governo e do Brasil.
O
texto em comento destaca, em conclusão, que as declarações do presidente brasileiro
evidenciam nítida ausência de habilidade e empatia do governante.
Não
resta qualquer dúvida de que, desde o início do atual governo, as trombadas do
presidente, em forma de declarações e pronunciamentos em público, se tornaram
contumazes e bastantes prejudiciais ao conjunto da administração do país e o mais
estranho de tudo isso é que, em que pesem os estragos causados à imagem do
presidente e do Brasil, ele simplesmente garante “que não vai mudar o seu
jeito de agir”, fato este que somente contribui para entristecer não
somente os eleitores dele, mas os brasileiros, que não suportam mais tanta
infantilidade e incompetência, detonadas em tão pouco tempo.
Outrossim,
não é verdade que os eleitores que votaram no presidente, pelo menos parcela
expressiva, se não todos, não gostariam que ele fosse melancolicamente tonto de
insistir na exposição das mazelas de seu governo senão no recinto apropriado do
gabinete presidencial, onde é o local apropriado para se discutirem e se
resolverem as questões, os planos, os projetos, os programas, enfim, as políticas
de abrangência nacional, sem necessidade da protagonização de continuados vexames
em público, que somente têm o condão de prejudicar cada vez mais a imagem do
seu governo, que precisa mudar, com urgência, esse discurso bastante dissonante
do contexto a que se refere a verdadeira liturgia presidencial, que precisa
manter as reservas próprias da gestão pública, no nível da relevância da República.
Fora
de dúvidas, embora o presidente e a sua equipe nem percebam que as estabanadas declarações
dele estão tranquilamente funcionando como poderosa arma contra o seu governo,
que entrega, em público e de maneira absolutamente imprudente e leviana, o
desarranjo de como vem funcionando parte da máquina pública, o que somente
conspira contra o próprio presidente.
O
certo é que ninguém pode impedir que o presidente da República do Brasil abra a
boca ao mundo e diga o que bem entender e é exatamente isso o que ele vem
fazendo, em alto e bom som, mas a sua verborragia vem causando reflexos
extremamente desgastantes não somente para a imagem dele, mas, em especial, para
a do Brasil.
Na
maneira como ele vem se comportando deixa transparecer que se trata de pessoa instável,
capaz de causar permanente instabilidade no âmbito do governo, por meio de
declarações intempestivas, absurdas, desconexas e, sobretudo, fora da harmonia
que precisa reinar na administração pública, como elemento essencial à
segurança e à credibilidade da opinião pública.
Não
há a menor dúvida de que a insistência de declarações absolutamente fúteis, desnecessárias
e prejudiciais ao seu próprio desempenho, têm servido como fonte de
instabilidade que somente contribui para alimentar a sanha de seus adversários,
que as aproveitam para se valer da situação para mostrar que os eleitores dele
teriam errado na escolha.
Causa
enorme perplexidade que, embora esse quaro circense da pior qualidade do
presidente, cada vez se bandeando para o lado da mediocridade, não aparece uma
mente sadia, equilibrada e inteligente capaz de blindá-lo com puxões de orelhas
e sacudidelas da cabeça dele, para mostrar que ele enveredou por caminho
completamente tortuoso, em desarmonia com os princípios da sensatez e da sensibilidade
quanto aos verdadeiros rumos que ele precisaria ter tomado, para conduzir a
administração do Brasil exatamente como manda o manual da liturgia republicana,
exclusivamente com o foco no equacionamento dos problemas nacionais e na sua
solução, sem necessidade de nenhuma forma de pronunciamentos quase que insanos,
em se tratando da relevância do cargo que precisa desempenhar, sob o pálio da
absoluta tranquilidade, sem prejuízo da transparência púbica de divulgação dos
atos oficiais.
Caso
o presidente e a sua equipe tivessem o mínimo de competência, inteligência,
cuidado e reserva com as palavras, nada, absolutamente nada seria pronunciado em
público, salvo o estritamente necessário, por força de compromissos em que a
principal autoridade da República precise discursar em eventos de lançamentos
de projetos, metas e políticas de governo ou inaugurações, mas tudo com o
devido cuidado de não se dizer senão o mínimo necessário, em obediência à
agenda oficial, evitando-se a emissão de opinião sobre os demais assuntos,
diante da possibilidade do surgimento de interminável polêmica.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 3 de agosto de 2019
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